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Sob a Redoma – Stephen King

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Capa do livro. Um celeiro, uma igreja, algumas árvores e casas de uma cidade, todos presos em um domo transparente. Ao fundo um céu roxo-azulado. O nome do autor: Stephen King, e o titulo do livro: Sob a Redoma, em branco seguindo o formato do domo
Capa do livro. Um celeiro, uma igreja, algumas árvores e casas de uma cidade, todos presos em um domo transparente. Ao fundo um céu roxo-azulado. O nome do autor: Stephen King, e o titulo do livro: Sob a Redoma, em branco seguindo o formato do domo

Uma misteriosa redoma aparece ao redor da cidadezinha Chester’s Mill. A partir desse ponto, somos apresentados a população da cidade que por algum motivo (ou não) foi escolhida. Logo no início dessa história várias questões são levantadas pela população: de “onde veio a redoma? Será um teste do governo? Um ataque militar? Punição divina? Ameaça alienígena?” Essas são questões que com o enredo nos prende, mais uma vez King prova sua maestria em contar uma história em Sob a Redoma

Numa situação, o pior vem a tona

Quem já está acostumado com as obras do mestre e faz parte dos seus leitores fiéis sabe bem como King gosta de explorar o pior do ser humano em diversas situações. Claro que  em Sob a Redoma isso não é diferente! A premissa do livro é de certo modo simples: a população de uma pequena cidade por algum motivo ficou presa por uma redoma e ninguém até o momento sabe o que está acontecendo. Os habitante de Cherter’s Mill precisam se unir para sobreviver até que o governo dos Estados Unidos da América encontre uma forma de remover a redoma e descobrir como ela foi parar no local. Logo, sobrevivência é o objetivo de todos ali (ou da maioria).

Após o impacto inicial com as várias mortes que acontecem, você já deve ter percebido que o livro não se trata da Redoma e sim do que está sob ela.  Os personagens que conhecemos ao longo das mais de 900 páginas, segredos antes guardados a sete chaves agora se mostram, com Mills isolada do restante do mundo tudo, tudo mesmo pode acontecer.

Big Jim, o politico

O segundo vereador – que mais parece o primeiro – James Rennie, mais conhecido como Big Jim, com o caos que se instala devido a Redoma, se declara “muito preocupado com a cidade que tanto amo vai fazer o que estiver ao seu alcance para manter ordem na casa”. Mas não é bem assim: Big Jim é um vilão com tudo que tem direito, sem escrúpulos, manipulador e que não mede esforços para conseguir o que quer e do jeito que quer.

Big Jim é aquele tipo de personagem que ao mesmo tempo que é detestável desperta a curiosidade no leitor. Durante todo o livro ficava curiosa para saber qual seria o próximo passo dele. Jim é um homem comum que subiu ao poder e tudo o que ele quer é manter Mills a salvo (obviamente que segundo as leias dele). Jim se torna um dos pontos centrais da historia e vamos acompanhando a avalanche de informações do passado e presente desse vilão que fará tudo para manter sua imagem (e quando eu digo tudo é TUDO MESMO!).

A população sob a redoma

Como não se trata apenas de Big Jim, temos pessoas que são contra ele, que fazem questão de lembrá-lo que ele é apenas o segundo vereador. Enquanto a redoma está em Mills, temos uma mulher incrível, a jornalista Julia Shumway que é dona do jornal local e nem um pouco fã de Big Jim. Julia é uma das heroínas da nossa história, junto com Dale Barbara, o cara que estava no lugar errado na hora errada.

Barbie, como é carinhosamente chamado por Big Jim e seu filho, trabalha no restaurante da cidade como chapeiro e é novo em Mills. Ninguém sabe muito a seu respeito e na noite anterior ao “dia da redoma” estava indo embora da cidade, mas seus planos acabaram mudando. Com isso acaba juntando forças com Julia e alguns outros moradores de Mills para lutar contra a tirania de Big Jim.

Sob a redoma, a população que se conhece a anos vai resolver suas diferenças (ou não).  Temos aqui uma situação de isolamento em uma cidade onde todos se conhecem a anos, mas não se conhecem de jeito nenhum: quão fundo a população está disposta a cavar e onde quem tem segredos está disposto a chegar para manter sua imagem intacta?

Te convido a ler essa obra de um dos melhores contadores de historia, na minha humilde opinião e conhecer um pouco dessa pequena cidade.

Nota

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Ficha Técnica

Minha versão de você – Christina Lauren

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Recorte da capa do livro. Ilustração de um céu noturno roxo-azulado estrelado. No topo, em branco, o titulo: Minha versão de você. Abaixo do titulo uma estrela cadente, logo abaixo a silhueta de duas pessoas de mãos dadas
Recorte da capa do livro. Ilustração de um céu noturno roxo-azulado estrelado. No topo, em branco, o titulo: Minha versão de você. Abaixo do titulo uma estrela cadente, logo abaixo a silhueta de duas pessoas de mãos dadas

Em Minha versão de você, acompanhamos o jovem Tanner, um garoto bissexual. Sua família o aceita como ele é, mas mesmo assim ele precisa esconder de todo o resto da cidade sua sexualidade. Afinal, ele mora numa cidade pequena com uma das maiores concentrações de Mórmons por metro quadrado do estado de Utah. Ele não vê a hora em se formar e ir fazer faculdade em outra cidade onde ele não vai precisar esconder quem ele é. Porém, faltando apenas quatro meses para o fim das aulas, ele conhece Sebastian e tudo se complica. O que fazer quando se apaixona pelo filho do pastor mórmon?

Pseudônimo

Christina Lauren é na verdade um pseudônimo. O livro é escrito por duas autoras: Christina Hobbs e Lauren Billings. As duas se conheceram em 2009 escrevendo fanfics online e escrevem juntas desde de 2010.

Elas já tem dezenas de livros publicados, vários deles se tornaram best sellers e apareceram na lista de mais vendidos do New York Times. Minha versão de você é o terceiro livro jovem adulto das autoras e o primeiro com personagens LGBT.

Conflitos adolescentes

Eu confesso que eu tenho um pouco de preguiça de livros com personagens adolescentes, principalmente quando é narrado em primeira pessoa, pois costumo achar meio chato os dramas que eles costumam fazer. E esse livro não é muito diferente, em vários momentos eu perdia um pouco a paciência com Tanner.

A princípio, as reclamações deles sobre coisas meio banais me deixaram revirando os olhos. Mas ao longo do livro alguma coisa mudou. Eu não sei explicar quando nem porque, porém em algum momento eu me vi profundamente tocada com a história e os personagens. A ponto de quase chorar dentro no ônibus!

Ou seja, a escrita das autoras é realmente boa e envolvente. A partir da metade do livro é praticamente impossível parar de ler. Eu fui dormir super tarde, porque precisava saber o final!

Religião versus sexualidade

O principal conflito é o preconceito da religião com pessoas LGBTQ+. Tanner e Sebastian encontram dificuldade para se equilibrar entre esses lados aparentemente opostos. Mas as autoras conseguem colocar isso na história de uma forma muito delicada.

Aliás, a religião é apresentada de uma forma muito responsável. E, conforme vamos conhecendo Sebastian e suas crenças, vamos nos solidarizando ainda mais com o casal. Por fim, estamos torcendo muito pelos dois.

Veredito final

É um romance adolescente, mas que trata de questões complexas. Os personagens são bem construídos e a escrita é muito envolvente. A história não se foca somente nos conflitos do casal principal. A gente não só se apaixona pela família do Tanner como também nos encantamos com Autumn, sua melhor amiga.

Enfim, é uma leitura gostosa e divertida. Se você gostou de Com amor, Simon com certeza vai curtir bastante Minha versão de você!

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: Minha versão de você
Autora: Christina Lauren
Tradução: Mauricio Tamboni
Edição:
Editora: Hoo
Páginas: 352
ISBN: 8593911056
Sinopse:Há três anos a família de Tanner Scott se mudou da Califórnia para Utah, fazendo com que sua bissexualidade voltasse para o armário. Agora, com apenas mais um semestre até o fim das aulas no colegial e seu tão sonhado futuro em uma universidade longe da família, ele só deseja que o tempo passe mais depressa. Quando Autumn, sua melhor amiga, se inscreve na aula de escrita e o desafia a participar, Tanner não consegue recusar o convite, afinal de contas, quatro meses é tempo mais do que suficiente para escrever um livro, certo? O garoto está mais certo do que imagina, pois leva apenas um segundo para que ele note Sebastian Brother, o prodígio mórmon que, nas aulas de escrita do ano anterior, escreveu e publicou o próprio livro, e agora orienta a turma. Se quatro meses é muito tempo, um mês pode não ser. E é exatamente esse tempo que leva para Tanner se apaixonar por Sebastian.

A Pirâmide Vermelha – Rick Riordan

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Recorte da capa do livro. O titulo
Recorte da capa do livro. O titulo "A Pirâmide Vermelha" no topo. Ilustração em tom amarelado mostra um fabrica com uma serpente gigante entrelaçada pelas janelas. Duas pessoas de frente para a fábrica, a da esquerda, de cabelos longos projetando Hierógrifos pela mão, a da direita com cabelo curto segurando um khopesh

A Pirâmide Vermelha nos apresenta Carter e Sadie Kane, irmãos que mal se conhecem. Depois que a mãe deles morreu em um acidente quando eram muito novos, os dois foram separados. Carter vive viajando com seu pai, um estudioso da história egípcia; Sadie vive em Londres com os avós. A família só se reúne duas vezes ao ano. Porém, durante a visita do natal, o pai deles promete que tudo vai ficar bem de novo, mas seja lá qual for seu plano, não parece ter dado certo, ao explodir um museu, desaparecer e no processo libertar os espíritos de antigos deuses egípcios.

Isso livro é o primeiro da série As Crônicas dos Kane.

Ehhhhhhh Faraó

Os irmãos são jogados nesse mundo onde magia existe, os deuses estão de volta e um deles quer dominar os outros (e, no processo, destruir boa parte da América do Norte). Os dois se veem obrigados a usar seus poderes recém descobertos para impedir o deus e salvar seu pai. Tudo muito clichê? Sim, mas nem por isso menos divertido.

Rick Riodan tem esse estilo de escrita leve em A Pirâmide Vermelha, que consegue passar muita informação sem deixar a obra pesada ou confusa e ele também é muito bom em construir personagens. Os irmãos Kane não lembram em nada Percy Jackson (impossível não fazer comparações): Carter é cuidadoso, gosta de pesar as consequências e se acha um pouco covarde; já Sadie é direta, não mede seus atos e se acha mais esperta do que todos. Mas é claro que ambos vão mudar e amadurecer ao longo da história.

Esse, aliás, é um ponto positivo desse livro, mesmo voltado para o público infanto juvenil, A Pirâmide Vermelha traz bastante desenvolvimento de personagens e suas relações. A questão da importância da família e do que é família é muito discutida aqui, além de mostrar uma família birracial, algo que no Brasil é comum, mas nos Estados Unidos é fora dos padrões. A mãe das crianças é uma mulher branca, Sadie parece com ela, por isso seus avós a querem por perto, mas desprezam Carter, negro como seu pai. Além disso, tem a narrativa do garoto mostrando como é crescer e se tornar um homem negro. É uma discussão importante de ser apresentada às crianças de todo o mundo.

Voltando ao plot do livro, como disse não tem nada de novo sob o sol, mas a maneira como o autor expõe a mitologia egípcia e todas as aventuras absurdas desse livro, deixam a leitura divertida e despretensiosa. Até o plot twist já esperado acontece de um jeito diferente daquele que imaginei.

Mas A Pirâmide Vermelha é bom?

É sim. É divertido e leve. Já falei antes que comparações com Percy Jackson são inevitáveis, então tenho que dizer que não o achei melhor do que a saga do semideus grego. Acho que o principal problema é que A Pirâmide Vermelha é mais longo do que o necessário, dá-se muitas voltas para chegar a um ponto e seria melhor ser mais direto. Mas para quem deseja algo leve, rápido de se ler apesar do número de páginas e que não deseje uma história épica para mudar sua vida, vale muito a pena.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: A Pirâmide Vermelha – As Crônicas dos Kane #1
Autor: Rick Riordan
Tradução: Debora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano: 2010
Páginas: 448
ISBN:  9788598078977
Sinopse: Os irmãos Carter e Sadie Kane vivem separados desde a morte da mãe. Sadie é criada em Londres pelos avós, e Carter viaja o mundo com o pai, o Dr. Julius Kane, um famoso egiptologista. Levados pelo pai ao British Museum, os irmãos descobrem que os deuses do Egito estão despertando. Para piorar, Set, o deus mais cruel, tem vigiado os Kane. A fim de detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa jornada – uma busca que revelará a verdade sobre sua família e sua ligação com uma ordem secreta do tempo dos faraós.

A Biblioteca Invisível – Genevieve Cogman

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A Biblioteca Invisível é o primeiro volume da série homônima, escrita por Genevieve Cogman. Irene é uma Bibliotecária e, com tal, sua missão é viajar entre mundos alternativos recolhendo livros raros para a Biblioteca, uma organização que fica fora do espaço/tempo, mas que está conectada às bibliotecas dos alternativos.  Junto de Kai, seu assistente recém-designado, Irene precisa usar toda sua habilidade como Bibliotecária para atender os pedidos da Biblioteca e se necessário (mas não intencionalmente) salvar o mundo.

Sinopse

Irene recebe a missão de ir até uma Londres vitoriana alternativa para recuperar uma primeira edição de Irmãos Grimm. Aquilo que deveria ser uma missão simples (entrar no mundo, recolher o livro, voltar para a Biblioteca) se mostra mais complicado do que a Bibliotecária esperava porque (1) O livro está desaparecido, (2) o último dono foi assassinado, (3) seres feéricos, vampiros, lobisomens e irmandades parecem também estar interessados nesse livro. Sem contar a ameaça de um inimigo da Biblioteca que até então Irene considerava uma lenda para assustar bibliotecários iniciantes. Nada disso estava nos planos de Irene, e agora, para cumprir sua missão, a Bibliotecária precisa aceita a ajuda do maior detetive de Londres.

Por que os Bibliotecários vão salvar o mundo, ou não, mas não temos nada contra se precisarmos fazer isso

Sempre é um prazer ler uma história onde um dos personagens é bibliotecário. Quando é o personagem principal, então, meu coração dá até pulinhos de alegria. Mas além da identificação com Irene por causa da profissão, a história consegue prender tanto leitores de fantasia quanto de livros de detetive com uma dose de steampunk.

Não apenas por atender meu gosto literário, o livro me ganhou pela forma como Irene foi construída. Ela é uma mulher independente, que sabe se virar muito bem, obrigada, e mesmo assim comete erros e tem inseguranças como qualquer pessoa normal. Gosto de ver como o estereótipo da bibliotecária ”de óculos e coque” foi derrubado para mostrar alguém jovem, ágil e inteligente. Gosto também dos motivos que levam os bibliotecários a transitar pelos mundos recolhendo livros. Essas obras são o elo entre as realidades alternativas com a Biblioteca, e quanto mais forte for esse elo, mais equilibrado é o mundo. Poético, não?

Não gostei muito da rivalidade entre Irene e outra Bibliotecária. Acho que já temos rixa demais entre personagens femininas pra ficar incentivando mais competições. Irene também é meio arrogante às vezes, mas vale a pena ver como a personalidade dela vai mudando no decorrer do livro. Mas se eu recomendo a leitura de A Biblioteca Invisível? Com toda certeza. Afinal, nós mesmos viajamos por mundo alternativos recolhendo histórias sempre que abrimos um livro (falei que era poético).

Nota

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Nome:
A Biblioteca Invisível
Autor: Genevieve Cogman
Edição:
Editora: Morro Branco
Ano: 2016
Páginas: 368
ISBN: 9788592795085
Sinopse: Irene é uma espiã profissional da misteriosa Biblioteca, uma organização que existe fora do tempo e espaço e que coleciona livros e manuscritos de diferentes realidades. Junto com seu enigmático assistente Kai, ela é enviada para uma Londres alternativa com a missão de recuperar um perigoso livro. Mas quando chegam, ele já foi roubado.

As principais facções do submundo londrino estão prontas para lutar até a morte para achá-lo, e a missão de Irene é dificultada pelo fato de que o mundo está infestado pelo Caos – as leis da natureza foram distorcidas para permitir a existência de criaturas sobrenaturais e mágicas imprevisíveis.

Enquanto seu novo assistente guarda seus próprios segredos, Irene logo se vê envolvida em uma aventura repleta de ladrões, assassinos e sociedades secretas, onde a própria realidade está em perigo e falhar não é uma opção.

 

Hazel Wood: A Origem do Azar – Melissa Albert

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Recorte da capa do livro. Fundo preto, no centro o titulo
Recorte da capa do livro. Fundo preto, no centro o titulo "Hazel Wood", ao redor do titulo diversas ilutrações em cinza e dourado, de galhos de árvore, torres, prédios e uma mão segurando uma adaga.

Alice e sua mãe (Ella) passaram a vida fugindo de algo, mas desde a notícia da morte de sua avó, uma escritora reclusa, parece que o azar que perseguiu a vida de Alice e sua mãe foi embora e as duas podem viver uma vida normal agora. Porém, Alice nota a presença de pessoas estranhas a cercando e quando Ella é sequestrada, ela percebe que deve ir à Hazel Wood, a casa onde sua avó reclusa vivia e de onde sua mãe fugiu tantos anos atrás.

Alice Três Vezes

A avó de Alice, Althea, ficou famosa ao escrever um livro de contos de fadas sombrios chamado Contos do Recôndito, que logo se tornou uma obra cult devido ao seu conteúdo e dificuldade de encontrar, tanto que a própria Alice nunca conseguiu pôr as mãos em um. Meses após a notícia da morte de sua avó, a garota nota pessoas estranhas a perseguindo, pessoas que não parecem ser desse mundo. Quando sua mãe é sequestrada, ela resolve ir à Hazel Wood, para isso conta com a ajuda de Finch, colega de turma fã do Recôndito e que a ajuda a entender algumas coisas do livro.

Alice é tipo de personagem que se acha mais esperta que todos à sua volta porque teve uma vida fora do comum com sua mãe. Geralmente não gosto desse tipo de personagem, mas ela não chegou a me irritar tanto quanto esperava ao iniciar a leitura. Assim, durante a primeira metade, fiquei curiosa sobre o desenrolar da história, mesmo sem ter me apegado à protagonista ou à leitura em si. Porém, depois de Alice chegar à Hazel Wood e quando todo o mistério é revelado, o livro decaiu muito. A leitura ficou confusa, com passagens desconexas e novos personagens interessantes, mas que não vemos muito sobre eles, pois temos que voltar para a história de Alice. O próprio Finch é muito mais legal de acompanhar do que a protagonista, e quando ambos se separam durante a jornada, ajuda a história a ficar ainda mais arrastada.

Um ponto positivo é o livro do Recôndito e os contos. Eles são esquisitos, sombrios e têm um ar de contos de fada que agrada quem gosta do gênero. Hazel Wood – A Origem do Azar é o primeiro de uma série, mas só me interessaria em ler outra coisa desse universo se saísse um livro com os contos, pois aqui nesse primeiro volume tem apenas dois completos.

Mas é bom?

Infelizmente para mim foi decepcionante. A premissa de mistérios, uma casa isolada e contos de fadas sombrios me ganhou imediatamente, mas o desenrolar confuso e arrastado da reta final, me deixaram frustrada. Porém, se você se interessou pela história e gosta desse clima, pode ser que ele funcione melhor para você. Sempre vale dar uma chance quando algo te interessa. E, como disse antes, os contos são um fator muito positivo.

Nota

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Nome: Hazel Wood – A Origem do Azar (Hazel Wood 01)
Autora: Melissa Albert
Tradução: Lavínia Fávero
Editora: Plataforma21
Ano: 2018
Páginas: 444
ISBN: 9788592783693
Sinopse: Alice Proserpine tem 17 anos e, desde que se lembra, passou a maior parte da vida na estrada com sua mãe. Perseguidas por uma onda de azar quase sobrenatural e sempre dependendo de favores alheios, elas nunca conseguiram permanecer muito tempo no mesmo lugar.

Mas, quando a avó de Alice – reclusa autora de um cultuado livro de contos de fadas sombrios – morre sozinha na mansão Hazel Wood, a jovem descobrirá o tamanho de sua má sorte: sua mãe é sequestrada. Além disso, o rapto foi feito por alguém que diz ter saído de Recôndito, o cruel e fantástico mundo onde as histórias de sua falecida avó são ambientadas. E a mãe de Alice deixou apenas uma pista:

“FIQUE BEM LONGE DE HAZEL WOOD”

Entretanto, para salvá-la, Alice não terá escolha a não ser desbravar esse universo desconhecido – e quem sabe descobrir porque, afinal, tudo em sua vida tem dado tão errado.

Falha Crítica 250 – Os jogos que jogamos nesse ano!!!

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No lado direito, uma coluna de fundo preto com o texto: Podcast Falha Critica, abaixo em fundo vermelho, o número 250, com três senhores na faixa de 70 anos con um controle na mão jogando video game
No lado direito, uma coluna de fundo preto com o texto: Podcast Falha Critica, abaixo em fundo vermelho, o número 250, com três senhores na faixa de 70 anos con um controle na mão jogando video game

Bem vindos pequenos jogadores de Video Game que habitam os confins da internet!!!

Hoje, nossos pimpolhos Ricardo e Eduardo, recebem o ermitão Guilherme de volta ao Covil, para falar dos jogos que eles jogaram no último ano!

Bem, a regra do programa é simples nossos participantes tem que falar aqui dos jogos que eles jogaram no prazo de um ano, até a data de gravação do podcast, de Junho de 2018 até Junho de 2019, não precisam ser jogos lançados nesse período de tempo, mas jogados, não necessariamente zerados, mas bem jogado, pois, serão aceitos jogos que eles não gostaram!

Aproveitem as regras e vão em nossos comentários falar os seus jogos jogados durante esse um ano de vida gamer! E entendam, esse podcast foi uma ideia do Edu, pra poder falar dos jogos de switch, que ele adquiriu nesse ultimo natal, e sente uma necessidade quase física de falar o quanto amou o The Legend of Zelda: Breath of the Wild, respirem fundo e lidem com todo esse amor que precisava ser externado pra fora do coração do nosso amigo, por favor, sejam muito compreensíveis com essa demonstração publica de afeto com um console novo e um jogo MUITO aguardado, todos já passamos por isso!!!

Então, coloquem seus fones de ouvido, peguem seus controles(ou teclados e mouses) e divirtam-se!!!

Quer ouvir episódios maneirissimos sobre animes??? Clique AQUI
Procurando Outros episódios sobre nerdices em geral??? Só CLICA
Está procurando um clube do livro virtual pra falar TUDO sobre seus livros favoritos (ou nem tanto)??? cola AQUI com a gente.
Vamos falar sobre episódios das séries favoritas do momento? Vamos! Clica AQUI

Atenção!

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigado por ouvir ao Covil de Livros.

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O Prazer do Texto – Roland Barthes

Recorte da capa do livro, fundo em bege claro, e no centro o título
Recorte da capa do livro, fundo em bege claro, e no centro o título "O Prazer do Texto" em cor escura. Abaixo do titulo uma linha azul.

O Prazer do Texto (Roland Barthes) é uma das referências básicas dos cursos de teoria e crítica literária em diversas universidades, pois neste livro, que apesar de curto é extremamente denso, o autor define uma série de categorias que mais tarde serão consideradas fundamentais para a crítica literária, especialmente a escola Estruturalista francesa (ver mais aqui).

Temas como a precariedade e incerteza do sentido, o seu não pertencimento a nenhuma voz, a diferença entre prazer e fruição, além da perversão e destruição da linguagem normativa são alguns dos temas que atravessam O Prazer do Texto. Para aqueles que procuram entender o funcionamento teórico dos regimes presentes no texto literário, esse é um livro fundamental.

Uma breve biografia

Barthes é um autor francês famoso pelo largo leque de temas sobre o qual estudou e escreveu, entre eles a sociologia, a crítica literária, a linguística, a filosofia e a semiótica. Formou-se em Letras Clássicas na Universidade de Paris e, influenciado por Ferdinand Saussure, acabou por se tornar um dos maiores nomes do estruturalismo.

Alguns conceitos fundamentais

Em O Prazer do Texto, Barthes apresenta a ideia de precariedade e incerteza dos sentidos de um texto literário, o que ele quer dizer ecoa em um dos seus mais famosos livros A Morte do Autor. Basicamente, a ideia é de que não há um sentido correto, uma melhor ou mais apropriada interpretação e, principalmente, que a voz do autor não é determinante no que “quer dizer” o texto, afinal o que diferencia a interpretação do autor e do leitor? A máxima de Barthes é: “morre o autor para que nasça o leitor”.

Na esteira do Estruturalismo e considerando a influência de Saussure em seu trabalho, Barthes elabora uma importante dicotomia para a teoria literária. O “prazer”, que segundo ele seria uma espécie de confirmação ou legitimação da experiência do leitor, e a “fruição” como uma desestabilização do leitor, uma retirada dele de sua zona de conforto. Assim, algumas vezes a literatura confirmaria a experiência do leitor, confirmaria suas expectativas e etc., isso não necessariamente poderia ser considerado uma experiência positiva. Outras vezes a literatura exerceria um papel de contrariar, de apresentar ao leitor algo fora do seu radar, que o incomodasse até, talvez se pudesse descrever como uma experiência empática.

Além disso, o autor investe na ideia de que o texto é irredutível a gramática e que essa linguagem normativa devia ser destruída, pervertida. Aqui ele talvez esteja argumentando contra o formalismo e sua atenção extraordinária ao texto em si mesmo e o que supostamente ele diria. Como semiólogo, Barthes parece mais interessado na articulação, na constituição e construção de sentidos da literatura.

Por fim, um importante argumento  está presente em O Prazer do Texto e que, afinal, relaciona-se profundamente com as categorias anteriormente apresentas. O autor argumenta que a leitura é um investimento erótico, no qual existe um sentido predeterminado, não existe a possibilidade de normatividade e podemos ser por ele afetado seja pela confirmação ou contradição de ideias e experiências.

Experiência de leitura

Durante o primeiro período no curso de Letras da Universidade Federal de Sergipe, cursei uma disciplina chamada “Teoria da Literatura I” e nela tive quatro aulas sobre O Prazer do Texto. Naquela época, seguindo o cronograma de leitura, eu visitei o livro de Barthes e tentei o ler, mas acabou não dando tempo. Mesmo assim, assisti e anotei as aulas e tentei reler o livro depois delas, o que ajudou me ajudou muito a compreender melhor as ideias sobre o autor.

O que tenho a dizer é que: apesar da linguagem fragmentada, da articulação complexa das ideias, das frases longas que exigem releituras, o livro vale a pena. Estas dificuldades são típicas da literatura acadêmica e, mais precisamente, dos textos Estruturalistas e Pós-Estruturalistas franceses. Contudo, se você conhece previamente algumas ideias, poderá procurá-las no texto.

Considero um livro interessante para aqueles leitores mais engajados no que se passa por trás da literatura, dos seus possíveis mecanismos e do que é discutido sobre eles. Reitero que, apesar das dificuldades, a leitura vale muito a pena, pois depois dela o leitor pode começar a perceber alguns processos de leitura que afetam a si mesmo e, neste sentido, poderia dizer que é uma espécie de autoconhecimento estético-literário. Não há obrigatoriedade na literatura, todos nós sabemos e acredito que Barthes concordaria conosco, mas “O prazer do texto” é um dos livros que põe em cheque essa ideia. Para os leitores experientes, para resenhistas, amantes da literatura, é um livro mais que recomendável.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: O Prazer do Texto
Autor: Roland Barthes
Edição:
Tradução: J. Guinsburg
Editora: Perspectiva
Ano: 2015
Páginas: 80
ISBN: 9788582850411
Sinopse: “Quem suporta sem nenhuma vergonha a contradição? Ora, este contra-herói existe: é o leitor de texto; no momento em que se entrega a seu prazer. Então o velho mito bíblico se inverte, a confusão das línguas não é mais uma punição, o sujeito chega à fruição pela coabitação das linguagens, que trabalham lado a lado: o texto de prazer é Babel feliz”. Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Barthes analisa o prazer sensual do texto para quem lê ou escreve.

Boteco dos Versados 19 – O Auto da Maga Josefa

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Vitrine do episódio 19 do Boteco dos Versados. Tem uma coluna a esquerda, com a logo do Boteco dos Versados em cima, a logo do Leitor Cabuloso no centro e a numeração do episódio abaixo. Em destaque, um recorte da capa do livro O Auto da Maga Josefa da Paola Siviero. A capa é vermelha e possui alguns desenhos como estrelas e uma mula.
Vitrine do episódio 19 do Boteco dos Versados. Tem uma coluna a esquerda, com a logo do Boteco dos Versados em cima, a logo do Leitor Cabuloso no centro e a numeração do episódio abaixo. Em destaque, um recorte da capa do livro O Auto da Maga Josefa da Paola Siviero. A capa é vermelha e possui alguns desenhos como estrelas e uma mula.

E aí, chefia, seja bem-vindo ao Boteco dos Versados!

Hoje temos o enorme prazer de falar do livro O Auto da Maga Josefa da Paola Siviero. Livro este que ganhou o prêmio Leblanc e foi indicado, recentemente, ao Argus!

O Auto da Maga Josefa é uma fantasia nacional, passada no nordeste brasileiro nos meados do século XX. Acompanhamos Toninho, um caçador de monstros, e Josefa, uma filha de um demônio, através do agreste caçando criaturas mitológicas e nos divertindo com as peripécias e percalços.

Lançado no ano passado pela editora Dame Blanche, o enredo traz muita originalidade para o cenário literário brasileiro e encanta os leitores.

Convidados:

Rodrigo Basso do Covil de Livros.

Lígia Colares e Carol Vidal.

 

Agradecimentos especiais a Camila Loricchio do Castelo de Cartas e Ace Barros do Multiverso X que me ajudaram na composição e na elaboração do cordel que eu, Samuel, escrevi. Espero que a autora goste, foi o melhor jeito que encontrei de homenagear a obra.

Aliás, se gostou do episódio, então venha falar conosco! Portanto, assine o nosso FEED e siga as redes sociais do Leitor Cabuloso para ficar sabendo de mais notícias do mundo dos leitores.

Primordialmente, não se esqueça de seguir o Boteco nas redes sociais: @botecoversados

Então, deixe seu comentário dizendo o que achou do livro e do podcast. Se puder, ajude o programa ser conhecido por mais pessoas divulgando nas suas redes sociais. Isso não custa nada para você, mas faz uma imensa diferença para nós! Vamos espalhar amizades e livros por aí!

Amizades, Cacatuas e Outras Coisas Fora de Controle – Mareska Cruz

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Capa do livro. Ilustração de duas mulheres deitadas em um chão verde, lado a lado, apresentadas da cintura para baixo, a da esquerda, de pele clara e usando calça jeans, e da direita, de pele negra, usando um shorts amarelo e de pernas cruzadas. Ao redor delas algumas penas brancas, abaixo delas o titulo do livro.
Capa do livro. Ilustração de duas mulheres deitadas em um chão verde, lado a lado, apresentadas da cintura para baixo, a da esquerda, de pele clara e usando calça jeans, e da direita, de pele negra, usando um shorts amarelo e de pernas cruzadas. Ao redor delas algumas penas brancas, abaixo delas o titulo do livro.

Tudo que Antônia queria era curtir as férias estreando seu lindo biquíni nas cachoeiras próximas a casa de sua avó, em Minas Gerais. Mas por causa de meio ponto seria obrigada a fazer um trabalho de recuperação em literatura, e o pior, em dupla. Assim se inicia Amizades, Cacatuas e Outras Coisas Fora de Controle.

Voltando a falar com Helena

Antônia e Helena eram amigas de infância, estavam sempre juntas dentro e fora da escola. Até que um dia, por um motivo desconhecido, pararam de se falar. Mas agora, meses depois, são obrigadas fazerem juntas um trabalho de literatura durante as férias.

A história é narrada por ambas as amigas, em capítulos alternados. Portanto, acompanhamos os pontos de vista de cada uma delas. Vemos cada uma vai pensar e agira diante da situação inesperada de ter que encarar a ex melhor amiga.

Será que elas conseguiram deixar as mágoas de lado para fazerem um bom trabalho? E o que Antônia, Helena, e seus amigos irão fazer para aproveitar as férias numa cidade que não tem muito o que fazer?

Diversidade importa

Antônia é uma garota gorda, ela curte moda e tem um estilo único, sabe fazer combinações de estampas e cores como ninguém. Helena é negra, ama literatura e costuma fazer referências nerds que nem todo mundo entende.

A forma como a autora insere a representatividade na histórias é natural, sem que o preconceito seja todo o conflito de quem não se encaixa no padrão branco, magro, hétero. Mesmo os personagens secundários têm sua importância nesse quesito.

Mas Amizades, Cacatuas e outras coisas fora de controle é bom?

Com certeza! Uma leitura divertida e super rápida de se fazer. Daquelas que combina perfeitamente com uma tarde de sábado comendo pipoca. A autora consegue fazer com que cada uma das narradoras-personagens tenham uma voz única e é impossível não se apegar a elas, mesmo sendo uma leitura mais curta.

Um livro que tem comédia, uma pouco de aventura e que ainda consegue tratar de coisas mais sérias. Uma história sobre a importância da amizade que termina deixando a gente com o coração quentinho e querendo mais.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: Amizades, cacatuas e outras coisas fora de controle
Autora: Mareska Cruz
Edição:
Editora: Página 7
Ano: 2019
Páginas: 142
ISBN: B07N4B25M3                                                      Sinopse: Antônia e Helena só queriam calma e tranquilidade durante as férias. Mas era claro que não seria fácil assim. Um trabalho de literatura de última hora definitivamente não fazia parte dos planos de ninguém, ainda mais sendo em dupla! E o pior: teriam que fazer juntas. Logo elas, ex melhores amigas de infância que não se falavam há meses. No meio de muita confusão e mágoas, as duas garotas terão que se autodescobrir em uma jornada complicada, com amigos levemente intrometidos, uma vidente mal-educada e a razão do fim da amizade, que pode ou não ter origem em seus próprios problemas e traumas. Isso, é claro, se conseguirem primeiro sobreviver àquela maldita cacatua.

De Volta para Casa: Crianças Desajustadas 01- Seanan Mcguire

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Recorte da capa do livro. Uma floresta com uma luz vindo do fundo. No centro da floresta, uma porta de madeira aberta e o título
Recorte da capa do livro. Uma floresta com uma luz vindo do fundo. No centro da floresta, uma porta de madeira aberta e o título "De volta para casa", em branco, atravessando a porta.

O que acontece com as crianças que atravessam guarda roupas ou caem em tocas de coelhos e vão para outros mundos viver aventuras quando voltam para este mundo? Mais importante: o que elas fariam para voltar para lá? O livro De Volta Para Casa responde essas perguntas e muito mais!

A porta certa-errada

Nancy abriu uma porta no porão de sua casa e foi transportada para um jardim, onde comeu uma romã e ficou presa em um mundo chamado O Salão dos Mortos, mais inesperado: ela amou o local, se sentiu em casa pela primeira vez na vida e passou anos lutando para aprender seus costumes ficar lá. Porém, ela acaba sendo mandada de volta para seu mundo, onde se passaram apenas seis meses desde seu desaparecimento. Os pais, lógico, acharam que toda sua história era fruto de trauma e sem saber o que fazer com uma filha que não mais quer estar em casa a enviam para uma escola especial,  para crianças desajustadas.

Nancy só não esperava que a escola realmente fosse para alguém como ela. Administrada pela Srta. West, a escola se destina às crianças que foram para outro mundo, voltaram e agora não conseguem mais se ajustar a esse mundo. A própria diretora foi uma criança assim. Vamos conhecendo, então, várias crianças, de vários mundos e entendendo que o que parece absurdo e horrível para uns, na verdade é o que faz outra pessoa feliz.

Porém, a calma do lugar não dura muito, pois uma série de assassinatos começa a acontecer na escola. Quem poderia estar matando os alunos e porquê?

De Volta para Casa é um livro curto, acho até que se encaixa como uma novela, porém extremamente bem desenvolvido, tanto em sua história quanto em seus personagens. A autora trouxe uma discussão sobre sexualidade e gênero, a própria protagonista é assexual e Kade, um dos personagens mais importantes e meu preferido é um garoto trans, que foi expulso do mundo que chamava de lar (um reino das fadas) por causa disso e agora também não é aceito por seus pais nesse mundo onde nasceu.

Fica claro que a autora faz um paralelo sobre como cada pessoa pode se encontrar e estar no lugar em que lhe faz feliz, desde que ela se aceite, mesmo que outras pessoas não o façam ou não entendam aquilo que ela deseja e quem ela é. É uma mensagem que fica nas entrelinhas, em uma história com a escrita linda e personagens interessantes. Além de um mistério para quem gosta de desvendar crime, mesmo que a resolução não tenha sido surpreendente, foi interessante e te motiva a ir atrás do segundo livro, que já foi lançado aqui no Brasil.

Mas De Volta Pra Casa é bom?

É muito bom! A escrita é poética sem ser pretensiosa e os personagens são ponto forte desse livro. Um defeito é o de que, quando ocorrem os crimes, os alunos continuam suas aulas sem parecer se preocupar tanto com isso, fica um pouco fora de tom, além disso queria saber mais sobre os outros mundos. Nem o da Nancy, protagonista desse primeiro livro, nós sabemos muito bem como funciona. Mas entendo que a autora quis dar outro foco à história em vez de inventar universos fantásticos e aquilo que ela se propõe a fazer, fez muito bem.

O livro é o primeiro de uma série, mas são histórias independentes. Aparentemente alguns personagens vão reaparecer ao longo dos outros livros (Kade, quero uma história sua), mas o plot da Nancy se fecha nesse primeiro livro, então quem quiser só conferir, não precisa ter medo de ficar preso em uma série.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: De Volta para Casa – Crianças Desajustadas 01
Autor: Seanan McGuire
Tradução: Ana Death Duarte
Editora: Morro Branco
Ano: 2018
Páginas: 184
ISBN: 9788592795252
Sinopse: “…e a única pessoa que pode lhe dizer como sua história termina é você”.

Crianças sempre desapareceram nas condições certas: escorregando pelas sombras debaixo da cama, atrás de um guarda-roupa ou caindo em buracos de coelhos e em poços velhos, para emergir em algum lugar… diferente.

Nancy viajou para um desses lugares, e agora está de volta. As coisas que ela viu… mudam uma pessoa para sempre. E as crianças sob os cuidados de Eleanor West compreendem isso muito bem: cada uma delas procura a porta de volta ao seu próprio universo fantástico, mas poucas conseguem encontrá-la. Afinal, mundos mágicos têm pouca utilidade para crianças cujos milagres já foram usados.

A chegada de Nancy marca também uma terrível mudança no internato. Há uma escuridão pairando à cada esquina, e quando a tragédia ataca, Nancy e seus colegas precisam desvendar o mistério.

Não importa o custo.

Ye – Guilherme Petreca

Recorte da capa ilustrada da hq. No fundo, em cor vemelha, inumeros objetos em armários e na parede. Em primeiro plano, no centro em preto e branco, um garoto com vestes diferenciadas, em várias camadas de roupa, usando casaco. O garoto fica entre as letras amarelas do titulo YE.
Recorte da capa ilustrada da hq. No fundo, em cor vemelha, inumeros objetos em armários e na parede. Em primeiro plano, no centro em preto e branco, um garoto com vestes diferenciadas, em várias camadas de roupa, usando casaco. O garoto fica entre as letras amarelas do titulo YE.

Muitas obras não devem ficar contidas só em uma mídia. Li a HQ Ye, do autor nacional Guilherme Petreca, e a vontade de vê-la transformada em uma animação é enorme. Uma obra onde o fantástico anda de mãos dadas com a metáfora. É contada uma história simples, que tem como tema principal algo complexo. Os traços e os desenhos carregados de originalidade tem o foco no infantil e falam sobre o medo.

Medo do começo ao fim

Medo é o cenário, é o grande vilão e marca a personalidade e características do protagonista Ye. Entretanto, tudo isso é feito com sutileza e até mesmo de forma lúdica. A HQ tem um jeitão de TV cultura, onde ensinar e emocionar nunca estão separados. É fácil imaginar uma mãe ou um pai lendo essa história para o seu filho e ensinando-o a lidar com o medo. Guilherme Petreca sabe usar a criatividade, ele tira algo do personagem principal para que o desenho substitua as palavras. As expressões, os personagens caricatos e todo ambiente não só encantam como tiram o peso do tema.

Para jovens e para adultos

O contido, tímido e bondoso Ye precisa se livrar de um mau dentro de si. A aventura de autodescoberta e evolução passa por navios piratas, bruxas, vilas e monstros. Tudo enche os olhos de uma criança e pode ser enxergado como metáfora por um adulto. A narrativa, bem conduzida, apesar da sua proposta infantil não tem receio de mostrar personagens tristes e outros alegres. Todos bem construídos, com importância para a história e ajudam o Ye.

Não falar do final seria um pecado. Ele é sensível, simples e de uma sutileza sem igual. Pode ser encarado como poético para um adulto preso em seus medos e é uma lição simples para uma criança; uma lição que pode ajudá-la a não temer o mundo.

Quem é o verdadeiro vilão da sua vida? Quem sempre barra as suas aventuras?

Uso todo o aprendizado da HQ e digo:

Lidar com o medo não é só lidar com o mundo, com as pessoas ou até mesmo com o futuro. Lidar com o medo, primeiramente, é lidar consigo mesmo.

Por fim, não tenha medo de ler essa excelente HQ nacional.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: Ye
Autor: Guilherme Petreca
Edição:
Editora: Veneta
Ano: 2016
Páginas: 176
ISBN: 9788563137609
Sinopse: Piratas, bruxas, malandros e monstros: o menino Ye enfrenta os grandes perigos do mundo em sua jornada de autodescoberta. Este novo livro de Guilherme Petreca, uma das principais revelações da nova narrativa fantástica brasileira, é uma história de aventura e magia para adultos e crianças. Este livro encontrará seu público entre fãs de Senhor dos Anéis, Sandman, Harry Potter, História sem Fim, mas também o entre os leitores de Pequeno Príncipe, quadrinhos alternativos e jovens fãs de literatura de fantasia.

Covil de Livros 118 – O Assassinato de Roger Ackroyd

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Vitrine do podcast Covil de Livros. No primeiro plano, recorte da capa do livro, mostrando no topo o texto
Vitrine do podcast Covil de Livros. No primeiro plano, recorte da capa do livro, mostrando no topo o texto "O Assassinato de", logo abaixo a ilustração de uma adaga perfurando uma carta manchada de sangue, ao lado da adaga o texto: "Um caso de Hercule Poirot". Na base da imagem o texto: "Roger Ackroyd". Na lateral direita, faixa vertical escrito "Podcast Covil de Livros" e o número da edição: 118.

Bem-vindos, amigos, ao Covil de Livros! Hoje Basso recebe Bruno Motta e Ana Rusche para continuar falando sobre a obra de Agatha Christie! Dessa vez, o livro analisado é O Assassinato de Roger Ackroyd.

O romance foi publicado em 1926 e foi o grande sucesso da escritora, sendo por muitos considerado o responsável pelo “boom” de sua carreira. Na época (e até hoje), a reviravolta da revelação de quem foi que matou Roger Ackroyd é um dos maiores casos de sucesso. Como o Bruno mesmo comentou no podcast, é comparável a revelação do filme Sexto Sentido!

Sendo a revelação da(o) assassina(o) algo tão elementar, seria difícil falar do livro sem dar spoilers! Portanto, já deixamos todo mundo avisado desde já que é altamente recomendado que você já tenham livro o livro antes de escutar o podcast. Sua experiência de leitura poderá não ser a mesma, estejam avisados.

A ideia é continuar a ler os romances da A.C. com esta mesma equipe. Portanto, deixe suas sugestões nos comentários de qual poderia ser o próximo livro da escritora aqui no Covil de Livros. Aproveitem e falem o que estão achando dessa “série informal” que estamos fazendo. Afinal, sua opinião é muito importante para continuarmos com o podcast!

Atenção!

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigado por ouvir ao Covil de Livros.

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Filhos de Sangue e Osso – Tomi Adeyemi

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Montagem da capa do livro, no centro a capa completa com ilustração onde mostra a metade superior de um rosto feminino negro com cabelos brancos voltados para cima que fazem fundo para o texto com o nome da autora e o título do livro em fonte estilizada. O mesmo rosto preenche o fundo da imagem da vitrine.
Montagem da capa do livro, no centro a capa completa com ilustração onde mostra a metade superior de um rosto feminino negro com cabelos brancos voltados para cima que fazem fundo para o texto com o nome da autora e o título do livro em fonte estilizada. O mesmo rosto preenche o fundo da imagem da vitrine.

No reino de Orïsha, os Maji (pessoas abençoadas pelos deuses com magia) foram massacrados pelo rei durante a Ofensiva, logo após sua magia sumir misteriosamente. Zélie viu sua mãe ser morta pelos guardas com apenas seis anos de idade. Onze anos depois, seu caminho se cruza com o de Amari, a filha do rei que fugiu do palácio ao descobrir um pergaminho que pode trazer a magia dos Maji de volta e acabar com a opressão em que os sobreviventes da Ofensiva tem vivido desde então.

A narrativa de Filhos de Sangue e Osso tem muitos elementos da jornada do herói clássica (inclusive em muitos momentos lembrei de Star Wars), mas é revestida de uma mitologia diferente que torna a jornada ainda mais interessante.

Orïsha

Em um passeio pelo Brasil, Tomi Odeyeme se encantou com a riqueza da cultura Candomblé e tomou isso como inspiração para criar essa história onde seus deuses presenteiam a humanidade com diferentes dons de magia. Porém, em um paralelo à história da população negra que continua a sofrer opressão, essas pessoas passam a viver reprimidas e violentadas a partir do momento em que sua magia os deixa. Somado a isso, o Governo (em uma tentativa de acabar com os Maji) assassina aqueles que já possuíram magia e deixam vivas apenas as crianças que nunca a conheceram.

Assim, a autora criou um mundo onde é possível fazer um paralelo com nossa realidade, mas trouxe uma parte da cultura africana, muitas vezes desconhecida (e alvo de grande preconceito) mesmo no Brasil, um país formado por tantos descendentes de africanos escravizados.

Maji

Filhos de Sangue e Osso é narrado por três pontos de vista. Como protagonista temos Zélie, descendente dos Maji, quem nunca teve a chance de conhecer sua magia, pois quando ela sumiu do mundo ainda era muito jovem. Zélie então cresceu nesse novo mundo de opressão e violência, sendo constantemente ameaçada e lutando para sobreviver junto com seu pai e irmão, Tzain. Quando ela entra em contato com um pergaminho que traz parte da sua magia de volta, ela se vê em uma jornada para trazer a magia de volta a todos, mesmo sem se sentir preparada para isso. Zélie é impulsiva e em muitos momentos percebemos que está cometendo erros, ao mesmo tempo compreendemos suas atitudes.

Amari, a princesa que descobre o pergaminho e o rouba de seu pai, parece frágil e amedrontada em um primeiro momento. Mas ao longo do livro vemos o que a levou a isso e que crescer sob o comando desse rei tirano não é bom, mesmo para seus filhos.

Para corroborar isso temos Inan, herdeiro do trono e recém nomeado capitão do exército. Ele é ingênuo ao ponto de justificar as ações de seu pai e achar que conseguirá trazer paz e conciliar os povos. Seus capítulos são um pouco repetitivos, mas foi o personagem cujo arco eu criei mais expectativa para ver o desenvolvimento.

Mas Filhos de Sangue e Osso é bom?

É muito, muito bom! A autora não trouxe nada de novo sob o sol em questão de narrativa, entretanto toda a criação de mundo é incrível, com uma mitologia inovadora que me fez querer aprender mais sobre essa cultura. Além disso, é uma história divertida de acompanhar, que prende o leitor pois sempre deixa o gostinho de quero saber o que acontecerá em seguida. O ponto mais fraco, entretanto, foi um romance estilo instalove ali pela metade que tirou um pouco o ritmo da leitura, e pareceu deslocado da história.

Filhos de Sangue e Osso faz parte de uma trilogia com o segundo previsto para ser lançado em dezembro. Além disso, um filme está para ser produzido e sinceramente, depois de algumas descrições de cena, eu estou mais empolgada para ver essa história em tela do que pela continuação em si.

Lembram que comentei que algumas coisas me lembraram bastante Star Wars? Então, para quem já leu ou não se importa com SPOILERS LEVES fica aqui algumas semelhanças que percebi: temos uma ligação psíquica/mágica/Força entre os antagonistas/interesse amoroso; tem o plot do Escolhido; tem deserto; tem arena de luta no deserto… Foi muito divertido ir notando essas coisas.

Nota

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Ficha Técnica

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Nome: Filhos de Sangue e Osso
Autora: Tomi Odeyeme
Tradução: Petê Rissatti
Edição:
Ano: 2018
Páginas: 560
ISBN: 9788568263716
Sinopse: Zélie Adebola se lembra de quando o solo de Orïsha vibrava com a magia. Queimadores geravam chamas. Mareadores formavam ondas, e a mãe de Zélie, ceifadora, invocava almas. Mas tudo mudou quando a magia desapareceu. Por ordens de um rei cruel, os maji viraram alvo e foram mortos, deixando Zélie sem a mãe e as pessoas sem esperança. Agora Zélie tem uma chance de trazer a magia de volta e atacar a monarquia.

Com a ajuda de uma princesa fugitiva, Zélie deve despistar e se livrar do príncipe, que está determinado a erradicar a magia de uma vez por todas. O perigo espreita em Orïsha, onde leopanários-das-neves rondam e espíritos vingativos aguardam nas águas. Apesar disso, a maior ameaça para Zélie pode ser ela mesma, enquanto se esforça para controlar seus poderes — e seu coração.

Filhos de Sangue e Osso é o primeiro livro da trilogia de fantasia baseada na cultura iorubá O Legado de Orïsha está sendo adaptado para o cinema.

Kindred: Laços de Sangue – Octavia E. Butler

Recorte da capa do livro. Um fundo vermelho, no topo o desenho de uma mão dentro de um elo gigante de uma corrente. Abaixo, o título:
Recorte da capa do livro. Um fundo vermelho, no topo o desenho de uma mão dentro de um elo gigante de uma corrente. Abaixo, o título: "Kindred Laços de Sangue"

O ser humano é muito complexo para ser resumido. Entretanto, se tivesse que resumir Octavia E. Butler em uma palavra, essa palavra seria: Luta. É disso que trata Kindred: Laços de Sangue.

Um Sonho, Um Sucesso.

Kindred: Laços de Sangue é o meu primeiro contato com a autora. Uma mulher negra que me fez lembrar a cantora Ivone Lara escrevendo ficção científica. Alias, essa obra, esse sonho, esse sucesso de vendas vai muito além disso. Um livro que é praticamente um experimento cientifico sobre racismo.

Dana é casada com Kevin, tem uma vida comum e faz uma viagem no tempo para a época da escravidão. Nesse novo “mundo” vê um menino, Tom Weylin, se afogando em um rio. Uma simples premissa, que para a autora é o suficiente para contar uma história e mostrar o racismo. Não temos discursos, análises, dados, estatísticas e nem nada desse tipo. No texto, em que se encontra mais coração do que palavras, vemos a sobrevivência. Sim, sobreviver. Nessa obra de arte essa insistência em se manter vivo não está só ligado a lutar e a se opor. Há luta, há revolta e uma contestação por parte da personagem principal e isso cativa. Entretanto, sobreviver não é só isso. A obra me conquistou por essas escolhas que fornecem mais a sensação de realidade do que de ficção.

Octavia ou Dana viveu com aquelas pessoas?

Durante todo o texto a autora está colada na protagonista. A narração é tão viva que por muito tempo durante a leitura pensei que se tratava de um relato de Octavia. Há momentos em que o texto mostra o que é sentido na pele. E, em outros, parece que a autora e o leitor estão sentados conversando.

Nos excelentes diálogos embarcamos no ritmo, somos transportados para outra época e é passado tristeza, violência, conflito e esperança. Da boca de um personagem saiu uma das cenas mais violentas que vi na arte. Se você tem algum gatilho com cenas violentas, tome cuidado.

Dana e Kevin recebem marcas profundas desse ir ao passado. E, principalmente Dana, deixa marcas em uma fazenda escravocrata. Há tantos personagens com várias camadas de histórias. Eles interagem de maneiras distintas ao contexto que são inseridos, as personalidades são bem definidas e quase todos querem algo da protagonista.

E a Ficção Científica?

Ela existe e é bem feita. Não há cientistas com jalecos brancos em frente de uma máquina enorme ou fazendo cálculos em uma lousa. Porém, as regras estão bem estabelecidas e são acompanhadas de um toque genial: estão entrelaçadas na relação de Dana com Tom Weylin.

Nas primeiras páginas me perguntei:

E se eu fosse mandado para a época da escravidão? Como iria me comportar? O que iria fazer diante do inconcebível atrás do inconcebível? O livro, por ser tão verossímil, provoca essas questões.

Depois que terminei de ler nem pensei mais em mim e só consegui pensar em como muita coisa precisa mudar. Mas ainda bem que alguma coisa mudou.

Leia Ficção Científica e história em uma obra única.

O Sonho de uma escritora

A edição da editora Morro Branco dá um presente para o leitor nas últimas do livro e conta um pouco sobre o sonho de Octavia E. Butler.

Nota

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Nome: Kindred: Laços de Sangue
Autor: Octavia E. Butler
Tradução: Carolina Caires Coelho
Edição:
Editora: Morro Branco
Ano: 2017
Páginas: 432
ISBN: 9788592795191
Sinopse: MAIS DE MEIO MILHÃO DE CÓPIAS VENDIDAS NO MUNDO.

Em seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. Então, o mundo se despedaça.

Dana repentinamente se encontra à beira de uma floresta, próxima a um rio. Uma criança está se afogando e ela corre para salvá-la. Mas, assim que arrasta o menino para fora da água, vê-se diante do cano de uma antiga espingarda. Em um piscar de olhos, ela está de volta a seu novo apartamento, completamente encharcada. É a experiência mais aterrorizante de sua vida… até acontecer de novo. E de novo.

Quanto mais tempo passa no século XIX, numa Maryland pré-Guerra Civil – um lugar perigoso para uma mulher negra –, mais consciente Dana fica de que sua vida pode acabar antes mesmo de ter começado.

“Impossível terminar de ler Kindred sem se sentir mudado. É uma obra de arte dilaceradora, com muito a dizer sobre o amor, o ódio, a escravidão e os dilemas raciais, ontem e hoje” – Los Angeles Herald-Examiner

FC Invasão Anime S03E02 – Mob Psycho 100

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Vitrine do podcast Falha Crítica. Na lateral direita, uma faixa vertical com o logo do podcast e, embaixo o número do episódio: 249. Invasão anime, Em destaque, Mob, Taru e Covinhas num fundo azul
Vitrine do podcast Falha Crítica. Na lateral direita, uma faixa vertical com o logo do podcast e, embaixo o número do episódio: 249. Invasão anime, Em destaque, Mob, Taru e Covinhas num fundo azul

Estamos invadindo mais um FC pra falar sobre um dos animes mais divertidos de todos os tempos, sim, como prometemos no ultimo invasão anime, Edu se junta com o Rick para falar da indicação da casa Mob Psycho 100, um anime, muito divertido, com um humor fora do comum, e super no sense como nossos meninos amam tanto, e claro, grandes batalhas de perder o folego, então, zerem seus marcadores de raiva ouvindo mais esse podcast!!!

E lembrando que pro próximo Invasão falaremos de “Barakamon” indicação do Rick e mantemos no final da temporada Neon Gênesis Evangelion!!!

Oi pessoal aqui quem escreve é o Edu! Tudo bem?
Eu to escrevendo esse texto para justificar a ausência e certas mudanças no calendário do Invasão Anime! Bom, primeiro gostaria de pedir mil desculpas pra vocês ouvintes do Falha Critica, a desaparecida no final do ano passado foi culpa minha, eu não estava bem, e não tinha condições emocionais de gravar nada (tanto que sumi do Covil de Livros pra quem escuta a gente por lá, isso serve como explicação extra) muito menos, assistir animes, ver filmes ou ler livros, isso causou um grande problema aqui no invasão pois os convidados não receberam a noticia, e não gravamos com eles, e, o anime do final do ano Neon Genesis Evangelion, não teve o episódio dedicado a ele como prometido, por isso, pra manter essa promessa, trouxemos ele pra essa terceira temporada, espero de coração que entendam e nos perdoem e não deixem de ouvir esse podcast que amamos tanto fazer, bom é isso, eu fico aqui com as explicações e até o próximo episódio!!!

E não esqueçam que daqui quinze dias sai o novo episódio do Falha Critica normal sem invasão falando de cultura pop!!!

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Esta Procurando um clube do livro virtual pra falar TUDO sobre seus livros favoritos(ou nem tanto)??? cola AQUI com a gente
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Atenção!

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Boteco dos Versados 18 – #LeiaMulheres

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Da esquerda para a direita: capa de abertura do boteco dos versados, e o número 18 na parte inferior. Capa do livro: O peso do pássaro morto com as letras dispostas sobre fios. Abaixo a capa do livro Maresi. Capa do Livro: a Escada espiral, com a sombra de uma árvore destacada contra um céu ao fundo. Capa do Livro: A vida invisível de Eurídice Gusmão, título escrito no lugar do rosto inexistente de uma mulher, sendo possível somente observar seus cabelos e a gola de sua roupa.
Da esquerda para a direita: capa de abertura do boteco dos versados, e o número 18 na parte inferior. Capa do livro: O peso do pássaro morto com as letras dispostas sobre fios. Abaixo a capa do livro Maresi. Capa do Livro: a Escada espiral, com a sombra de uma árvore destacada contra um céu ao fundo. Capa do Livro: A vida invisível de Eurídice Gusmão, título escrito no lugar do rosto inexistente de uma mulher, sendo possível somente observar seus cabelos e a gola de sua roupa.

E aí, chefia, seja bem-vindo ao Boteco dos Versados!

Hoje não falaremos de um livro específico como de praxe, mas faremos indicações de livros escritos por mulheres que gostamos, e julgamos válido que mais pessoas leiam.

Então pegue papel e caneta para anotar nossas indicações e junte-se a nós nesse bate-papo campeão.

Convidados:

Patricia Souza, que já é da casa.

A escritora Carol Vidal.

O host do podcast O Nome Disso É Islã, Mohammad Puncha.

Livros indicados no episódio:

O Peso do Pássaro Morto da Aline Bei publicado pela Editora Nós.

A Vida Invisível de Euridice Gusmão da Martha Batalha publicado pela Companhia das Letras.

Maresi da Maria Turtschaminoff com tradução de Lilia e Pasi Loman, publicado pela Editora Morro Branco (leia nossa resenha).

A Escada Espiral da Karen Armstrong com tradução de Hildegard Feist publicado pela Companhia das Letras

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