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Covil de Livros 109 – A Flecha de Fogo

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Vitrine do podcast Covil de Livros. Ao fundo, silhueta de um monstro humanóide em pé segurando um machado. Fundo em cor palha. No primeiro plano, a capa do livro A Flecha de Fogo com a imagem do mesmo monstro, em vermelho. Na lateral direita, faixa vertical escrito
Vitrine do podcast Covil de Livros. Ao fundo, silhueta de um monstro humanóide em pé segurando um machado. Fundo em cor palha. No primeiro plano, a capa do livro A Flecha de Fogo com a imagem do mesmo monstro, em vermelho. Na lateral direita, faixa vertical escrito "Podcast Covil de Livros" e o número da edição: 109.

Bem-vindos, amigos, a mais um Covil de Livros! E hoje temos Basso e Edu para falar do mais novo romance de Leonel “Fucking” Caldela: A Flecha de Fogo! Sim, a espera acabou e um dos maiores mistérios de Arton finalmente será revelado. Aos desavisados, informamos que não é preciso conhecer o cenário para ler o livro e que até quem já o conhecia ficou surpreso por ver um mundo bem diferente do que estava acostumado. Sim, o Leonel fez de novo: surpreendeu a todos.

O podcast contém spoilers a partir de determinado momento anunciado no podcast. São revelados muitos mistérios da trama, sendo recomendado que o livro já tenha sido lido anteriormente (a não ser, é claro, que você não ligue para isso; nesse caso, vai fundo!).

Um agradecimento especial ao J.M. Trevisan pela ideia inicial do romance e por suas contribuições na criação dos mistérios nesses muitos anos de espera. Os fãs de Tormenta irão reconhecer muitos easter eggs na leitura.

Nosso efusivo agradecimento ao Capitão Ace Barros pelas locuções deste episódio. Visitem o MULTIVERSO X para ouvir mais de suas locuções. Tem muita gente boa produzindo podcasts e algumas delas são nossos parceiros, como o pessoal do Multiverso X.

Quem quiser ver mais sobre outros podcasts sobre livros do Leonel Caldela, o Covil de Livros possui um monte deles! É só ir na nossa categoria e ser feliz.

Atenção!

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigado por ouvir ao Covil de Livros.

Quer ler algo sem spoilers antes de ouvir o podcast?

  • Leia nossa RESENHA sobre a Flecha de Fogo
  • Leia nossa RESENHA sobre o próximo livro do Covil de Livros

 

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A Flecha de Fogo – Leonel Caldela

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Silhueta de um monstro humanóide em pé segurando um machado. Fundo em cor palha.
Silhueta de um monstro humanóide em pé segurando um machado. Fundo em cor palha.

“Quando a sombra passar pelo globo de luz
Trazendo a vida que trará a morte
Terá surgido o emissário da dor
O arauto da destruição
Seu nome será cantado por uns
E amaldiçoado por outros
O sangue tingirá os campos de vermelho
Um rei partirá sua coroa em duas
E a guerra tomará a tudo e a todos
Até que a sombra da morte complete seu ciclo
E a flecha de fogo seja dispara
Rompendo o coração das trevas”

O que você precisa saber

Muitas pessoas acham que “A Flecha de Fogo” por ser um romance do cenário de Tormenta, só pode ser lido/entendido por quem já conhece o jogo ou já leu outros livros. Errado! Tudo o que você precisa saber sobre esse mundo (lugares, deuses, heróis etc) está dentro do próprio livro. O que você precisa saber é somente o seguinte: existe uma criatura anunciada numa profecia que irá reunir um gigantesco exército de monstros humanoides (chamado Aliança Negra) a mando do Deus da Morte; esse general, Thwor Ironfist, irá marchar contra todas as outras raças para dominá-las e a única coisa que a profecia dita que pode pára-lo é a “flecha de fogo”; o que ou quem seria a flecha de fogo é um grande mistério. Esse livro, como o próprio título revela, veio para resolver isso. Claro que para os fãs do jogo existe um gostinho a mais nessa história. Afinal, estamos há 20 anos esperando que seja revelado o mistério dessa profecia. Mas os que chegaram agora podem ficar tranquilos que a viagem será prazerosa para vocês também.

O autor desse livro é o Leonel “Mestre da Escatologia e do Sadismo” Caldela, escritor responsável pela Trilogia Tormenta, história que revela o surgimento da tempestade que dá nome ao jogo. Após 10 anos do lançamento da trilogia, Caldela retorna para revelar outro grande mistério de Tormenta em A Flecha de Fogo. Vale mencionar aqui que a profecia e o personagem de Thwor Ironfist, o general bugbear que lidera a Aliança Negra, são criações do diabólico “Dr. Careca” J. M. Trevisan, um dos autores do RPG Tormenta.

Lide com o futuro que surgir disto

Considerando a proposta do livro, facilmente poderíamos imaginar que ele seguiria uma estrutura básica de romances de fantasia: um grupo de aventureiros saindo numa busca por um item mágico capaz de destruir o inimigo invencível conforme dito numa profecia e salvar a humanidade (alguém disse Senhor dos Anéis?). Mas não será tão simples assim…

Apesar da primeira parte te levar a crer que a história seguiria por esse caminho, rapidamente você percebe que foi enganado. As partes 2 e 3 te levam para outro tipo de história, uma em que o protagonista e o leitor precisam esquecer tudo o que “acham” que sabem sobre o mundo para aprender sobre uma nova realidade. O livro passa a apresentar um outro lado do mundo de Tormenta que nem os fãs conheciam, tornando-o novo para todos os leitores.

Indo ainda mais a fundo ainda, Leonel explora outros assuntos que não são costumeiramente abordados na fantasia clássica. Levando o protagonista para o outro lado da história, convivendo com os “monstros”, é apresentado ao leitor diversas discussões sobre “quem é o inimigo” e “quem é o outro”, enquanto a derradeira guerra pelo destino da humanidade (e desses monstros) está chegando no seu clímax. A narrativa tem um ritmo mais lento do que o usual para este tipo de história, mas é necessário para que o leitor possa entender o peso de cada decisão das personagens tomam e do destino que elas tem que lidar a partir disso. Acredite, a espera é recompensada.

Ushultt: “aquele que sangra conosco”

Sendo um romance do Leonel Caldela não poderiam faltar combates de tirar o fôlego. Apesar de reduzido o número de combates em comparação ao tamanha gigantesco do livro, eles são magistralmente descritos. Outra marca registrada do autor são grandes reviravoltas. Apesar de ser um volume único, este romance facilmente poderia ser uma trilogia e, ao final de cada parte, você pode esperar uma grande surpresa.

Os fãs de Tormenta podem esperar ver várias teorias sobre a Flecha de Fogo que foram surgindo ao longo desses anos de espera, assim como personagens e lugares que apenas foram mencionados sendo melhor detalhadas. Os que nunca ouviram falar de Tormenta podem esperar serem apresentados a um novo mundo que está em constante mudança, tendo seu Futuro e Passado alterado por ações no Presente. Sim, eu sei que parece não fazer sentido, mas vocês ainda não ushultt, então não podem entender…

Nota

Garanta o seu exemplar e boa leitura!

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Nome:  A Flecha de Fogo
Autor: Leonel Caldela
Edição: 1ª
Editora: Jambo
Ano: 2018
Páginas: 736
ISBN: 9788583650935
Sinopse: Ele está chegando. A profecia nos avisou que, com o eclipse, viria o Arauto da Destruição, tingindo os campos de vermelho. Ele já destruiu o Reino dos Elfos com seu exército de monstros. Só existe uma coisa que pode detê-lo, mas ninguém sabe o que é. Passei minha vida toda estudando a profecia. Todos nós dedicamos cada minuto a tentar decifrá-la, em busca de uma arma, de uma esperança. Mas a última barreira caiu e ele está chegando. A sombra da morte cobrirá nossos reinos, a menos que alguém responda a pergunta que nos atormenta desde o início. O que é a Flecha de Fogo?

O Trono Vazio – Crônicas Saxônicas #8 | Bernard Cornwell

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Corte da capa do livro que mostra o tronco de um guerreiro com armadura segurando uma espada. Ele está em cima de um cavalo.
Corte da capa do livro que mostra o tronco de um guerreiro com armadura segurando uma espada. Ele está em cima de um cavalo.

O Jogo dos Tronos

O trono vazio é o oitavo livro das Crônicas Saxônicas. A primeira edição em português foi lançada em outubro de 2014.

Este livro começa com uma novidade: o narrador do prólogo é o filho de Uhtred, também chamado de Uhtred, agora com 21 anos e se tornando um guerreiro tão formidável quanto o pai.

A estória se passa quase inteiramente na Mércia, região até então governada por Æthelred, marido de Æthelflæd e cunhado do rei Eduardo de Wessex. Æthelred está morrendo sem deixar filhos do sexo masculino, o que gera uma disputa pelo governo da Mércia. O povo dessa região ama Æthelflæd mas, apesar dela se mostrar uma guerreira capaz de defender o território, não é comum uma mulher ser governante. Além disso, ela deveria ir para um convento após a morte do marido.

O rei Eduardo também deseja governar a Mércia e, junto com seu sogro Æthelhelm, planeja tomar o poder para si. Æthelhelm é um homem muito rico e poderoso tendo como maior desejo garantir que seu neto seja o próximo rei, inclusive atentando contra vida de Æthelstan, o filho de Eduardo que muitos consideram ilegítimo.

Uhtred está muito debilitado devido ao ferimento sofrido na luta contra Cnut. A ferida causada pela espada Cuspe de Gelo está infeccionada fazendo Uhtred sentir dores horríveis. Isso torna difícil para ele demonstrar sua força física e até atrapalha seu raciocínio estratégico em alguns momentos.

Ou você vence ou você morre

Na primeira parte do livro vemos o desenrolar da disputa pelo poder na Mércia. Mais uma vez Uhtred demonstra ser um grande estrategista, conseguindo manipular os acontecimentos, inclusive utilizando a hipocrisia dos membros da igreja contra eles mesmos. O foco da segunda parte é a busca pela espada Cuspe de Gelo. De acordo com o padre Cuthbert, somente a arma que causou o ferimento será capaz de curar Uhtred.

Este livro traz poucas batalhas, mas que são sangrentas e bem descritas como sempre. Dessa vez os inimigos são noruegueses que estão deixando a Irlanda e tentam se estabelecer na Mércia. A maior participação dos filhos de Uhtred é um destaque positivo deste livro. Sua filha Stiorra se revela pagã e muito corajosa, capaz de matar seus inimigos com frieza.

O Trono Vazio é um livro com mais intrigas políticas do que batalhas. Neste capítulo das Crônicas Saxônicas conhecemos um Uhtred mais velho e fragilizado pela doença, dependendo da ajuda de seus filhos para a concretização de seus planos. Testemunhamos nosso herói mais uma vez influenciando a formação da Inglaterra.

O Norte se lembra

As Crônicas Saxônicas foram meu primeiro contato com o trabalho de Bernard Cornwell. Li toda a saga publicada até agora e acho que a mesma manteve a qualidade ao longo dos livros, sempre trazendo novos desafios para Uhtred e sem cansar o leitor. Cornwell é um mestre em nos fazer sentir dentro das batalhas praticamente sentindo o cheiro do sangue e o bafo dos inimigos. Neste livro eu praticamente sentia o cheiro da ferida do Uhtred em várias cenas.

Sempre me divirto quando o pagão Uhtred fala ou pensa algo sobre as crenças dos cristãos. Achei hilário quando ele se perguntou porque espantar gansos de uma plantação foi considerado um milagre da Santa Werburga já que um cachorro de três pernas poderia ter feito isso.

Também gostei muito de ver Æthelflæd, Stiorra e Eadith tendo participações importantes no desenrolar da estória. Enfim, mais um ótimo capítulo da saga pela formação da Inglaterra e, é claro, pela reconquista de Bebbanburg.

 Nota

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Nome:
 O Trono Vazio (Crônicas Saxônicas #8)
Autor: Bernard Cornwell
Tradução: Ivanir Alves Calado
Edição: 1ª
Editora: Record
Ano: 2015
Páginas: 336
ISBN: 9788501105295
Sinopse: As forças de Wessex e da Mércia se juntaram para combater os dinamarqueses, mas a instabilidade da união e a ameaça dos ataques dos reinos pagãos vizinhos são um perigo para a Britânia, pois Æthelred, o senhor da Mércia, está à beira da morte e não tem herdeiros, o que abre caminho para disputas pelo trono. Uhtred de Bebbanburg, o maior guerreiro da Mércia, sempre apoiou a senhora Æthelflaed para que se tornasse a sucessora do trono, mas será que a nobreza aceitará uma mulher como líder? Mesmo ela sendo a viúva de Æthelred e irmã do rei de Wessex? Enquanto os mércios travam brigas internas e os saxões ocidentais tentam anexar o reino aliado, novos inimigos surgem na fronteira norte. Os saxões precisam desesperadamente de uma liderança forte, mas, em vez disso, lutam por um trono vazio, ameaçando arruinar todos os esforços para unir e fortalecer seu reino.


Resenha de Camila Vieira

Terra em Chamas – Crônicas Saxônicas #5 | Bernard Cornwell

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Era uma vez, num reino muito distante…

Terra em Chamas é o quinto livro do romance histórico das Crônicas Saxônicas do Bernard Cornwell, publicado em 2009. A história se passa no século IX, na época que o Reino Unido ainda era os reinos de Wessex, Nortumbria e Mércia. Como nos volumes anteriores, o autor romantiza os fatos históricos, utilizando um personagem ficcional, Uhtread de Bebbanburg, para nos ensinar a história por um ângulo suave e imersivo. Neste livro o foco é na Mércia e a retomada dela pelos ingleses, já que naquela época era dominada por dinamarqueses.

Senta que lá vem história

O prólogo do livro começa com um Uhtread já velho, cerca de 60 anos, pedindo abrigo em um monastério localizado na Mércia. Os monges claramente estão incomodados com a presença dele, mas não podem lhe negar ajuda. Certa manhã, nosso protagonista encontra três monges trabalhando como copistas e um bispo os supervisionando e percebe um antigo manuscrito da história da Mércia. Ao folhear o livro ele não encontra nenhuma menção a si próprio, apenas ao seu primo e a Eduardo, como os líderes da retomada da região contra os dinamarqueses. Indignado, ele pega o volume e o queima, gerando a revolta do bispo e então ele começa a contar como realmente aconteceu.
O livro é dividido em três partes, começando com Uhtread por volta de seus 35 anos, comandante militar de Lundene e senhor da guerra de Alfredo, sendo chamado para pagar um “suborno” em prata e devolver o navio do Jarl Haesten para que ele deixe a Mércia e Wessex em paz. Em seguida, ele precisa lidar com um grande Jarl que está causando grande problema a Wessex.
Nesse livro eu voltei a me empolgar depois de ter achado o vol. III e IV bons (e nada mais). A grande variedades de inimigos apresentados a nós e a forma que a narrativa se dá sem perder o ritmo foram os grandes acerto deste livro. Diferentemente dos dois livros anteriores, neste Uhtread sofre com dramas complicadíssimos, após um certo evento ainda na primeira parte, a história toma um rumo totalmente distinto, mas “o destino é implacável” e o nosso mulherengo e carismático protagonista precisa magoar seu irmão de criação Ragnar para cumprir com seu juramento feito com o coração.

Felizes para sempre

Terra em Chamas está recheado de muita intriga política, ação, estratégias de guerra e personagens que, no momento em que aparecem, já sabemos que lá vem problema. Essa obra retoma o espírito das duas primeiras edições, sendo um item necessário na estante  de todos que já conhecem o trabalho do Bernard Cornwell.

Nota

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Nome:
 Terra em Chamas (Crônicas Saxônicas #5)
Autor: Bernard Cornwell
Tradução: Ivanir Alves Calado
Edição: 1ª
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 2010
Páginas: 378
ISBN: 9878501089984
Sinopse: O rei Alfredo está com a saúde debilitada. Seu herdeiro ainda é muito jovem. Seus inimigos, os dinamarqueses, fracassaram em tomar Wessex, mas agora a vitória parece iminente. Lideradas pelo brutal Harald Cabelo de Sangue, as hordas vikings atacam. Mas o rei tem Uhtred, que inflige aos vikings uma de suas maiores derrotas.
No entanto, o gosto da vitória inglesa é ofuscado por uma tragédia que leva Uhtred a jurar jamais servir o reino saxão novamente. Agora o sonho de retomar as terras que lhe são de direito na Nortúmbria parece mais próximo. E para alcançar seu objetivo, o guerreiro se une ao amigo Ragnar e ao antigo inimigo Haesten para tomar Wessex.
Mas o destino tem outros planos. Os dinamarqueses de Ânglia Oriental e os vikings da Nortúmbria pretendem conquistar toda a Inglaterra. A filha de Alfredo então implora pela ajuda de Uhtred e o guerreiro, incapaz de dizer não, toma a frente do exército derrotado da Mércia, rumo a uma batalha inesquecível num campo encharcado de sangue junto ao Tâmisa.
Na série Crônicas Saxônicas, Cornwell narra a história de Alfredo, o Grande, e de seus descendentes, e, nesse quinto volume, apresenta a criação da Inglaterra que conhecemos hoje. Nos Estados Unidos, o livro alcançou o quarto lugar na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times.


Samuel Muca é servidor público do estado do Amazonas e acadêmico de direito. Esse rapaz caolho bebe e lê como poucos, mas procrastina como ninguém. Entre aventuras, ele apresenta o podcast Boteco dos Versados.

Covil de Livros 108 – Retrospectiva 2018

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Bem-vindos, amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, Sr. Basso e Edu Sama recebem Camila Vieira, Patricia Souza e Samuel Muca para fazer a retrospectiva 2018 do Covil de Livros. Qual foi o episódio favorito? Qual foi o episódio que floopou esse ano? Expectativas para 2019? Bom episódio e Feliz Ano Novo!

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Covil de Livros 107 – O Auto da Maga Josefa

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Bem-vindos, amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, Sr. Basso recebe Larissa Siriani do Podcast Quarta Parede, Jana Bianchi do Curta Ficção e Domenica Mendes do Perdidos na Estante para enfrentar monstruosidades no nordeste brasileiro, ouvindo uma boa trilha sonora e se encantando pela boa escrita e universo criado por Paola Siviero no maravilhoso livro “O Auto da Maga Josefa” publicado pela Editora Dame Blanche. Bom episódio e #LeiaNovosBR!

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Covil de Livros 106 – Lugar Nenhum

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Bem-vindos, amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, Sr. Basso recebe Daniel Cury do podcast Cinem(ação) e Sarah Wons para falar sobre o livro “Lugar Nenhum“, originalmente publicado em 1996 e escrito por Neil Gaiman. Em 2016 teve sua mais recente edição trazida pela editora Intrínseca.  Ao final do episódio, saiba mais sobre os livros de Yasmin Alves no especial Indicação da #LeiaNovosBR. Bom episódio!

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CabulosoCast Especial #012 – Han Solo: Uma História Star Wars

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Fotomontagem que mostra imagem com personagem Han Solo ao centro e uma nave embaixo. Ao centro está escrito em amarelo CabulosoCast Especial 012.
Descrição da vitrine: Fotomontagem que mostra imagem com personagem Han Solo ao centro e uma nave embaixo. Ao centro está escrito em amarelo CabulosoCast Especial 012.

Neste programa falaremos sobre Han Solo: Uma História Star Wars. Participaram do programa: eu (Lucien), Igor Rodrigues, Rebecca Agra e Rodrigo Basso. O link para todas as indicações está na descrição do post mais abaixo. Espero que gostem!

Citados durante o episódio

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A cor que caiu do espaço – H. P. Lovecraft

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Recorte da capa do livro
Divulgação: recorte da capa do livro "A cor que caiu do espaço" onde se lê o título do livro

Tive que fazer uma releitura do conto para escrever essa resenha e a mesma impressão que tive da primeira vez que li a alguns anos ainda se mantém. Em muitas partes parei para dar uma respirada pois o que acontece naquelas páginas é profundamente marcante, a ponto de me fazer relembrar de determinados trechos mesmo depois de dias após o término da leitura.

“A oeste de Arkham as colinas sobem agrestes, e há vales com florestas fechadas que nenhum machado cortou. Existem vales escuros e estreitos, onde as árvores se inclinam de uma forma fantástica e onde pequenos regatos correm sem nunca terem recebido sequer o lampejo de um raio de sol.”

A cor que caiu do céu e mudou tudo

Publicado em setembro de 1927 e vendido para a revista de ficção científica Amazing Stories por apenas $25.00, “A cor que caiu do espaço” conta a saga do narrador (do qual não sabemos o nome) indo para a o oeste de Arkham para realizar o levantamento topográfico de uma região para um novo reservatório de água. Passando pela cidade, ele ouve falar de um lugar popularmente chamado de “charneca maldita” ou a fazenda de Nahum Gardner. Conversando com algumas pessoas, ele descobre parte do mistério a partir de um velho que diz saber o que aconteceu com a família que há alguns anos morava ali.
Esse homem é Ammie Pierce: um homem na casa dos 80 que vai esclarecer de forma perturbadora o motivo da mal fama da região. Em junho de 1882 um meteorito cai do céu e com ela um cor estranha que ninguém sabe ao certo identificar ou descrever com precisão. Após um período, essa cor acaba envenenando tudo o que está a sua volta, fazendo com que a vegetação comece a reagir de forma esquisita, os animais comecem a morrer e com que a família que vive ali seja gravemente afetada.
Não se sabe de qual material o meteorito é feito nem mesmo quais os seus poderes. Toda essa falta de informação contribui para a construção o terror tipicamente lovecraftiana que samba entre ficção científica e magia.

Experiência de leitura

Quando se começa a ler “A cor que caiu do céu” é impossível largar até terminar chegar à última pagina. Desde o primeiro parágrafo somos envolvidos na ambientação perfeitamente equilibrada e convincente na medida do possível. Toda a descrição melancólica da vegetação e o clima estranho é extremamente vívido e colorido, nos dando de fato a impressão que algo não amigável está à espreita. A escrita como tudo o que Lovecraft produziu é meio rebuscada, o que pode dificultar a leitura para os iniciantes na literatura do autor. Mas sim, posso dizer que esse é um dos melhores senão o melhor dos seus escritos.
Não acho que Lovecraft é o melhores escritores do mundo e sou muito vocal e relação a isso, mas admito que ele tinha uma imaginação muito efervescente e ímpar. A única coisa que me incomoda é sua mania de usar palavras demais para descrever coisas simples, sempre forçando um lirismo que não existe e tentando reproduzir um falso épico, além de exagerar na caracterização de certos acontecimentos.
Ignorando-se isso recomendo fortemente para quem já leu outras coisas dele, mas já para os leitores de primeira viagem indico que leia os ótimos “Horror de Dunwich” e “Sussuros na Escuridão”, pois ambos exemplificam e introduzem bem toda a sua mitologia cósmica.
A edição que li é a “Grandes Contos” da editora Martin Claret que me surpreendeu pela boa tradução e qualidade gráfica do livro. Enquanto avançava na leitura, a comparei com a outra edição em inglês “The Complete Fiction” da Barnes&Noble e não achei nada que me decepcionasse.

Nota

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Nome:
 A cor que caiu do espaço
Autor: H. P. Lovecraft
Tradução: Guilherme da Silva Braga
Edição: 1ª
Editora: Hedra
Ano: 2011
Páginas: 104
ISBN: 9788577152438
Sinopse: A cor que caiu do espaço (1927) marca o primeiro passo decisivo de Lovecraft em direção ao horror cósmico inspirado pela ficção científica. Na história, um vilarejo a oeste de Arkham vê-se ameaçado quando um meteoro cai na propriedade de um fazendeiro local e traz consigo uma estranha aberração cromática que afeta a flora e a fauna da região — e cria o cinzento e estéril “descampado maldito” onde nada cresce. O volume traz ainda em apêndice os textos “Notas sobre uma não entidade” (1933), o mais longo relato autobiográfico escrito por Lovecraft, “A confissão de um cético” (1922), breve ensaio em que o autor traça a evolução dos próprios interesses religiosos, científicos e filosóficos ao longo da vida, e “Notas sobre ficção interplanetária” (1934), artigo em que defende as possibilidades artísticas da ficção científica e ataca os clichês deste gênero.


 

Resenha de Salazar Oz

Covil de Livros 105 – #PodosferaUnida2018

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Fotomontagem que mostra à esquerda a logo do projeto Podosfera Unida 2018 em fundo preto. À direita fica a logo do podcast em fundo vermelho e embaixo o número 105 escrito na cor branca em fundo preto.
Descrição da vitrine: Fotomontagem que mostra à esquerda a logo do projeto Podosfera Unida 2018 em fundo preto. À direita fica a logo do podcast em fundo vermelho e embaixo o número 105 escrito na cor branca em fundo preto.

Bem vindos amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, saímos de cena e o podcast é apresentado por Marcão do podcast Rota 66 Cast e por Karol em comemoração ao #DiadoPodcast no especial #PodosferaUnida2018. Hoje eles falam sobre seus shipps literários e outros shipps que acharam importantes. Vida longa ao podcast no Brasil! Bom episódio!

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Covil de Livros 104 – As Brigadas Fantasma

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Fotomontagem que mostra à esquerda parte da capa do livro
Descrição da vitrine: Fotomontagem que mostra à esquerda parte da capa do livro "As Brigadas Fantasma" onde é possível ver dois guerreiros dentro de armadura que parecem robôs. À direita fica a logo do podcast em fundo vermelho e embaixo o número 104 escrito na cor branca em fundo preto.

Bem vindos amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, Sr. Basso recebe Lucas FerrazMarcelo Zaniolo do podcast Minha Mãe é uma Codorna e Bárbara Prince do blog Sem Serifa para falar sobre o livro “As Brigadas Fantasma“, a continuação do livro “Guerra do Velho” de John Scalzi.  Ao final do episódio, saiba mais sobre os livros e novos projetos de Enéias Tavares no especial Indicação da #LeiaNovosBR. Bom episódio!

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A Canção da Espada – Crônicas Saxônicas #4 | Bernard Cornwell

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Homens mortos não contam histórias

Em A Canção da Espada, o quarto volume da série As Crônicas Saxônicas, Bernard Correl não deixa a desejar. Cinco anos se passaram desde a batalha de Dunholm, descrita em Os Senhores do Norte, agora Uhtred está casado com Gisela, grávida de seu terceiro filho, e mora em Coccham com seus dois filhos, Uhtred e Stiorra.

O “Morto Mensageiro” (Björn) é apresentado a Uhtred por Haesten, afirmando que existe uma profecia para  Uhtred ser rei de Mércia, governando ao lado de Sigefrid (que seria rei de Wessex) e Haesten (que seria rei da Anglia Oriental), mas para isso teria que quebrar o juramento feito a Alfredo. Desnecessário dizer que tudo isso não acaba bem…

Bons conspiradores conspiram sozinhos

Sendo um homem jurado a Alfredo,  Uthred recebe a missão de conquistar Lundene, que está sob domínio dos irmãos noruegueses Sigefrid e Erik, a cidade será entregue a seu primo e senhor de Mércia AEthelred, que se casa com a filha de Alfredo AEtheflaed, união que aos poucos se mostra conturbada.

A conquista de Lundene depende da trabalho em conjunto de Uhtred e AEthelred, pois os noruegueses tem como aliado Haesten, o traidor ex-jurado de Uhtred. Apesar da necessidade de união, mais uma vez vemos alguém querendo tirar vantagem sobre Uhtred, e a falta de colaboração de AEthelred o deixa com poucos homens para realizar sua parte no plano elaborado para conquistar Lundene. Para que o plano dê certo, Uhtred acaba fazendo mais um juramento, mas desta vez a AEtheflaed, o que pode comprometer ainda mais seus planos.

Após a conquista da cidade, Uhtred permite que os irmão fujam em seu navio e AEthelred decide persegui-los, o que resulta no sequestro de AEtheflaed, sua esposa e filha do Rei de Wessex. O saxão agora é responsável pelas negociações para que AEtheflaed volte em segurança, ao mesmo tempo que precisa evitar que o preço do resgate não seja alto o suficiente para que seus inimigos não comprem mais armas e homens, tornando-se um problema maior ainda para a soberania de Wessex.

Durante as negociações Uthred acaba descobrindo que Aethelflaed e Erik estão apaixonados e pretendem fugir para o norte, traindo assim seu irmão por amor. Nosso herói concorda em ajudá-los de alguma forma, porém o plano acaba dando errado quando AEtheflaed é (de novo!) sequestrada por Haesten, culminando numa perseguição para salvar o futuro de Wessex.

Confie em mim!

A Canção da Espada é um dos meus livros favoritos, pois Uhtred está mais “maduro” e seus questionamentos ficam bem claros aqui. Vemos que algumas pequenas pistas deixadas por Bernard Cornwel no início da saga estão começando a se juntar. É um livro rápido de ser lido e com acontecimentos que, ao mesmo tempo que se resolvem, deixam pontas para os próximos desafios que Uhtred deve enfrentar até recuperar sua fortaleza Bebbanburg.

Nota

 

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Nome:
 A Canção da Espada (Crônicas Saxônicas #4)
Autor: Bernard Cornwell
Tradução: Ivanir Alves Calado
Edição: 1ª
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 2008
Páginas: 350
ISBN: 9788501081490
Sinopse:A legião de leitores de Cornwell não pára de enviar e-mail e cartas à editora para cobrar o lançamento deste livro. O quarto volume das Crônicas Saxônicas dá prosseguimento à saga de Uhtred, o guerreiro saxão relutante em se aliar a Alfredo, o Grande. Neste livro, ambientado cinco anos após os acontecimentos narrados em Os senhores do norte, o leitor é testemunha de como o exército de Alfredo expulsa os dinamarqueses de Londres. O reino de Wessex resistiu aos inúmeros e violentos ataques dos vikings. Agora, com Uhtred na liderança, os saxões do oeste dão início à campanha que culminará na fundação de um novo reino chamado Inglaterra.


Jéssica de Souza é praticamente Inofensiva, 20 e poucos anos, estudante de letras, e as duas garotas Gilmore em uma.

 

 

Os Senhores do Norte – Crônicas Saxônicas #3 | Bernard Cornwell

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Lá e de volta outra vez

É um pouco complicado resenhar um terceiro livro, pois quem iria começar a ler uma saga pelo terceiro livro? Acho que ninguém. Tendo isto em mente posso dispensar todos os elogios ao autor (Bernard Conrwell) e sua forma de escrever, posso dispensar como são incríveis suas construções história e os detalhes sócio econômicos da sociedade e claro posso dispensar explicar quem é Uhtred.

“Os Senhores do Norte” têm seu início com Uhtred escondendo uma pequena fortuna numa colina na propriedade que ganhou como recompensa da batalha em Ethandun. Ele nomeia a propriedade de Fifhaden (“cinco jeiras”) e deixa bem claro que não é uma recompensa justa par alguém que fez tanto quanto ele depois de derrotar os dinamarqueses de Wessex.

Uma das qualidades deste livro é seu dinamismo, mostrando uma leitura veloz e prazerosa dos rumos da história no transcorrer do romance. Senhores do Norte inicia imediatamente depois do segundo livro da série e mantém um ritmo frenético, acelerando ainda mais a leitura da saga, sendo este fator um diferencial deste livro.

 

Começando pelo começo

A história começa em Wessex, mas rapidamente Uhtred parte para as terras do norte, a Nortúmbria. Vale lembrar que todo a história das Crônicas Saxônicas está em torno da conquista de Bebbanburg, logo, este é sempre o plano de fundo de todas as ações de Uhtred. Claro, não será neste livro que ele alcançará este objetivo, porém a história de Uhtred ganha o incremento de muitos personagens que se tornarão extremamente importantes para todos os livros a partir deste.

Sobre tais personagens posso falar um pouco sobre Finan, o irlandês espadachim, um dos personagens que mais tenho carinho. Finan é maravilhoso e inusitado, um cristão melhor amigo de um pagão que luta feito um demônio! A forma a qual ele se junta a Uhtred (literalmente) os marca para sempre, forjando uma das maiores amizades que vemos nos livros de Bernard Cornwell. Temos aqui a volta de Ragnar (o jovem), Brida, uma continuação da história sobre Ethelflaed, vemos novamente seus rivais Kjartan, o Cruel e o caolho Sven e a querida Hild para salvar o dia.

Para os detratores que criticam as repetições que o autor sempre usa em seus livros, este tem algumas supresas: existem poucas batalhas, nenhuma grande parede de escudo se choca e muitas das lutas são resolvidas de forma singular ou por escaramuças rápidas.

Cornwell faz a história se movimentar dando foco nos reinos do Norte. Como já dito no título do livro, temos a apresentação de muitos senhores destas terras. Senhores novos, que Uhtred mesmo ajuda a fazer e senhores já da localidade como Ivarr Jovem e Kjartan, o Cruel entre outros para não contar maiores detalhes.

 

A jornada até aqui

Quando tive meu primeiro contato com as Crônicas Saxônicas foi depois de ter lido a melhor obra de Bernard Conrwell, O Rei do Inverno (e sua trilogia). Isto é, eu já vinha com uma expectativa muito grande em relação a estes livros e, se me lembro bem, eu li os 3 primeiros sem sequência, pois eram o que existiam na época. E lhes digo, esta primeira parte é magnifica e tem seu fechamento de forma primorosa! Falo fechamento pelo fato do quarto livro da série (A Canção da Espada) vir depois de um pequeno salto de alguns anos na história.

É difícil eu conseguir me fazer entender o quanto gosto destes livros, especialmente deste terceiro, mas espero que depois de ouvirem o podcast você não tenha dúvidas em adquirir logo seu exemplar e deguste esta brilhante história que, além de tudo, ainda soma um pouco de história ao seus conhecimentos.

Nota

 

Garanta o seu exemplar e boa leitura!

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Nome:
 Os Senhores do Norte (Crônicas Saxônicas #3)
Autor: Bernard Cornwell
Tradução: Ivanir Alves Calado
Edição: 1ª
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 2007
Páginas: 354
ISBN:9788501078261
Sinopse: Depois de lutar ao lado do rei Alfredo na batalha que assegurou Wessex como único reino independente da Inglaterra, Uhtred decide retornar à Nortúmbria, em busca da irmã de criação. No entanto, o jovem encontra um cenário desolador, uma aterra assolada pelo caos e barbárie. Ele se alia então a Guthred, ex-escravo determinado a se tornar rei da Nortúmbria. Juntos, seguirão até Dunholm, em busca da cabeça do senhor viking Kjartan.


Rafael Jacaúna pode ser chamado de Jacauna, é Pai do Kallel e Professor de História. Pós graduado em História Moderna pela UFF e é podcaster do Mundo Freak.

Covil de Livros 103 – Assassinato no Expresso do Oriente

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Bem vindos amigos, a mais um Covil de Livros! Nesse episódio, Sr. Basso recebe Bruno Motta do podcast Diário Semanal e Ana Rüsche do podcast Incêndio na Escrivaninha para falar sobre um dos mais livros que mudou a forma de se escrever romances policiais: “O Assassinato do Expresso do Oriente” de Agatha Christie. Pegue seu ticket e seu lugar no trem, apresente-se ao Hercule Poirot! Ao final do episódio, saiba mais sobre os livros de Ana Lúcia Merege, uma das novas escritoras brasileiras de fantasia no especial Indicação da #LeiaNovosBR. Bom episódio!

Atenção!

Para ouvir basta apertar o botão PLAY abaixo ou clique em DOWNLOAD (clique com o botão direito do mouse no link e escolha a opção Salvar Destino Como para salvar o episódio no seu pc). Obrigado por ouvir ao Covil de Livros!

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O Cavaleiro da Morte – Crônicas Saxônicas # 2 | Bernard Cornwell

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Fotomontagem para divulgação. À direita está a capa do livro
#Acessibilidade Fotomontagem para divulgação. À direita está a capa do livro "O Cavaleiro da Morte" de Bernard Cornwell. Na capa tem um guerreiro à direita em cima de um cavalo. No centro da capa está escrito em letras maiúsculas e em preto "O Cavaleiro da Morte - Bernard Cornwell". À esquerda da fotomontagem tem uma imagem montada com fundo sépia onde está escrito em preto "'IWyrd biõ ful ãraed', eu disse. Destino é destino. Ele não pode ser criado ou alterado.'"

O destino é inexorável

“O Cavaleiro da Morte” é o segundo volume das Crônicas Saxônicas, série de livros escritas por Bernard Cornwell onde acompanhamos a vida de Uhtred (saxão herdeiro de Bebbanburg) que foi sequestrado por vikings quando era criança e criado por eles até a vida adulta. Dividido entre seu amor pelos dinamarqueses e sua lealdade à Alfredo, rei cristão de Wessex, Uhtred precisa escolher por qual dos povos irá lutar. Mas será que realmente se trata de uma escolha ou tudo já está decidido pelo destino?

Resumo

O acordo entre Guthrum “Sem-Sorte” (rei dinamarquês da Ânglia Oriental) e Alfredo foi quebrado. O último reino saxão se vê reduzido à região pantanosa de Aethelingaeg, pra onde Alfredo fugiu com sua família e alguns de seus seguidores. Uhtred, mais uma vez preso à Alfredo por juramento, se vê envolvido na batalha desesperada onde o último exército saxão lutará pela existência da Inglaterra.

Análise Crítica

Meu primeiro contato com as obras de Bernard Cornwell se deu em 2012. Na época, eu não conhecia a existência de ficção histórica e fiquei encantada ao perceber que poderia aprender fatos históricos através de uma narrativa de aventura e vingança. Em seus livros, Cornwell vai apresentando ao leitor não apenas os acontecimentos que levaram à unificação da Inglaterra, como também o estilo de vida dos saxões no século IX e as invasões vikings às terras inglesas, tudo isso acompanhado de diálogos rápidos, momentos cômicos, batalhas de tirar o fôlego e personagens estupidamente humanos.  E se a história não fosse interessante por si só, acrescente algumas doses de crítica à instituição da Igreja e à forma como outras religiões são tratadas.

Detalhe para as capas dos volumes de série que se completa formando uma grande imagem (foram os livros expostos lado a lado que me chamaram a atenção e me levaram ao primeiro contato), além disso, as capas são prateadas (a edição que li venho em um box com os cinco primeiros volumes, e nesse box as capas são foscas, mas os volumes lançados individualmente são prateados). O livro também conta com mapas e notas históricas.

E se ainda eu não consegui te convencer a ler, acrescente as descrições viscerais de batalha, regadas a sangue, suor, hálito de cerveja e/ou hidromel, fezes e o barulho ensurdecedor de duas paredes de escudos se chocando, acompanhado dos gritos de dor e júbilo da batalha. Eu prometo que você terá uma das séries mais empolgantes que tive o prazer de ler.

Nota

Garanta o seu exemplar e boa leitura!

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Nome:
 O Cavaleiro da Morte (Crônicas Saxônicas #2)
Autor: Bernard Cornwell
Tradução: Ivanir Alves Calado
Edição: 1ª
Editora: Grupo Editorial Record
Ano: 2007
Páginas: 392
ISBN: 9788501075529
Sinopse: Uhtred é um saxão cuja herança foi usurpada. Está à deriva num mundo de fogo e traições e precisa fazer uma escolha: lutar pelos vikings, que o criaram, ou por Alfredo, rei dos saxões, que o odeia.
São tempos terríveis para os saxões. Derrotados pelos vikings, Alfredo e seus seguidores sobreviventes procuram refúgio em Æthelingæg, a região a que ficou reduzido o reino de Alfredo. Aí, encobertos pela neblina, viajam em pequenos barcos entre as ilhas na esperança de se reagruparem, e encontrarem mais apoio.
Ao reunir o Grande Exército, os vikings têm apenas uma ambição: conquistar Wessex. Quando atacam em uma escuridão impiedosa, Uhtred se vê surpreendentemente do lado de Alfredo. Aliados improváveis: um rei cristão devoto e um pagão que vive da espada. Alfredo é um erudito; Uhtred, um guerreiro cheio de arrogância. No entanto, a desconfortável aliança é forjada e os conduzirá dos pântanos para a colina íngreme, onde o último exército saxão lutará pela existência da Inglaterra.
O CAVALEIRO DA MORTE é o segundo volume das CRÔNICAS SAXÔNICAS, série que apresenta a história do lendário Alfredo, o Grande, e de seus descendentes. Bernard Cornwell tece um belíssimo relato de lealdade dividida, amor relutante e heroísmo desesperado.


Patrícia Souza é bibliotecária de formação (e de vocação), entrouno mundo dos livros através de uma toca de Hobbit e depois disso não conseguiu mais sair.

Império de Jade – Marcelo Cassaro, Álvaro Freitas e Guilherme Dei Svaldi

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Tudo que nasce, morre – e tudo o que morre, renasce.

Após mais de 10 anos de espera, cobranças, ameaças e algumas pegadinhas de 1º de Abril, finalmente foi lançado Império de Jade!

Inicialmente concebido como um suplemento para o cenário de campanha de Tormenta (o maior e mais bem-sucedido RPG nacional), a ideia era detalhar a Ilha de Tamu-ra e sua cultura antes de ser devastada pela terrível tempestade que dá nome ao cenário, sendo mais um dos suplementos para o jogo de Tormenta RPG (TRPG). Entretanto, após anos de elaboração, evolução e testes do sistema TRPG, os autores principais do cenário (Marcelo Cassaro, J.M. Trevisan e Rogério Saladino) decidiram ir além na proposta: ao invés de um suplemento, decidiram lançar um jogo de RPG completo!

Portanto, ao adquirir Império de Jade, você terá tudo o que é necessário para se aventurar com seus amigos. O livro contém um sistema de regras totalmente novo e completo (diferente de TRPG, mas compatível), descrição do cenário, lista de equipamentos (incluindo armas/armaduras) e um Bestiário com as criaturas existentes na Ilha para enfrentar o grupo de aventureiros (ou Sentai, na nomenclatura desse livro).

Se quiser saber mais sobre esse livro, vá para 1. Se quiser apenas uma opinião geral, vá para 7. Se já tem informações suficientes para adquirir o livro, vá para www.jamboeditora.com.br

AVISO: essa é uma análise comparando o novo sistema de  Império de Jade com TRPG (e outros sistemas similares ao D&D). Portanto, contém termos para quem já é familiarizado com esses jogos de RPG. Peço desculpas antecipadas aos que não conhecem esses jogos e possam ficar um pouco perdidos.

Bem-vindo ao Império!

A introdução de Império de Jade (IdJ) faz uma linha do tempo desde o surgimento do universo até hoje de acordo com a visão dos habitantes da Ilha. Jogadores familiarizados com o mundo de Arton podem reconhecer alguns eventos e Deuses em referências escondidas nessa cronologia. Há um pequeno mapa com 12 pontos interessantes da Ilha, uma breve história de como era a vida em Tamu-ra antes do advento da Tormenta e como está sendo a reconstrução da sociedade. O jogo situa os personagens 5 anos após Orion Drake e seu exército de Deuses terem expulsado a tempestade aberrante e localiza algumas cidades e lugares que podem ser pontos de partida para a aventura.

Quem está acostumado com os suplementos de Tormenta vai perceber muito da organização presente em outros livros em IdJ: todo o início do livro dá uma visão geral as raças, classes e ambientação que serão detalhadas nos capítulos seguintes, explicando o que esse jogo é (e o que ele não é), com inúmeras dicas e considerações sobre os costumes tamurianos, ganchos de aventuras e sugestões de personagens, não faltando inclusive o bom e velho “exemplo de jogo” transcrevendo uma pequena cena de interação de jogadores.

Mas uma coisa é inédita neste livro: ele é totalmente colorido! Não apenas o início dele (ou dos capítulos) como era o costume com outros suplementos de TRPG (uma medida para baratear o livro), mas todas as páginas e ilustrações! A versão digital acaba somente criando mais expectativas ainda do que está por vir quando chegar a versão física.

Eu sei Kung-Fu!

Uma das coisas mais legais de jogar RPG é criar seu personagem, afinal é um Jogo de Interpretação de PERSONAGEM! Escolher quais são suas Habilidades Básicas, qual Raça e Classe,  suas perícias e talentos. E IdJ fornece muitas novidades.

As Habilidades Básicas se mantêm as mesmas (Força, Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria, Carisma), com a adição de Honra. Todas as (agora) 7 Habilidades tem valores numéricos de 03 à 18 (ou maior). A mecânica de Honra é uma das grandes novidades do sistema e será explicada mais adiante. Outra novidade é que toda vez que avança um nível de personagem, o jogador escolhe entre aumentar 1 ponto de Habilidade ou ganhar um talento.

As Raças são novas, mantendo-se apenas os Humanos como a mais populosa do cenário e dominantes. São apresentadas 7 raças novas:

  • Hanyo: seres de grande energia mágica, podem ser descendentes de dragões, demônios ou outras criaturas fantásticas (meio-youkai);
  • Henge: são os personagens principais das antigas fábu­las, pequenos animais inteligentes, capazes de mudar para uma forma híbrida, quase humana;
  • Kaijin: deformados pela Tormenta, estes violentos homens-monstros nascem capazes de matar com um simples golpe;
  • Mashin: obras-primas da arte tamuraniana, os mashin são incríveis construtos de forma humana — capazes de realizar qualquer coisa que um ser humano também consiga;
  • Nezumi: Homens-ratos selvagens e bárbaros, já foram os maiores inimigos do Império;
  • Ryuujin: presentes vivos do próprio Deus Dragão para seu povo, os raros meio-dragões são seres de grande beleza, nobreza e honra;
  • Vanara: o nobre e sábio povo-macaco das montanhas é pro­curado por viajantes aflitos, em busca de respostas;

Os modificadores de Habilidade Básica das Raças mudaram um pouco. Ainda existem os versáteis (2 raças que recebem +2 em 2 Habilidades), mas a novidade é que as outras 6 raças recebem cada uma um modificar +4 em uma das Habilidades Básicas, possibilitando maior otimização na criação do personagem. As Raças estão customizadas para o cenário, com poderes variados bem diferentes das raças originais; não são versões de elfos e anões do continente (e de outros mundos de fantasia).

As Classes Básicas são 10 e ainda seguem os arquétipos do TRPG: Combatente, Conjurador, Suporte e Especialista. São eles:

  • Bushi: lutador rústico, baluarte da resistência e sobrevivência;
  • Kensei: guerreiro devotado ao domínio de uma única arma;
  • Monge: artista marcial, senhor do combate desarmado e técnicas secretas;
  • Ninja: assassino e espião furtivo, com um arsenal de poderes misteriosos;
  • Onimusha: caçador de monstros que adquire poderes aberrantes;
  • Samurai: honrado guerreiro aristocrata, portador de espadas ancestrais;
  • Shinkan: mestre de jutsus ligado ao mundo dos espíritos;
  • Shugenja: servo divino de Lin-Wu e sua Família Celestial;
  • Wu-jen: conjurador caótico e rebelde;
  • Yakuza: fora-da-lei cheio de truques e contatos.

Existem equivalências com o jogo irmão no quesito regras e sua função como arquétipo, mas param por aí. Os conceitos são diferentes. O Bushi tem os Dados de Vida, Redução de Dano, Perícias e Habilidades voltadas para a sobrevivência um Bárbaro, mas o Bushi é um combatente do povo, alguém que se coloca na linha de frente para suportar os maiores ataques e protege o grupo; O Onimusha tem Vida, Talentos Adicionais, Perícias e Habilidades voltadas para caçar criaturas assim como o Ranger, mas ele retira seu poder da Tormenta para combater o que restou de sua corrupção em Tamu-ra, criando do nada armamento feito de material aberrante e podendo evoluí-lo com os níveis;

As classes de Samurai, Monge e Ninja, já apresentadas em outros suplementos, sofreram alterações para IdJ, não sendo as mesmas classes.

Perícias & Talentos

As Perícias se mantém as mesmas de TRPG: Acrobacia, Adestrar Animais, Atletismo, Atuação, Cavalgar, Conhecimento, Cura, Diplomacia, Enganação, Furtividade, Identificar Magia, Iniciativa, Intimidação, Intuição, Ladinagem, Obter Informação, Ofício, Percepção e Sobrevivência.

Algumas perícias ganharam outras utilizações, algumas novas, outras vindas de antigos suplementos do jogo-irmão TRPG. Exemplos: Obter Informação ganhou “Intriga”, uma utilização que permite criar boatos; Cura ganhou “Necropsia”, para determinar a causa da morte; Percepção ganhou “Rastrear” (FINALMENTE), não exigindo mais um talento para seguir rastros.

Os Talentos foram adaptados também para o novo sistema, adequando as novas regras de uso de Pontos de Magia – PM (explicada mais adiante) para utilizar alguns deles ou para ativar benefícios superiores. Exemplos: “Ataque Poderoso” continua seguindo a mesma mecânica (-2 ataque e +4 em dano), mas pode-se gastar Pontos de Magia para aumentar o bônus de dano; “Duro de Matar” (que permite ignorar um dano que levaria o personagem a 0 PV ou menos) não possui mais uso diário, sendo ativado com o gasto de PM (permitindo usar mais vezes por dia); muitos talentos que antes tinham sua limitação de uso por rodada/combate/dia agora usam os PM para serem ativados.

Uma novidade são os talentos voltados para Raças, que permitem customizar ainda mais os personagens. E, como já dito anteriormente, toda vez que avança um nível de personagem, o jogador escolhe entre aumentar 1 ponto de Habilidade ou ganhar um talento.

Antes perder a vida do que perder a Honra

Uma das questões mais inovadoras do IdJ é a Honra. Um sistema que inicialmente veio para substituir a “Tendência“, uma vez que o conceito manequeísta de “Bem e Mal” não faria sentido num jogo baseado na cultura oriental, a Honra acabou se tornando um conceito que permeia todos os aspectos do jogo.

Em definição para o IdJ, a Honra é uma medida de honestidade, compaixão, coragem, cortesia, integridade, dignidade, etiqueta e virtude. Apesar dessa definição parecer mais ampla e abstrata do que as tendências (Bem, Mal, Caos, Ordem), a Honra é um valor numérico com sua divisões bem claras (em ordem de gradação: Desumano, Sórdido, Desonrado, Honesto, Honrado e Digníssimo), assim como uma grande lista de violações (atos que diminuem sua honra) e ações que podem aumentar sua Honra. Participando de vários aspectos do sistema, ela acabou se tornando muito mais palpável do que a antiga Tendência e seu uso muito mais decisivo para o jogo.

Resumidamente, a Honra atua em:

  1. composição de uma das Habilidades Básicas, gerando modificadores positivos e             negativos da mesma forma que as demais habilidades;
  2. algumas Classes, como Samurai e Shugenja, exigem certo valor de Honra para usar Habilidades ou seus Poderes aumentam contra inimigos Desonrados;
  3. pré-requisito de diversos talentos, inclusive Poderes Concedidos de certos Deuses; alguns permitem dissimular/detectar Honra, outros usar o seu modificador como bônus para algum teste;
  4. treino e teste de certas perícias, de maneira indireta. Testes de Ladinagem, por exemplo, são violações de Honra;
  5. determinar qual Casta da sociedade de Tamu-ra o seu personagem pertence, interferindo no seu “Dinheiro Inicial” e como a população no geral o vê; personagens com Honra menor que 10 não são considerados cidadãos do Império, podendo ser expulsos de comunidades ou sofrer outras sansões caso sua Desonra seja revelada (sim, o tamurianos levam isso MUITO a sério);
  6. reserva de força dos personagens uma vez por sessão de jogo, podendo ser utilizada para realizar uma façanha, permitir um bônus em testes ou curar o personagem, como o Ponto de Ação de TRPG;

A Honra inicial é formada pelo valor da Habilidade gerado normalmente e sofre modificações conforme a escolha da classe e raça (cada uma delas possui um modificador), pelas perícias treinadas (algumas geram violações de Honra), escolha de equipamento (algumas armas/armaduras são consideradas Desonradas, como as armas ninjas), etc. Entretanto, diferente das outras Habilidades, ela pode aumentar ou (mais facilmente) diminuir conforme as ações do personagem durante o jogo. Desde coisas leves como barganhar um valor mais baixo para um item ou flanquear um inimigo até ações mais graves como saquear um lugar sagrado, ou matar um inimigo que se rendeu, são Violações de Honra e podem reduzir em 1 ou mais pontos a Honra do personagem, dependendo da sua Honra atual e do tipo de Violação.

Também é possível, embora mais difícil, aumentar a Honra durante o jogo. Ações que reforçam a honestidade, integridade, virtude (etc) podem tornar o personagem mais honrado: recuperar um item importante da cultura tamuriana, retomar terras ou construções para a população (que estava invadida por monstros, por exemplo), corrigir injustiças, contribuir para a reconstrução do Império, combater criaturas que possuem baixo valor de Honra e outras ações que reformem o conceito de Honra conforme julgamento do Mestre.

No Império de Jade, você pode ostentar ou dissimular sua Honra, buscá-la ou renegá-la, mas é impossível ignorá-la. Todos os seres inteligentes a possuem e ela é uma força cósmica, um presente do Deus Dragão para ajudar Tamu-ra progredir.

Pontos de Magia – PM

Os PM já existem em TRPG, sendo a reserva de poder mágico (como a “Mana” em jogos eletrônicos), uma mecânica (regra) para determinar quantas e quais Magias um personagem pode fazer. Portanto, uma regra exclusiva para conjuradores, sendo que apenas os usuários de Magia possuíam PM, mas isso mudou.

Em Império de Jade, TODOS os personagens possuem PM, tendo sua quantidade determinada pela Classe. Isso  porque os PM deixaram de ser utilizados apenas para lançar Magias e passaram a ativar Habilidades de Classe e Talentos. Generalizando e reservada suas devidas exceções, as Habilidades, Poderes e Talentos que antes tinham sua utilização limitada por rodada, combate ou dia agora são ativados com um custo de PM. Claro, os PM ainda são utilizados para fazer os Jutsus (substituto da Magia em IdJ), mas seu uso agora é muito mais amplo.

O personagem recebe mais PM conforme avança de nível ou através de Talentos. As Classes conjuradoras possuem Habilidades que aumentam seus PM e são as que mais possuem poder mágico, pois além disso precisam deles para os Jutsus.

A vantagem dessa nova mecânica é unificar o método de limitação dos poderes dos personagens, utilizando a mesma regra para tudo. Gerava confusão cada Poder/Habilidade/Talento ter um “ciclo” de utilização e não eram intercambiáveis: por exemplo, um Paladino não pode “desistir” de uma utilização da Habilidade “Destruir o Mal” para usar mais uma vez “Curar pelas Mãos” para salvar um colega; em IdJ, ambas utilizariam PM, portanto o jogador poderia decidir quais e quantas vezes utilizar cada uma delas. Isso gera muito mais liberdade e customização para o personagem, permitindo um maior gerenciamento de seus poderes.

E, talvez a maior novidade, como todas as Classes possuem PM, agora todas podem executar jutsus (magias) sem precisar adquirir uma Classe conjuradora!

Sai Magia e entra o Jutsu

A cultura tamuriana, impregnada dos conceitos orientais, desenvolveu uma maneira diferente de ligar com as energias cósmicas e elementais, criando os Jutsus, algo similar (mas não é o mesmo) que a Magia existente em outros lugares.

Os Jutsus são maneiras de manipular a energia e precisam de gestos e palavras para serem realizados, mas as semelhanças com Magia terminam aqui. Os Jutsus não se dividem em Arcano e Divino, mas no tipo de Chacra que o personagem abre, cada um associado a uma Habilidade Básica: Braços (Força), Pernas (Destreza), Torso (Constituição), Mente (Inteligência), Espírito (Sabedoria) e Emoções (Carisma). Cada Chacra permite aprender um grupo de Jutsus e quanto mais aberto o Chacra, mais poderosos são os Jutsus que podem ser aprendidos.

Não há níveis como na Magia e os Jutsus são divididos em 05 graus: Básico, Mediano, Avançado, Sublime e Lendário. Cada grau requer mais uma abertura de Chacra, portanto o personagem pode escolher qual(is) Chacra(s) quer abrir e em qual grau conforme a evolução, podendo ter vários Chacras abertos em graus baixos (permitindo uma maior variedade de Jutsus que pode aprender) ou apenas um (talvez dois) Chacra aberto em grau elevado (abrindo mão da variedade para aprender Jutsus mais poderosos).

Os Jutsus podem ser executados por personagens vestindo armadura, desde que eles saibam usá-la. Cada Jutsus possui um custo em PM determinado por seu Grau, assim como o teste de resistência. Eles também não precisam ser preparados antecipadamente, sendo necessário apenas que o personagem possua PM para executar um Jutsu que conheça.

Por fim, Jutsus podem ser aprendidos por Habilidades de Classe ou por Talentos, permitindo que qualquer personagem de qualquer Classe possa executá-los. Claro que as Classes conjuradoras ainda tem uma maior facilidade de abrir Chacras, aprender Jutsus e possuem mais PM, tornando-as muito mais poderosas na execução de Jutsus.

Essa é uma das mecânicas mais inovadoras do Império de Jade em relação aos RPG medievais. A influência do D&D por décadas ditou um modelo de magia: separação em 9 níveis e em Divina e Arcana, preparação antecipada, magias por dia, restrita somente a classes conjuradoras, restrição de armaduras, etc. A nova maneira de organização é inovadora, permite que todos tenham algum poder mágico para otimizar seu personagem e dar um pouco mais de cor para ele. Simplifica também o antigo sistema de Magia que possuía muitas regras e restrições, além de possuir uma mecânica própria; agora os PM podem ser utilizados tanto para Habilidades de Classe, Talentos e Jutsus, portanto a parte mágica integra com aspectos de todas as Classes e facilita seu entendimento por todos, uma vez que todos precisam utilizar.

Demais aspectos do jogo

O restante do livro Império de Jade trata dos testes de perícia, resistência, combate e outras regras para o jogo, utilizando o D20 System, uma licença aberta criada pela Wizards e utilizada por diversos jogos (inclusive TRPG). Possui uma seção de equipamentos, armas e armaduras, todos localizados para Tamu-ra; uma seção destinada ao Mestre com dicas de como conduzir o jogo e criar aventuras, além de regras avançadas, clarificações e um sistema de recompensas para Pontos de Experiência e Itens Mágicos. Por fim, um Bestiário com criaturas para enfrentar os personagens dos jogadores.

Considerando que IdJ é um jogo completo (mundo de jogo, sistema de regras e bestiário), a variedade de itens, criaturas, localidades e personalidades é limitada. Isso é um ponto negativo para este livro: tem apenas um POUCO de tudo, podendo causar estranheza para quem está acostumado com o imensa variedade de TRPG e outros jogos de fantasia. Infelizmente este é o preço a se pagar por ter tudo em um único livro e os jogadores e mestres certamente irão querer mais material para suas aventuras.

Veredito

Em uma análise geral, Império de Jade excedeu minhas expectativas. Para os acostumados aos jogos de RPG “descendentes” de D&D e similares, encontrar o sistema de regras, a descrição do mundo e o bestiário em um único livro é algo inovador. Para quem (como eu) estava pensando que ia encontrar simplesmente um “Tormenta RPG” com ares orientais, se prepare que você vai se surpreender mais ainda!

Existem algumas estruturas que reconhecemos do jogo-irmão TRPG: os itens de descrição das Raças, as perícias, muitos talentos e até trechos de descrição de regras. Mas houve um cuidado e uma dedicação para apresentar algo realmente novo e isso está desde pequenos detalhes, como as páginas e ilustrações coloridas, os Kajin, as nomenclaturas utilizadas, os equipamentos até mudanças muito ousadas, como a substituição das (até então eternas) Tendências pela Honra, a nova mecânica dos Pontos de Magia para ativação de Habilidades de Classe e talentos, além do revolucionário “Sistema de Magia” utilizando Chacras e Jutsus. Numa demonstração de Honra, os autores de Tormenta cumpriram a promessa de entregar um novo RPG. E ele é lindo!

A equipe de Tormenta (antes um trio, depois um sexteto e agora eu nem sei mais quantas pessoas são…) mantém uma tradição antiga de trazer opções ou invés de restrições. Em Império de Jade quase todas as mudanças de mecânicas visam isso: uma maior customização para os personagens e para  a condução do jogo. Os Pontos de Magia permitem que os jogadores escolhem quais Habilidades irão usar, não um sistema arbitrário de “vezes por rodada/dia”, os Chacras e Jutsus permitem que todos tenham acesso a poderes mágicos ao invés de apenas as classes conjuradoras, o sistema de Honra fornece vantagens e desvantagens (tanto na interpretação quanto nas regras) em ser Honrado ou Desonrado. Até mesmo o sistema todo de IdJ é compatível com TRPG e ao mesmo tempo independente, permitindo que novos jogadores usem somente ele ou misturem com os outros jogos da linha Tormenta. Como sempre, o material produzido por eles vem para SOMAR, nunca para DIVIDIR.

Se você quer para montar um sentai e combater monstros gigantes que assolam a Ilha, reproduzir histórias coloridas e engraçadas de animes, ter uma saga dramática sobre o Dever entre heróis honrados ou mesmo para reunir o boa e velha equipe de aventureiros e desbravar uma terra inóspita para a prosperidade de um povo, eu recomendo você utilizar Império de Jade. Afinal, a Ilha de Tamu-ra não vai se reconstruir sozinha!

Ficha técnica
Autor:
 Marcelo Cassaro, Álvaro Freitas e Guilherme Dei Svaldi.
Formato: 20,5 x 27,5 cm, 336 páginas, capa dura, colorido.

Disponível para comprar no site da Jambô editora.