O nome de Dan Brown atualmente é sinônimo de aventura eletrizante e mistério repleto de reviravoltas. Seus livros: Ponto de Impacto e Fortaleza Digital inauguraram seu estilo conciso, capítulos curtos guiados por diversos personagens que aparecem repentinamente na história complementando as dúvidas do leitor. Mas, foi com o lançamento de O código Da Vinci, em seguida Anjos e Demônios (que na cronologia vem antes do Código) que ele sedimentou seu nome como um dos grandes autores de suspense. E são os três últimos que estou chamando de Trilogia Dan Brown: Anjos e Demônios, O Código Da Vinci e O Símbolo Perdido. Todos lançados pela editora Sextante.
Sinopse:
Antes de decifrar ´O Código Da Vinci´, Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em Anjos e Demônios, quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua a Cidade do Vaticano. Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima – um ambigrama que pode ser lido tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo – é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há quatrocentos anos. A antiga sociedade ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica, seu inimigo mais odiado. De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana. Numa caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati – um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião. Em Anjos e Demônios, Dan Brown demonstra novamente sua extraordinária habilidade de entremear suspense com fascinantes informações sobre ciência, religião e história da arte, despertando a curiosidade dos leitores para os significados ocultos deixados em monumentos e documentos históricos.
Análise da Obra:
Para mim, um dos melhores livros da trilogia. Muito dinâmico com reviravoltas de deixar o leitor tonto e realmente ser pego de surpresa do início ao fim. Como no Brasil deram muita ênfase ao Código muitos, como eu, leram este livro depois, por isso a descrição feita pelo autor do Robert Langdon neste livro é primorosa para que o imaginemos nos outros. A confluência entre ciência e religião é uma característica da obra danbrowniana (posso falar assim?), além de render uma polêmica suficiente para atrair a atenção da mídia e do público, provoca um desejo de possibilidade no leitor, com exceção dos mais radicais que em muitos caos condenaram seus livros sob a alegação de “desmerecer a doutrina cristã”, Dan Brown lança mão de uma série de dados e especulações, mas que de tão bem pesquisados e confirmados com veemência pelos seus personagens transforma o leitor num aluno/aprendiz. Loucura? Ao assistir documentários sobre os Illuminat, percebi que as informações transmitidas no livro são as mesmas passadas pelo narrador do documentário, não é à toa que ao terminar a leitura sentimos aquela sensação de deslumbramento que o professor Langdon também o sente e por que não dizê-lo abertamente: a escolha de um professor para o papel principal é um dos grandes atrativos dos livros de Dan Brown, pois não estamos vendo um famoso detetive e um grande investigador trabalhar, Langdon só possui a seu favor o seu conhecimento sua jornada mais parece um infortúnio do que uma aventura, já que estamos como ele aprendendo durante o livro.
Avaliação:
Sinopse:
Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière deixa uma mensagem cifrada que apenas a criptógrafa Sophie Neveu e Robert Langdon, um simbologista, podem desvendar. Eles viram suspeitos e detetives enquanto tentam decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica. Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental – da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal. Mesclando os ingredientes de um envolvente suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, Dan Brown consagrou-se como um dos autores mais brilhantes da atualidade.
Análise:
O livro que fez Dan Brown explodir como fenômeno aqui no Brasil. A aventura ligada ao desvendar dos crimes através de códigos deixados em obras de arte parece ingênuo (ou foi essa a minha primeira impressão sobre o livro quando li a sinopse feita pela revista Veja, achei a idéia boba e sem sentido como assim pistas escritas em obras de Leonardo Da Vinci?) Mas arrependi-me amargamente, assim que pus os olhos no livro não conseguia parar de ler. Os capítulos curtos sempre deixando um gancho de suspense (muito usando em revistas em quadrinhos para obrigar o leitor a virar a página), com uma trama muito bem feita onde membros da igreja apareciam como vilões é de deixar qualquer um de cabelo em pé! Ao mesmo tempo que somos guiados pelos olhos de Langdon, os demais personagens que aparecem na trama criam uma dúvida constante no próprio leitor, ele é bom ou mau? Contudo apesar da narrativa ser tão rápida quanto a primeira, O Código tem uma trama mais densa, pois há muito o que explicar. Voltou a insistir que o talento danbrowniano (olha a palavra aqui novamente!) consiste em transmitir uma série de informação que ocupa um documentário de uma hora e meia a duas horas em algumas páginas no meio de uma trama de suspense, o que admitamos não é fácil. A “aula” sobre as Cruzadas, os Cavaleiros Templários, o Santo Graal… é acessível a conhecedores ou leigos em história geral e para aqueles que nasceram na década de oitenta existe um quê saudosista de Indiana Jones e a Última Cruzada fantástica. O livro é bom, mas seu ritmo é freado pelas informações para concatenar a trama.
Avaliação:
Sinopse:
Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas.
Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo.
Mal’akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo.
Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.
Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico.
O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.
Nas mãos de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, os desafiando a abrir a mente para novos conhecimentos.
Análise:
Um dos livros mais fracos da trilogia. Por quê? Motivos não faltam. Robert Langdon, agora famoso e experiente, parece ainda o mesmo do início inseguro. “Mas ele é um professor, não um Indiana Jones!”, alguém poderia vociferar, contudo Dan Brown cometeu um outro erro, neste livro nosso caro simbologista depara-se com uma situação que ele esquivou-se nos outros dois livros de forma magistral: a fé! Sim, pois Langdon passava quase 200 páginas dizendo não acreditar naquilo que estava diante dos olhos, por isso considerei que vê-lo sendo guiado por outros personagens e agindo muitas vezes como um “leigo” não me foi agradável durante a leitura. Novamente, temos uma aula fantástica sobre a maçonaria que Langdon, por não corroborar com seus ideias, cria uma espécie de vilão do bem, pois ele quer provar que tudo aquilo é uma mentira.
Outro fato que me deixou intrigado e por mais que seja uma spoiler brutal não posso deixar de citar foi o vilão. A princípio muito bom, seus características, suas motivações, seus objetivos, sua ferocidade e violência, mas quando estamos no final e descobrimos que era o filho de Peter Solomon, senti que todo o esforço para criar um grande personagem desfizera-se como gelo ao sol o motivo de minha crítica é simples: NÃO FAZ SENTIDO! Quem leu sabe que existe um capitulo em que o autor descreve como fora o encarceramento de Zachary, filho de Peter, esta cena é narrada em 3ª pessoa como se fosse o próprio Mal’akh observando tudo, como se fosse um personagem diferente e como assim de repente ele é o filho? Não faz sentido, essa eu não consegui engolir. Voltei ao capítulo, o reli e não consegui ver “como se fosse a personalidade do Mal’akh” narrando, a descrição e construção narrativas não nos permitem esse ponto de fuga. E no final, Langdon continua sendo tratado como aluno e não crente apesar de tudo o que viveu. Uma das cenas mais antológicas de O Código Da Vinci é quando ele descobre, sozinho, onde o corpo de Maria Madalena está isto sim é um final digno de todo o conhecimento adquirido durante a jornada, por isso o Símbolo peca o transformá-lo em um mero aprendiz sendo guiado o tempo todo.
Mas o livro é de todo ruim: não! A narrativa continua fluida e os capítulos deixam aquele gancho para nos obrigar a virar a página; as explicações são uma verdadeira aula sobre a francomaçonaria, sobra a própria história americana e seus idealizadores. A pesquisa é de deixar muito professor de história com inveja, pois traz elementos consistentes, mesmo sabendo que grande parte do seu conteúdo é especulativo, pois Dan Brown nunca foi maçom, muito menos foi acusado de abandonar a maçonaria. Os personagens sabem passar a informação sem parecer um documentário longo e monótono. Como sempre fechei o livro sabendo muito mais do que antes de folheá-lo. Dan Brown realmente criou um estilo de prosa gosto de se ler, informativo e ágil. Fora que o trabalho editorial nos três livros são impecáveis. As imagens que aparecem de pequenos símbolos ou códigos que a trama nos apresenta são transcritos de forma a dar mais verossimilhança. Muitas vezes fui pego voltando páginas para ver símbolos na tentativa de compreendê-los antes dos personagens o que só reforça o caráter pedagógico do texto danbrowniano (é claro que ia terminar com essa palavra!).
Avaliação: