Taylor é uma garota de dezessete anos que estuda na escola da estrada Jellicoe. Ela vive em Jellicoe desde os 11 anos, quando foi abandonada pela mãe em uma loja de conveniência. A única pessoa que tem uma certa conexão é Hanna, a mulher que a resgatou e que diz conhecer sua mãe. Porém isso é tudo que Taylor sabe sobre seu passado que ela não se lembra muito bem e Hanna sempre foge do assunto. Quando finalmente está decidida a confrontar Hanna com relação ao seu passado, ela desaparece e deixa para trás somente seu manuscrito, uma história que vem escrevendo sobre cinco garotos que estudaram em Jellicoe como ela. De início Taylor pensa ser somente uma história, mas logo encontra pistas que dizem o contrário, que dizem que essas crianças realmente existiram e parecem ter conexão com a própria Taylor.
As partes do manuscrito e da vida de Taylor se confundem no livro. Tem partes contando uma passagem da vida dos garotos e tem vezes que elas acabam abruptamente e passam para a vida de Taylor e muitas vezes alguma frase dita no manuscrito é dita na “vida real”, vamos dizer assim. Normalmente não leio orelhas nem o verso do livro com medo de ter alguma revelação sobre a trama que preferiria ter descoberto sozinha, mas com A Estrada Jellicoe deveria ter feito, já que fiquei muito confusa em toda a primeira metade do livro. Quem são essas cinco pessoas do manuscrito? Fitz, Narnie, Tate, Webb e Jude são reais? Eles claramente tem alguma conexão com Taylor e Hanna, mas qual? Claro que isso é o grande plot do livro e claro que é revelado somente no final, mas saber que, por exemplo, eles sim, são reais, já ajuda bastante. Então, leiam as orelhas!
Outra coisa que me deixou confusa foram as guerras territoriais. No começo ficamos sabendo que a escola Jellicoe está em guerra, mas é uma guerra que os professores não sabem, então imaginamos ser uma brincadeira, porém é uma brincadeira MUITO séria já que quem ultrapassa os limites territoriais pode ser raptado ou até tomar uma surra. A guerra é travada com outros alunos de escolas que visitam a área nas férias, então temos a escola Jellicoe dividida em “casas” que são os dormitórios, os citadinos que são os nativos da cidade e os alunos de uma escola militar, que são chamados de cadetes. Você é jogado em meio a tudo isso sem uma explicação na trama sobre quem é quem e como começou. Na verdade, é dito como começou, mas só no final do livro. Então, sério, leiam as orelhas antes de começar a ler, essa explicação está lá.
Por estar totalmente perdida em toda a primeira metade do livro, foi uma leitura difícil. O livro parecia completamente louco pra mim e tive pensamentos de abandoná-lo. Porém, insisti e a partir da metade algumas coisas são reveladas deixando a trama um pouco mais clara. Depois disso li a segunda metade em dois dias. É uma história muito gostosa que eu não soube aproveitar desde o início, infelizmente. Eu amo o famoso clichê de “filho dos seus pais” onde o filho herda habilidades e trejeitos dos seus progenitores, mesmo sem conhecê-los, e Taylor é uma filha dos seus pais e mesmo sendo um YA ele traz temas muito pesados, como drogas, abandono e perda, principalmente perda. Tem romance? Tem sim. O líder dos cadetes é Jonah Griggs e ele tem uma certa história com Taylor, mas é um romance muito diferente do que estou acostumada a ler, porque os personagens são muito reais, quase palpáveis e tem suas chatices, suas manias e aquelas coisas que você acaba se identificando e gostando neles. Ao chegar no final não queria que acabasse.
Recomendo muito A Estrada Jellicoe, mesmo se você não for muito fã de YA. Mas claro, tem que ler as orelhas antes, eim.
NOTA:
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Nome: Na Estrada Jellicoe
Autor: Melina Marchetta
Edição: 1ª
Editora: Seguinte
Ano: 2016
Páginas: 296
Sinopse: A pequena cidade de Jellicoe, na Austrália, vive uma guerra territorial travada entre três grupos: os estudantes do internato, os adolescentes da cidade e os alunos de uma escola militar que acampa na região uma vez por ano. Taylor é líder de um dos dormitórios do internato e foi escolhida para representar seus colegas nessa disputa.
Mas a garota não precisa apenas liderar negociações: ela vai ter que enfrentar seu passado misterioso e criar coragem para finalmente tentar compreender por que foi abandonada pela mãe na estrada Jellicoe quando era criança. Hannah, a única adulta em quem Taylor confia e que poderia ajudar, desaparece repentinamente e a pista sobre seu paradeiro é um manuscrito que narra a história de cinco crianças que viveram em Jellicoe dezoito anos atrás