Pela primeira vez, O Diário de Anne Frank virou um filme produzido pelo cinema alemão. Ele teve sua estreia mundial na 66ª Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim, e chegará aos cinemas no início de março.
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A história é baseada no livro que é o diário real de Anne Frank, uma menina judia alemã de 13 anos, inicialmente, que emigrou para Amsterdam com sua família e ficou escondida por mais de dois anos com outros judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os produtores M. Walid Nakschbandi e Michael Souvignier afirmaram: “O diário de Anne Frank é um dos documentos mais contundentes da história alemã e sempre nos perguntamos por que não havia nenhuma filmagem alemã sobre o tema. Achamos que estava mais que na hora.”
O filme, dirigido por Hans Steinbichler e com roteiro de Fred Breinersdorfer, se baseia no diário e em outros registros da família encontrados após longa pesquisa. Hans disse:
Para mim, houve duas abordagens decisivas no projeto. Primeiramente, a completa subjetivação e, em segundo lugar, transformar o diário num discurso. Eu sugeri os chamados ‘speaches’, as falas de Anne diretamente para a câmera. Com isso, quero perguntar: Quem é ela?
No filme, eles também quiseram retratar Anne Frank como a menina normal que ela era. Em seu diário, não há só relatos sobre a guerra e as dificuldades pelas quais passavam, mas há o registro de uma menina que se apaixona, que briga com os pais, que está chegando à adolescência com as preocupações e os sonhos de muitas meninas na mesma idade.
Assista a um vídeo com algumas cenas do filme e comentários muito interessantes do diretor.
No remake da história, Lea van Acken interpreta Anne Frank, Martina Gedeck e Ulrich Noethen interpretam seus pais Edith e Otto Frank e Stella Kunkat faz o papel de Margot, irmã de Anne.
Apesar de O Diário de Anne Frank já ter virado filme e ganhado diferentes adaptações, essa é uma daquelas histórias que vale a pena ser lembrada, tanto para deixá-la mais acessível aos mais novos e àqueles que ainda não a conhecem, como para trazer à tona discussões e reflexões importantes para qualquer sociedade em qualquer época.
Via DW