Sinopse:
Abra os olhos.
Pomboy é uma peça peculiar criada – como a maioria das obras genuínas – a partir de uma visão particular do mundo unida a uma forma extrema de se expressar. Um romance visceral, uma fábula, uma jornada heroica que pende entre o concretismo e o surrealismo.
O personagem principal é alguém perdido entre realidade e fantasia, alimentado por documentários da National Geographic e produção de quadrinhos, ele nos guia por sua “evolução” física rumo à perfeição. Este é um herói obcecado antes de tudo, mas sem deixar de ter uma deliciosa visão crua daquilo que o cerca.
O autor, que conheço de longa data, é um leitor contumaz. Ele mesmo apenas aprecia a leitura daquilo que o estimula constantemente, o que se refle beneficamente em sua obra que surpreende a cada término de linha.
Deixe-se surpreender também e levante voo com o Pomboy.
Análise:
“Primeiro o direito e depois o esquerdo se abre.”
E é assim que Fabrizio Dsc abre seu livro, que como a própria sinopse sugere, é construído em cima de uma ideia que oscila entre a fantasia e a realidade. Onde o protagonista, um garoto obcecado por pombos, leva essa obsessão a níveis por vezes extremos demais para um leitor desavisado. Um livro que choca com suas bizarrices em certas partes, mas que também comove e nos força a olhar as coisas de forma bem diferente; uma vez que somos colocados na visão nada convencional do jovem Pomboy.
O autor se inspirou fortemente em Donnie Darko, para compor sua obra, influência essa que pode ser vista claramente no livro, pois o mesmo torna a citar o filme diversas vezes no decorrer da história.
A trama é de fato uma ideia muito inventiva e que poderia render bons frutos se tivesse sido mais bem trabalhada. No entanto, me parece que o autor não tomou por completo as rédeas do projeto – deveras ambicioso, diga-se de passagem – e acabou por vacilar em alguns aspectos. Acho que faltou maturidade em Fabrizio, e também paciência, pois se ele tivesse esperado um pouco mais para desenvolver essa história e lançá-la, o resultado seria ainda melhor.
Entretanto, o que mais me incomodou foi a linguagem usada e mesmo a forma com que o autor escreveu. Não digo os erros ortográficos – que também me incomodaram –, mas me refiro mais especificamente ao estilo do autor.
No mais, o livro me divertiu muito. Algumas sacadas de Fabrizio realmente me impressionaram, enquanto outras me causaram um pouco de estranhamento.
NOTA:
Ficou interessado(a)? Então compre o livro:
Autor: Fabrício Dsc
Origem: Brasileira
Edição: 1ª
Editora: Pomblicações
Ano: 2013
Páginas: 90