Acho que todo mundo sabe que gravamos um episódio sobre Maze Runner. Se você não ouviu por medo de spoilers ou algo do tipo, pode ler essa resenha tranquilo, porque ela não contém spoilers e aliás, pode ouvir o cast também, porque avisamos quando iremos começar a falar com mais “liberdade”.
O livro começa no escuro. Thomas está subindo por uma espécie de elevador e a única coisa que ele se lembra é o próprio nome. Depois de vários minutos o elevador finalmente para e alguém o abre inundando o ambiente de luz. Thomas então se vê cercado por vários garotos em um lugar que não conhece. E, ele permanece no escuro, porque ninguém lhe explica quase nada quando chega. Ele sabe que está em um lugar chamado Clareira porque lhe disseram, mas as respostas das perguntas essenciais: Como, onde e por quê ele não as obtêm. Isso porque nenhum dos meninos ali presos sabe essas respostas. E há a pergunta maior de todas: e o labirinto? Thomas logo descobre que em volta da Clareira existem portas que dão para um labirinto enorme, portas essas que se abrem pela manhã e se fecham a noite e elas têm um bom motivo para se fecharem…
Os mais velhos estão ali por volta de dois anos e nesse curto tempo eles já construiram toda uma sociedade. Separaram funções, criam animais, produzem a maioria da própria comida (uma parte é enviada semanalmente pela Caixa, o elevador em que Thomas chegou), construíram coisas. A confusão inicial de Thomas é sentida também pelo leitor. Nós nos identificamos porque assim como ele queremos saber o que está acontecendo e adiar as respostas dá nos nervos. Em meio a toda essa confusão Thomas tem um sentimento peculiar: ele sente que já esteve naquele lugar e tem dentro dele a vontade e a ânsia de ser um corredor: a função de correr pelo labirinto enfrentando perigo para, quem sabe, finalmente encontrar uma saída.
As coisas começam a ficar ainda mais estranhas quando a Caixa traz outra pessoa no dia seguinte a Thomas. Normalmente pessoas são enviadas uma vez por mês somente. Quando eles abrem a tampa do elevador encontram uma menina, a primeira garota na Clareira. E ela traz a mensagem de que é a última e que tudo vai mudar.
Como eu já disse no cast, o livro tem uma ideia interessante e é gostoso de ler. Com capítulos curtos e cada um deles acabando com uma revelação bombástica (pããã!) a leitura flui rapidamente. O ponto negativo da obra é que os sentimentos nela impostos são fracos. Não consegui me envolver com o drama dos Clareanos de não saberem quem realmente são, de onde vieram, se tem família… além de que o autor poderia ter usado melhor algumas ideias, situações, personagens, deixando algumas coisas a desejar.
Falei no cast que provavelmente não teria vontade de ler o próximo livro. Bem, eu fiquei curiosa em saber o que acontece a seguir chegando ao final, mas mesmo assim não é uma série que vou correndo comprar o próximo volume. Quando tiver a oportunidade de tê-lo em mãos, o farei. E a minha nota, continua a mesma.
NOTA:
Ficou interessado(a)? Então compre o livro:
Ficha Técnica:
Editora: V&R
Autor: James Dashner
Origem: Estrangeira
Título original: The Maze Runner
Ano: 2010
Número de páginas: 426
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