Boa madrugada leitores, isso é, se vocês vivem de madrugada feito eu, a base de café, bife a parmegiana, sonho de padaria e The Office . Once upon a time fui ao shopping comprar presentes com Senhorita Bochechas, a detentora do achievement para Xbox 360 chamado “aguentar danton por 2 anos” que ela irá ganhar no dia 2 de março, fomos ao cinema assistir a mais nova adaptação, chamada A menina que roubava livros, ou The Book Thief. Fazem anos que eu li este livro, e lembro que gostei bastante. e LÁ VAMOS NÓS, para mais uma louca percepção do mundo por mim, Danton Brasil, o curador deste museu de besteiras.
Eu realmente não li nenhuma crítica, porque eu e Senhorita Bochechas decidimos qual filme iríamos ver na hora, e isso foi bom no final das contas, assim pude ser surpreendido com um filme bom. Da mesma categoria que O menino do pijama listrado e O caçador de pipas, é um drama, e nesse caso a respeito de como a sociedade vivia na época do terceiro Reich. De como o medo era constante e como os judeus eram tratados. Uma cena que chegou a ser cômica foi o coro de crianças, quando Liesel Meminger chega ao colégio, que cantam o que seria um hino e mencionam “morte aos judeus e outros destruidores da Alemanha” e tudo. Após o final do filme, que foi quando.. EU NÃO VOU CONTAR, cheguei em casa e li a maior quantia de críticas que consegui e vi uma interessante. Convenientemente não lembro qual foi. Ela dizia: a trilha sonora foi usada demais para emocionar as pessoas, deixando forçado algumas cenas tristes e coisa e tal. Feita por John Williams, que cometeu a mesma atitude ao criar as trilhas sonoras de A lista de Schindler, Império do Sol e outros” -> Bem, devo aceitar em parte essa opinião, já que EU, EUZINHO não achei a trilha sonora um ponto negativo. É claro que vão usar música para manipular o espectador, fazem isso sempre, de tão normal que é. Também não achei melosa nem nada do tipo. Achei boa, adequada; imagine por um momento, um filme de ação sem música agitada ou coisa do tipo. Ficaria bem estranho e não passaria emoção (exceto Gravidade, que ai não ter musica em algumas cenas foi algo genial). Também achei , e sempre achei HILÁRIO o fato de que os filmes, para tentar retratar como seria a língua do local, sem falar realmente o idioma, faz um meio-termo esquisitão. Neste caso foi o Inglêslemão, que além de produzir um sotaque forte, faziam frases mistas com palavras das duas linguas. “I liebe very much du, wunderbar” era mais ou menos o que acontecia. Para quem não leu o livro, realmente, fica difícil entender quem são ou porque agem assim os pais adotivos de Liesel, já que no filme passaram muito rápido pela apresentação deles. O diretor foi o aclamado Brian Percival, o cara que dirige Downton Abbey (série que a Senhorita Bochechas liebe de paixão), eu dei uma bizocada na série e percebi que o clima é mais ou menos parecido, só que com menos plot twists.
AAAAAARGH preciso falar de uma das cenas finais. Se você leu até aqui e achou legal, por favor continue. Estarei estragando uma cena engraçadíssima e quase de humor canastrão. A cena em que Liesel vê seu ‘namorido” Rudy, saindo dos escombros da própria casa e ele não morre (e ninguém está realmente machucado: sei que nunca iria aparecer dilacerações por causa da classificação indicativa, mas pelo menos sangue deveria aparecer, não? nem katchup?) e Liesel faz de tudo para ele acordar, e diz que até daria o tal maldito beijo que o loirinho queria arrancar dela o filme todo. E não é que ele acorda? OOOOO QUEEE? é isso mesmo, ele acorda e repete três vezes que precisa falar algo, e quando está no meio da frase “eu te am….” dá um espasmo e morre. E ele estava menos sujo de quando se pintou de preto para parecer Jesse Owens (atleta de corrida americano famoso, e negro: o que irritava os nazistas) foi totalmente canastrão.
Ele morreu do desabamento de escombros da casa dele e ficou ainda mais limpo. Alemanha é primeiro mundo mesmo.E olhe não estou reclamando da atuação do garoto não, ele estava ótimo o filme inteiro. Não ache que eu não gostei: eu gostei sim, achei um filme muito divertido e triste. Possui cenas gostosas, como a briga de bolas de neve no porão e eu simplesmente adorei (no livro também) a morte falando com o leitor/telespectador nas cenas onde explicam os acontecimentos. Só me intrigo de duas coisitas que é só para ser chato mesmo:
1 – o livro pintado por Max de presente para Liesel cai no rio e fica tudo bem depois: nem congela, nem sai a tinta, nem dissolve. Nada.
2- Max pega uma gripe/resfriado/pneumonia por causa de uns baldes de neve derretida no porão, e por dormir no chão ele fica mal que quase morre. Em contrapartida, Rudy mergulha completamente num rio, vestido, fica ainda uns 30 segundos submerso, volta, fica no vento até chegar em casa e está tomando sopa depois, tranquilamente e nem espirrar o coitado espirrou. E é uma criança de uns 12 anos, vale lembrar. Nessa época eu ficava de cama se dormisse com o ventilador na cara.
Rudy, ensopado nesse dia ensolarado na Heaven’s Street. E sem luvas.
Enfim, como sempre digo a respeito de tudo na vida, a “jornada do herói” de Liesel foi simples, sem muitas reviravoltas, mas ainda sim interessante. Claro que você não sente medo por ela em momento algum: sempre soube que ela se daria bem no final ou morreria de forma tranquila sem problemas. A minha consideração final é: Bom. Eu veria de novo e me traria interesse de novo. Os defeitos não ultrapassam os pontos positivos e eu sai do cinema satisfeito e apressado porque já era bem tarde kkkkkkk. Enfim, essa foi a minha opinião sincera, tenha ela ajudado ou não. Até mais meus clientes, quem sabe quinta da semana que vem eu volto. Ou não, vai que cai um Asteróide de repente na Terra não é? quem nunca viu isso num filme?.
Good Wiedersehen.