Esta foi uma resenha difícil de escrever, primeiro porque é um livro muito complexo de várias maneiras, segundo que ele é do tipo “todo mundo leu, menos eu”, então espero fazer jus.
A primeira coisa que chama a atenção é que a narração é feita pela Morte. Isso é interessante de várias maneiras porque Markus consegue dar uma personalidade humana para uma personagem que normalmente é mórbida e maligna.
A Morte e a Menina que roubava livros se encontram quando o irmão da menina morre. É nessa ocasião que ocorre o primeiro roubo, um livro de um coveiro, um manual para cavar covas. O garoto morreu durante uma viagem de trem, viagem que Liesel e sua mãe continuam a fazer. O destino é o novo lar de Liesel, sua mãe não tem mais condições de sustentá-la.
Assim começa a vida de Liesel em seu novo lar na rua Himmel, com seus novos pais, os Hubermann. Aprende a lidar com Rosa Hubermann que é rabugenta e gosta de gritar, mas que tem um bom coração. Aprende a amar Hans Hubermann o qual ela rapidamente e sem nenhuma dificuldade passa a chamar de pai. Conhece seu melhor amigo Rudy que deseja lhe roubar um beijo. Rouba mais livros e aprende o poder das palavras, o quanto elas podem machucar – como no caso da mulher do prefeito -, como elas podem cegar – como no caso de Hitler – e como elas podem salvar, que vem a ser o caso de Max, o judeu.
A menina que roubava livros me emocionou. Só não me debulhei em lágrimas porque estava em público. Ele não emociona somente no final, mas também nos atos de simplicidade em uma história onde a protagonista é uma criança.
NOTA:
Deixo aqui o trailer do filme. A única coisa que achei diferente do livro foi em como no trailer as crianças parecem limpas e arrumadas e no livro deixa bem claro que elas são pobres e não tomam banho com muita frequência.
Ficha Técnica:
Editora: Intrínseca
Autor: Markus Zusak
Origem: Estrangeira
Título original: The Book Thief
Ano: 2010
Número de páginas: 480
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