A fantástica poesia Vogon de Douglas Adams

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Olá amigo cabuloso, aqui quem vos fala é Danton Brasil (@dantonbrasil ) e eu vou entrar de cabeça no mundo fantástico de Douglas Adams. AVISO: Poderá conter spoilers marotos.

Dentro do primeiro livro, chamado “O Guia do Mochileiro das Galáxias” (ou “The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy” ), existe uma espécie chamada de Vogons, habitantes da Vogosfera que são vagamente semelhante aos humanos. Tipo… MUITO vagamente.

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Eles são caracterizados por serem amantes da burocracia, da crueldade e da poesia. sim, claro da poesia, que é considerada pelo Guia a terceira pior do universo e é usada como método de tortura. Aqui vai um trecho do Guia falando sobre os Vogons:

Você quer pegar carona com vogons? Pode desistir. Trata-se de uma das raças mais desagradáveis da Galáxia. Não chegam a ser malévolos, mas são mal-humorados, burocráticos, intrometidos e insensíveis. Seriam incapazes de levantar um dedo para salvarem suas próprias avós da Terrível Besta Voraz de Traal sem antes receberem ordens expressas através de um formulário em três vias, enviá-lo, devolvê-lo, pedi-lo de volta, perdê-lo, encontrá-lo de novo, abrir um inquérito a respeito, perdê-lo de novo e finalmente deixá-lo três meses sob um monte de turfa, para depois reciclá-lo como papel para acender fogo.

ALERTA DE SPOILER

No primeiro livro, os vogons são responsáveis por destruírem a terra para construir uma hipervia especial cujo projeto ão havia sido nem concluido, forçando Arthur Dent e Ford Prefect a fugirem sem rumo pelo espaço. Quando são pegos, um vogon em especial, Prostetnic Vogon Jeltz, recita um poema para eles:

” Ó fragúndio bugalhostro

tua micturição é para mim

Qual manchimucos num lúrgido mastim.

Frêmeo implochoro-o, ó meu perlíndromo exangue.

Adrede me não apagianaste a crímidos dessartes?

Ter-te-ei rabirrotos, raio que o parte”

e em inglês, na versão original:

“Oh freddled gruntbuggly

,Thy micturations are to me

As plurdled gabbleblotchits on a lurgid bee.

Groop, I implore thee, my foonting turlingdromes,

And hooptiously drangle me with crinkly bindlewurdles,

Or I will rend thee in the gobberwarts

With my blurglecruncheon,

see if I don’t!”

Os vogons ainda, como é muito bem descrito, possuem um cérebro que seria um pâncreas mal desenvolvido e , vale mencionar, que parece que a evolução abandonou-os completamente.

Curiosidades: #1Chamada de a terceira pior do universo, a poesia vogon fica atrás da dos Azgoths de Kria, que no ultimo de seus concertos, criado por Gruntos o Flatulento, chamado “Ode ao pedaço de vidraceiro verde que achei em meu sovaco numa manhã de verão” matou toda a sua platéia de hemorragia interna, com exceção do presidente do Conselho Centro-Galáctico de Marmelada Artística, que só sobreviveu porque roeu uma de suas pernas completamente. Gruntos ficou muito “desapontado” ao ver a recepção de sua poesia na platéia e, estava prestes a começar a leitura de sua epopéia de 12 tomos intitulada Meus Gargarejos de Banheira Favoritos quando seu próprio intestino grosso, numa tentativa desesperada de salvar a vida e a civilização, pulou para cima, passando pelo pescoço de Gruntos, e estrangulou-lhe o cérebro.

#2 – a pior poesia do universo, segundo Douglas Adams, é a de  Paula Nancy Millstone Jennings, de Greenbridge, Essex, Inglaterra, que teria desaparecido com ela na destruição da terra. o curioso disso tudo é que a pessoa a que Douglas Adams estava se referindo é Paul Neil Milne Johnstone, um poeta real, e pro isso ele teve que mudar seu livro. Aqui vai um exemplo de poesia Johnstoniana:

“Os cisnes mortos jaziam na piscina inerte.

Eles não se moviam.

Eles apodreceram .

Eles se viravam ocasionalmente.

Pedaços de sua carne caiam

de tempo em tempo.

E afundaram-se na lama da piscina.

Eles também fediam muito. “

Bem, depois dessa…. só me resta dormir e sonhar com coisas aleatórias como carrinhos de bate-bate e arroz doce. Até Mais.