O Orfanato da Srta. Peregrine me interessou desde quando a Leya anunciou o seu lançamento. De cara, só de olhar para a capa, vemos que temos um livro de suspense/terror em mãos. Ele não nos engana nesse ponto e além disso somos jogados em uma história com crianças peculiares, monstros e o melhor, tudo isso com fotos!
Jacob é um adolescente comum, ou quase. O fato é que é um garoto rico jogado em uma vida de tradições familiares. Ele está trabalhando em uma farmácia da qual será dono um dia quando recebe um telefonema do avô dizendo que os monstros estão para pegá-lo. O restante da família já deu Abe, o avô de Jacob, como senil, mas o garoto é o único que ainda vê o avô como o herói da sua infância. O homem que viveu em um orfanato – onde existiam crianças bem diferentes, entre elas uma que podia flutuar – para fugir dos nazistas e quando teve idade suficiente, foi para a guerra combatê-los. Jake sabe agora que as histórias fantásticas são todas mentiras e apesar de no fundo se sentir enganado, ele ainda vê Abe como o homem mais honrado e corajoso que já viu.
Ao chegar na casa do avô com um amigo, Jacob vê uma cena estranha: a casa está vazia. Ao procurar o avô, encontra a porta dos fundos aberta, com a tela rasgada. Jacob entra na floresta nos fundos da casa e acaba encontrando o avô cheio de sangue. Ele está praticamente morto, mas ainda consegue dizer a Jake: Vá para a ilha. Encontre a Ave. Na fenda. Do outro lado do túmulo do homem velho. Três de setembro de 1940.
E ao olhar ao redor com a lanterna a procura de ajuda, Jacob vê algo que o faz ter pesadelos todas as noites.
“Ele me olhava com olhos que nadavam em líquido escuro, trincheiras peludas de carne negra como carvão penduradas sobre sua estrutura encurvada, então sua boca enorme abriu-se de modo grotesco e liberou uma massa de línguas compridas como enguias.” – Pg. 32
Jake então entra em um estado depressivo, tanto pela morte do avô, tanto pela visão macabra e seus pais o obrigam a visitar um psiquiatra que acaba ajudando Jake de certa forma. Ele o encoraja a tentar descobrir o que as palavras do avô significavam e após tentar várias coisas sem sucesso, ele decide que deve ir ao local do Orfanato onde o avô passou a infância, uma ilha na Europa.
Depois de convencer o pai que acompanha Jake, eles finalmente desembarcam na ilha depois de uma longa viagem. Ele vai até a casa onde foi o Orfanato, mas a encontra destruída, velha e sem habitantes. Porém ao vasculhar e encontrar um baú recheado de fotos, ele descobre que a casa não está tão vazia assim.
Posso dizer que a história não é original em si, mas as fotos presentes no livro junto com a narrativa de Riggs me fizeram devorar o livro. Muitas vezes ficava olhando para as fotos e pensando: Por que alguém fez isso? E pode parecer que a história ficaria forçada, já que Riggs tem que acrescentar na narrativa uma explicação para várias fotos macabras, mas ele faz isso muito bem. Abaixo duas das fotos que achei mais assustadoras presentes no livro. E sim, todas as fotos são reais sem nenhuma alteração.
Após terminar a leitura, pensei em quantos selos daria ao livro. Logo me veio a resposta de que seriam cinco, mas fiquei pensando: e se o livro não tivesse as fotos? Pensei que se fosse esse o caso, talvez eu tivesse dado 4 selos. As fotos te jogam na história e realmente te fazem entrar no clima. Foi uma idéia muito boa.
O livro irá ganhar uma adaptação dirigida por Tim Burton (claro) e já estou pensando quem vai ser Jhonny Depp (acho que será um vilão) e Helena Bohan Carter (essa deve ser a Srta. Peregrine).
NOTA:
Ficha Técnica
Autor: Ransom Riggs
Origem: Estrangeira
Título original: Miss Peregrine’s: home for peculiar children
Ano: 2012 (1ª edição)
Número de páginas: 336
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