[Resenha] A Morte de Jean Benício – Yuri Rebouças

Capa do livro. Um fundo azul escuro, em primeiro plano, um homem de roupa social, calça escura e camisa branca caindo de costas, com as pernas e braços esticados para o alto. No topo, à esquerda, o título do livro em branco, e o nome do altor em verde escuro.
Capa do livro. Um fundo azul escuro, em primeiro plano, um homem de roupa social, calça escura e camisa branca caindo de costas, com as pernas e braços esticados para o alto. No topo, à esquerda, o título do livro em branco, e o nome do altor em verde escuro.

Às vezes a morte vive à espreita, na sua casa, dentro do seu quarto, da sua mente… Mas e quando você não consegue definir se essa morte é real ou delírio, o que você pode fazer?

“Isso é uma alucinação, pensava jean enquanto o gosto amargo do remédio de dissipava na boca. ele estava trêmulo no sofá, e o desespero dominava cada parte do seu corpo”

A Morte de Jean Benício

Este pequeno conto já começa nos marcando com uma informação não muito surpreende: Jean morreu. Mas quem o matou?

Jean Benício é um atarefado professor de escola pública que, a princípio, descobrimos que caiu da janela de seu apartamento. O que vamos descobrindo sobre ele é que ele estava sempre muito ocupado, e que seu cargo como professor o deixava extremamente fatigado.

Ao contrário dos contos de suspense, este em específico mergulha dentro da cabeça do personagem principal para desvendar a sua morte. A loucura e a sanidade vivem lado a lado, e o delírio e a realidade acabam se misturando entre doses de antidepressivo e aulas em uma escola pública, fazendo com que até mesmo o próprio personagem acabe acreditando estar ficando louco. Mas e se a loucura for mesmo… loucura? E se não for?  Essa é uma possibilidade que, ao decorrer do conto, se mostra assustadora quando cogitada por Jean, pois ela pode simplesmente anular tudo aquilo que ele próprio já aprendeu e entendeu sobre si próprio, e ele, obviamente, prefere acreditar no que já conhece.

Porém, sua loucura pode, talvez, induzi-lo a um erro que lhe custará a vida. Ou será que na verdade o erro dele seria exatamente crer que aquilo ali não é um delírio?

Jean é atormentado pela voz do seu psiquiatra, que ecoa em sua mente diariamente, e por aquilo que ele acredita ser um delírio e que ele prefere fingir que não existe toda vez que entra em sua casa, e é nessa dança da loucura que o conto segue até que enfim desvendemos como Jean morreu. Ou talvez até que pelo menos cheguemos a uma conclusão pessoal sobre isso.

Afinal, o que aconteceu?

Ele caiu ou foi empurrado? Acidente ou suicídio? Crime ou apenas um descuido ocasionado por mais um delírio de uma mente doente?

Você vai ter que ler para me dizer o que achou.

Biografia

Yuri Rebouças nasceu em 1994 na cidade de Areia Branca, interior do Rio Grande do Norte e atualmente mora em São Paulo. Além da literatura, também atua no teatro. O seu primeiro livro, “Cântico dos Ândalos” (2017) alcançou o primeiro lugar entre as distopias mais vendidas da Amazon, e o segundo, “Além das Estrelas” (2019) é a primeira ficção científica LGBT do Brasil.

Nota

Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.
Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.

Garanta a sua cópia de “A Morte de Jean Benício”!

Ficha Técnica

Nome: A Morte de Jean Benício
Autor: Yuri Rebouças
Edição: 
Editora: Eta Carinae
Ano: 2020
Páginas: 25
ISBN:B08BTNCHTY
Sinopse: Para Jean Benício a linha entre pesadelo e realidade é tênue e assombrosa, e antes mesmo de cair misteriosamente da janela do décimo quarto andar, a sua vida já tinha se tornado um misto de dor e sofrimento.
Além de todos os problemas que o atormentam e que acabaram levando-o a um intensivo tratamento psiquiátrico, o mundo desmorona diante dos seus olhos com o surgimento de uma força estranha e sombria que Jean passa a chamar simplesmente de Ele, uma figura assustadora e insaciável que desafia os extremos da sua sanidade.
Jean vê o seu maior medo surgir para torturá-lo pela última vez naquela noite fatídica, e por alguma razão desconhecida, Ele parece disposto a atormentá-lo e abrir as feridas nunca cicatrizadas até o seu último suspiro.