[Resenha] O Vale do Medo – Arthur Conan Doyle

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Capa do livro. Um fundo branco, em primeiro plano na base á esquerda, uma silhueta azul-escuro de quatro homens ao redor de uma pessoa caída no chão. À direita, a silhueta em azul do rosto de Sherlock Holmes de perfil, sobre a silhueta a imagem azulada de uma torre. Do cachimbo dele sai a fumaça que forma o nome do autor, logo abaixo o título do livro.
Capa do livro. Um fundo branco, em primeiro plano na base á esquerda, uma silhueta azul-escuro de quatro homens ao redor de uma pessoa caída no chão. À direita, a silhueta em azul do rosto de Sherlock Holmes de perfil, sobre a silhueta a imagem azulada de uma torre. Do cachimbo dele sai a fumaça que forma o nome do autor, logo abaixo o título do livro.

O Vale do Medo começa como a maioria das histórias de Sherlock Holmes: o detetive e o Dr. Watson estão em sua casa na Baker Street quando recebem um enigma. Ao desvendá-lo, Holmes entende que um crime foi cometido e logo depois chega a confirmação da polícia. John Douglas, um proprietário rural foi asassinado na sua biblioteca, porém sua residência deveria ser impenetrável durante a noite, graças a um fosso que a cerca. Seria o responsável um dos moradores da casa?

Um dos casos mais sombrios de Sherlock Holmes

Estou em um projeto pessoal de ler toda a obra que sir Arthur Conan Doyle escreveu sobre seu detetive e O Vale do Medo foi o último dos romances. Também já li mais da metade dos contos, então acho que é seguro dizer que essa é uma das histórias mais densas e violentas de Sherlock Holmes.

A primeira metade do livro segue como um caso normal, mas já mostra a violência na execução do crime: um tiro na cabeça da vítima e a descrição da situação do local após o assassinato. Mas, é na segunda parte da história que somos apresentados a um contexto mais cruel e visceral.

Assim como em Um Estudo em Vermelho, esse livro trás um longo flashback que conecta os acontecimentos do passado ao crime presente. Pessoalmente, eu não gosto muito desse recurso, por esse motivo acabo preferindo os contos do detetive, mas apesar de achar essa volta ao passado mais longa do que deveria, consegui ficar envolvida com a história.

Holmes está em seu melhor, encontrando pistas que ninguém mais percebe e desvendando o mistério a partir de detalhes que aparentemente não significam nada, além de chamar a polícia de burra, de modo incrivelmente educado, é claro, afinal ele é um cavalheiro inglês.

Watson está lá para nos passar os acontecimentos, mas até ele cria teorias e se apega a elas. É a parte cômica dessa história tão sombria.

E, olha, posso dizer que fui pega de surpresa duas vezes durante as revelações dos mistérios. E adorei!

Mas “O Vale do Medo” é bom?

Claro que sim! Mesmo com o elemento do flashback do qual não gosto tanto, foi uma história envolvente, com reviravoltas que não vi acontecendo. Acredito que tanto os que já são fãs de Sherlock Holmes, quanto aqueles que ainda não tiveram contato com suas histórias, irão gostar desse livro.

Nota

Quatro selos cabulosos. A nota mais alta são 5 selos cabulosos.
Quatro selos cabulosos. A nota mais alta são 5 selos cabulosos.

Garanta a sua cópia de “O Vale do Medo”!

Ficha Técnica

Título: O Vale do Medo
Autor: Arthur Conan Doyle
Editora: Zahar
Ano: 2015
Páginas: 256
iSBN-13: 9788537814765
ISBN-10:8537814768
Sinopse: Um crime aparentemente perfeito, um brilhante detetive e uma trama espetacular que mistura elementos de pulp fiction ao clássico romance de enigma. Em O Vale do Medo (1915), Sherlock Holmes e seu leal Watson descobrem que um certo John Douglas, proprietário e morador do Solar Birlstone, corre perigo de vida iminente. No entanto, pouco depois, ficam sabendo que o assassinato fora consumado na noite anterior, em circunstâncias extraordinárias. Desvendar esse mistério acabará transportando Holmes e Watson para décadas antes, quando, do outro lado do Atlântico, na Pensilvânia dos anos 1880, violência, corrupção, uma organização secreta e operários de uma mina de carvão misturavam-se perigosamente… O crime parece insolúvel. E seria, se o detetive da história não fosse Sherlock Holmes.