Emika, uma hacker de Nova York, cresceu em um mundo com os NeuroLinks, óculos de realidade aumentada que viraram parte essencial da vida das pessoas, após seu criador, o jovem gênio Hideo Tanaka, os inventar juntamente com o jogo Warcross, uma espécie de League of Legends, mas que os jogadores realmente se sentem dentro do jogo.
Durante o jogo de abertura do campeonato mundial, Emika invade a luta entre as equipes para tentar roubar um artefato e o vender, mas acaba sendo descoberta em uma transmissão global. Em vez de levá-la à polícia, Hideo a contrata como caçadora para procurar outro hacker que tem tentado se infiltrar no jogo, com que objetivo ninguém sabe ainda. Assim, Emika se junta à equipe Phoenix Riders como competidora, mas seu objetivo é desvendar outros mistérios além dos de Warcross.
Gente, tenho que dizer que sou péssima jogando qualquer coisa que vá além do Tetris, então ao pegar esse livro achava que acabaria abandonando por ter um tema que não conversa muito comigo. Mas desde as primeiras páginas fiquei presa na história que foi crescendo, apresentando um livro divertido com personagens cativantes.
Jogo, preparar, lutem!
Emika, enquanto protagonista, é a personagem mais desenvolvida e é fácil se apegar à ela, afinal é uma órfã que tem que se virar sozinha para sobreviver, mas para além da empatia, ela é determinada, com um forte senso de justiça, mas ao mesmo tempo divertida de acompanhar. Hideo tem toda aquela áurea de CEO com um passado misterioso, mas apesar do clichê é um bom personagem. O romance entre os dois vem meio que do nada, mas não se torna irritante ou prejudica os personagens, só parece deslocado dos outros plots do livro.
“Por que alguém abrira mão da realidade perfeita de fantasia só porque precisa abrir mão da liberdade? Qual é o sentido da liberdade se você está vivendo uma realidade infeliz?”
Eu adoro histórias com dinâmicas de equipes e a dos Phoenix Riders é ótima. Conhecemos um pouco de cada membro, o suficiente para nos apegarmos e toceemos de verdade por eles. Na verdade, gostaria até que suas histórias individuais tivessem sido mais exploradas, mas acredito que isso possa acontecer no segundo livro.
A escrita de Marie Lu é gostosa e dinâmica fazendo de Warross uma leitura rápida, ainda que sempre tenha a sensação de que poderíamos ter um pouco mais de aprofundamento.
Mas é bom?
Sim, se você não esperar nada de extraordinário. Warcross é divertido, leve e bom para intercalar leituras pesadas, além disso é o primeiro de uma duologia, então você não precisa se prender em uma série infinita. É só ter em mente que não é uma história super profunda que você deve se divertir com essa leitura. Aliás, acredito que os gamers devem ter um gostinho a mais com as descrições dos jogos.
Nota
Garanta a sua cópia de Warcross e boa leitura!
Ficha técnica
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Título: Warcross (Warcross 01)
Autora: Marie Lu
Tradução: Regiane Winarski
Editora: Fantástica Rocco
Ano: 2018
Páginas: 320
ISBN: 9788568263662
Sinopse: Autora das bem-sucedidas trilogias Legend e Jovens de Elite e nome forte da literatura jovem internacional, Marie Lu mergulha no mundo da tecnologia em Warcross. Neste eletrizante thriller de ficção científica, Emika Chen é uma hacker de 18 anos com uma vida financeira difícil. Num golpe de sorte do destino, ela se torna milionária ao ser contratada pelo criador do Warcross, um jogo de realidade virtual que virou febre em todo o mundo, para evitar um ataque em massa que estaria sendo planejado contra a plataforma – e seus milhões de usuários – durante a cerimônia de encerramento de um grande campeonato.
Mas a garota logo conhece o lado sombrio do sucesso, à medida que a final se aproxima e pistas ameaçadoras começam a surgir. De onde partirá o ataque ao maior fenômeno da tecnologia mundial? Imersa no universo do Warcross, Emika descobre que escolher em quem confiar pode ser o jogo mais arriscado de todos.