[Resenha] A Metade Sombria – Stephen King

0
Montagem da capa do livro, um fundo roxo com manchas escuras. Em branco o nome do autor, e na base o título do livro.
Montagem da capa do livro, um fundo roxo com manchas escuras. Em branco o nome do autor, e na base o título do livro.

Em entrevistas e prefácios de algumas obras, Stephen King fala como fatos de sua vida e notícias do mundo servem de inspiração para seus livros. Claramente, o autor adiciona um lado sombrio e uma boa dose de terror na criação de suas histórias.  A história contada em A metade sombria tem como inspiração o pseudônimo Richard Bachman, adotado por King para escrever livros como “A maldição do Cigano” e “Os Justiceiros”. O lado sobrenatural, nesse caso, vem do fato do pseudônimo ganhar vida própria.

Thad Beaumont escreveu um livro de sucesso, sendo inclusive indicado para um prêmio literário. Sofrendo de bloqueio criativo ao trabalhar no próximo romance, Thad resolve escrever um livro com um estilo totalmente diferente usando o pseudônimo George Stark. Esses livros são extremamente violentos e fazem grande sucesso de público.

Quando Thad é chantageado por uma pessoa que descobriu que ele é o verdadeiro autor dos livros de Stark, ele resolve parar de escrevê-los e revela esse segredo dando uma entrevista para a revista People. Dentre as fotos que ilustram a reportagem, existe uma em que Thad e sua esposa estão ao lado de uma lápide falsa para o agora finado George com o seguinte epitáfio: Um cara não muito legal.

A ficção se torna real

O que Thad nunca imaginou era que seu pseudônimo não iria gostar nada de ser enterrado e literalmente sai do túmulo. George Stark ganha vida e começa a assassinar as pessoas relacionadas à sua “morte”. A história se passa em duas cidades que já apareceram em outras obras: Castle Rock e Ludlow. Alan Pangborn, policial que investiga os crimes, também aparece no livro Trocas macabras.

“Acima da língua presa à parede, cinco palavras foram escritas com um dedo sujo de sangue: OS PARDAIS ESTÃO VOANDO NOVAMENTE.”

Alan é um policial competente e um homem cético. Gostei muito de acompanhar a jornada dele ao precisar lidar com algo que não poderia ser explicado pela razão. Thad é um personagem pelo qual criamos bastante empatia. Ele é apenas um cara comum que acabou envolvido com uma série de crimes pelos quais se sente responsável.

O livro proporciona um bom ritmo de leitura com o enrendo avançando sem enrolação. Não é um livro que causa medo mas traz algumas cenas bastante violentas. O fator sobrenatural é usado mais como uma ferramenta para o suspense, o que faz com que o livro prenda a atenção do leitor do início ao fim.

Nota

Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.
Cinco selos cabulosos. A maior nota do site.

 

 

 

 

Garanta a sua cópia de A Metade Sombria e boa leitura!

Ficha técnica

Não esqueça de adicionar ao seu Skoob!

Nome: A metade sombria
Autor: Stephen King
Tradutor: Regiane Winarski
Edição: 1ª
Editora: Suma de Letras
Ano: 2019
Páginas: 464
ISBN: 9788556510778
Sinopse: Criar George Stark foi fácil. Se livrar dele, nem tanto. Há anos, Thad Beaumont vem escrevendo, sob o pseudônimo George Stark, thrillers violentos que pagam as contas da família, mas não são considerados “livros sérios” pelo escritor. Quando um jornalista ameaça expor o segredo, Thad decide abrir o jogo primeiro, e dá um fim público ao pseudônimo. Beaumont volta a escrever sob o próprio nome, e seu alter ego ameaçador está definitivamente enterrado.

Tudo vai bem. Até que uma série de assassinatos tem início, e todas as pistas apontam para Thad. Ele gostaria de poder dizer que é inocente, que não participou dos atos monstruosos acontecendo ao seu redor. Mas a verdade é que George Stark não ficou feliz de ser dispensado tão facilmente, e está de volta para perseguir os responsáveis por sua morte.