“O homem de preto fugia pelo deserto, e o pistoleiro ia atrás”
Com essa frase, Stephen King começou a saga de sua vida: A Torre Negra, obra que demorou mais de 40 anos para ser concluída e aproximadamente 2500 páginas para contar como Rolland, o último Pistoleiro, viveu a aventura de sua vida para alcançar a Torre Negra, a origem de tudo no universo do autor.
O primeiro volume chamado “O Pistoleiro” foi publicado em 1982 e escrito pelo autor quando ele tinha apenas 19 anos, em meados da década de 1960. Iniciando a sua jornada pelo mundo das letras, o próprio autor deixa claro que esse livro é fruto da mente e habilidade de escrita de um King adolescente, fascinado e influenciado pela saga “O Senhor dos Anéis” de J. R. R. Tolkien e filmes de western que faziam sucesso na época.
Apesar da visão quase pessimista do autor e de muitos de seus fãs, a saga “A Torre Negra” começa muito bem. É um livro prazeroso de se ler, com apresentação de personagens importantes e histórias que nos deixam sem fôlego em alguns momentos. Se isso é apenas o começo, mal posso esperar pelo que realmente “A Torre Negra” com seu Pistoleiro me reservam!
O Pistoleiro e seu deserto
Somos jogados ao deserto junto com o Pistoleiro em sua caça implacável pelo Homem de Preto e no decorrer do livro ficamos sedentos por conhecer mais sobre Rolland, sua história e os acontecimentos mais marcantes de sua vida.
Logo no início da obra, ele encontra o colono Brown e seu corvo falante (e bastante assustador) Zoltan. Em busca de uma refeição quente e uma cama confortável para descansar seu corpo, Rolland conta sobre sua breve, porém inesquecível estadia na cidade de Tull, última vez que teve contato com o poder do feiticeiro Homem de Preto, figura que pode ter respostas que importam ao Pistoleiro, como nenhuma outra pode importar.
Poucos dias depois, voltando à sua caçada, ferido e quebrado, sua vida é salva por uma figura inesperada: um adolescente chamado Jake Chambers, um humano da Terra. Ao perceber a sua ligação com o garoto, Rolland começa a se questionar sobre seu poder de decisão, enquanto revive memórias esquecidas. Essa aliança é fascinante e motivo de nos mostrar um dos maiores poderes de Rolland, se não o maior, o de decisão e determinação para se alcançar o que ele quer.
Estaríamos nós, leitores de King, preparados para acompanhar o Pistoleiro em sua saga e aceitar as suas escolhas, acreditando no que ele nos mostra ou nos narra? Ao terminar o livro, a resposta para essa pergunta pode ser um feitiço do Homem de Preto, um deslumbramento da Torre Negra ou apenas uma miragem no grande deserto de Rolland. Acredito que nunca saberemos.
Análise Crítica
Há tempos eu tinha vontade de ler “A Torre Negra” e foi graças ao trailer do filme que tomei a decisão de dar uma chance à obra. Diferente das demais obras que li de Stephen King, o livro mistura fantasia e ficção científica, trazendo ao final uma saga épica.
Muitos leitores me alertaram sobre o livro ser lento. Preparada, peguei o livro em mãos e o devorei em dois dias. Embora existam momentos que podemos considerar arrastados, as cenas mais inesquecíveis são tão absurdamente bem montadas que valem cada letra escrita sob o papel. Partindo para a continuação, espero me surpreender ainda mais.
Nada inédito, King usou de inúmeras referências à saga “O Senhor dos Anéis”. Algumas cenas e alguns personagens parecem ter saído mesmo das páginas do mestre Tolkien, mas não por isso deixa de ser fascinante os acontecimentos em torno. A inspiração, realmente, é inegável, porém é fascinante conhecer essa nova mitologia que o autor traz em sua obra.
Por fim, vale como experiência singular caçar easter eggs de outras obras de King no livro. Já no primeiro volume flertei com um trecho que me remeteu à “It”, por exemplo. A partir de agora estarei mais atenta a buscar novos brindes pelo caminho de Rolland e seu Ka-ket.
Nota

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Nome: O Pistoleiro (A Torre Negra #01)
Autor: Stephen King
Edição: 1ª
Editora: Objetiva
Ano: 2004
Páginas: 221
Sinopse: “Este livro é o primeiro dos sete volumes de série A Torre Negra, obra mais ambiciosa do escritor Stephen King. “O Pistoleiro” apresenta ao leitor o fascinante personagem de Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam “seguiu adiante”. Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver. O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá- lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet – ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas o pistoleiro não conseguirá chegar sozinho ao fim da jornada que lhe foi predestinada. Na verdade, sua aventura se estenderá para outros mundos muito além do Mundo Médio, levando-o a realidades que ele jamais sonhara existir. Inteiramente revista pelo autor, esta primeira edição brasileira de “O Pistoleiro” traz também prefácio e introdução inéditos de King.”

![[Resenha] Lebre da Madrugada – Arthur Malvavisco Capa do livro. Ilustração com um fundo roxo. Em primeiro plano, uma lebre branca, ao redor dele, ocupando o restante da capa, diversos objetos, uma garrafa, duas flores distintas, uma pena escura, uma pinça, uma tesoura e uma faca com cabo estilizado. No topo, o título do livro em branco com fonte estilizada.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/LebreDaMadrugada-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] A cidade de bronze – S. A. Chakraborty Capa do livro. No fundo, um céu escuro, com alguns pontos luminosos no topo. Na base, uma perspectiva de horizonte com a silhueta de algumas construções em arquitetura árabe em dourado, e uma pessoa caminhando vista bem de longe. Do local dessa pessoa emana uma luz com labaredas amarelas que vão até o topo da capa avermelhando-se. No centro da capa uma mandala, e em primeiro plano o título do livro.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/ACidadeDeBronze-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Olhos d’água – Conceição Evaristo Capa do livro. Ilustração do rosto de uma pessoa, mostrando apenas o olho, ocupando toda a capa, o olho é castanho, e a pele em tom marrom, tons azuis abaixo do olho mostram que a pessoa está chorando. O fundo é branco. No topo o nome da autora, e logo abaixo o título do livro em azul.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/OlhosDagua-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Homens de armas – Terry Pratchett Capa do livro. Ilustração cartunesca em tom amarelado mostra um grupo de aventureiros medievais. No grupo faz parte uma guerreira que está a frente, seguida de um guerreiro, do outro lado um homem baixo carregando um machado, mais atras uma criatura semelhante a um ogro, do outro lado mais um guerreiro com machado e um pequeno dragão no ombro. Eles percorrem uma caverna. No topo, o nome do autor e título do livro. Na ponta superior direita, uma faixa com o texto "Discworld"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/HomensDeArmas-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] De Lukov, com amor – Mariana Zapata Capa do livro. Fundo com manchas brancas e azuis claras formando uma textura parecida com gelo. Ocupando toda a capa, um buque de rosas. Em primeiro plano, o titulo do livro ocupando toda a capa, e no centro o texto "Autora bestseller do New York Times e USA Today, Mariana Zapata"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/DeLukov-Site-696-390.jpg)


