Lentidão de editoras pressiona autores para a publicação independente

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Segundo o escritor Rodrigo Rahmati, a publicação independente, além de ser mais rápida e livre, pode chamar a atenção para futuros contratos

[PUBLIEDITORIAL] No dia 02 de dezembro, após cinco contos publicados pela Editora Draco e um publicado na Revista Trasgo, Rodrigo Rahmati, escritor de Sorocaba, terá lançado seu primeiro romance, O Arquivo dos Sonhos Perdidos. Porém, assim como muitos autores da atualidade, Rahmati fez a escolha de não vincular sua produção a nenhuma editora, publicando seu livro de forma independente.

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Capa do livro: O Arquivo dos Sonhos Perdidos do Rodrigo Rahmati

Segundo o autor, a escolha, considerada arriscada por muitos, vem como opção para fugir do complicado e burocrático mercado editorial. “A principal dificuldade em tentar a publicação por uma editora é a questão do tempo. Tempo para resposta, tempo para análise, tempo para publicação”, explica. E a grande quantidade de material recebido pela indústria literária torna o processo ainda mais lento. “As editoras trabalham com centenas de originais por mês, então é difícil dar a sorte de ser lido no meio de tanta gente”.

A precificação do livro e a remuneração do escritor também são fatores de peso na escolha pela publicação independente. No mercado tradicional, somente cerca de 10% do preço de venda é revertido ao autor. Rahmati explica que optou pela venda de cópias digitais (ebook) pela Amazon, famoso site de compras, enquanto a distribuição de cópias físicas ficará a cargo do Clube de Autores, que produz sob a demanda direta dos leitores, sem o intermédio de editoras e revendedoras. “Na Amazon, sou eu quem coloca o preço. Fico com uma porcentagem de 35% como lucro, se não quiser exclusividade. Se for exclusivo dela, fico com até 70%. Já no Clube de Autores não há uma margem fixa. Eles dão o preço que custará para imprimir a obra, e então o autor precifica o livro a partir do quanto quer receber, à vontade”, expõe o autor.


Clube de Autores

Nascido como startup em 2009, a partir da experiência dos sócios como autores, o Clube dos Autores ganhou notoriedade rapidamente no mercado editorial brasileiro, representando, hoje, cerca de 10% do total de livros publicados no Brasil, 85% do mercado de auto publicação.

(Fonte: http://blog.clubedeautores.com.br/2016/11/numeros-surpreendentes-sobre-a-autopublicacao.html)


Apesar das questões financeiras, Rahmati explica que o que mais o incentivou a fazer a auto publicação foi a falta de resposta por parte das editoras. “Não foi pela questão do lucro, foi mais pela obra já ter feito aniversário de 10 anos sem ver a luz do dia. Achei que ela já estava suficientemente pronta, e que eu conseguiria dar-lhe uma cara mais profissional. Além disso, não deixa de ser um meio de chamar a atenção de alguma editora”.

Creio que seja um meio eficaz, ainda que não tanto quanto a prateleira de uma livraria. Contudo, tenho a impressão de que isso está mudando, e rapidamente. Eu, particularmente, só descubro novos livros e os compro através da internet. Acho que essa mudança seja mais uma questão de mentalidade do que de funcionalidade”.

Sobre o livro O Arquivo dos Sonhos Perdidos:

Primeiro romance do escritor Rodrigo Rahmati, O Arquivo dos Sonhos Perdidos estreia em grande estilo no dia 2 de dezembro. Será o primeiro livro de publicação independente a ser lançado simultaneamente em três plataformas: ebook (na Amazon), físico sob demanda (Clube de Autores) e áudio-livro (no site Leitor Cabuloso).

O Arquivo dos Sonhos Perdidos é uma FantasyPunk – uma fantasia tecnológica com toques de ficção cientifica e história alternativa.

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