Quantos filmes existem sobre a Segunda Guerra Mundial? E quantos livros? Acredito que sejam quase incontáveis. Mas e livros sobre as mulheres nessa mesma guerra? Esses existem poucos. Talvez pela visão que a mulher tem da guerra? Ela tem uma visão diferente, não vê os atos heroicos, vê detalhes, vê o humano no lugar do soldado. É exatamente isso que Svetlana tenta capturar entrevistando as mulheres soviéticas que lutaram na Grande Guerra Patriótica.
“Não estou escrevendo sobre a guerra, mas sobre o ser humano na guerra. Não estou escrevendo a história de uma guerra, mas a história dos sentimentos. Sou uma historiadora da alma” – Pág. 18
A Guerra não tem rosto de Mulher conta com vários relatos, curtos e longos de mulheres que atuaram na guerra. As profissões vão desde francoatiradoras, enfermeiras a lavadeiras e cozinheiras e cada uma delas tem uma guerra diferente para contar. A morte, claro, está muito presente nos relatos. A dor, o sofrimento, mas também há relatos de amor e de pequenas alegrias.
São diversas mulheres muito diferentes entre si que doam pedaços de suas vidas para Svetlana. Mulheres que se apaixonaram durante a guerra, que lamentavam estar perdendo seu lado feminino, que se orgulhavam de estar lutando, que tinham medo, que queriam atirar, que tiveram filhos na guerra, que perderam filhos na guerra, que encontraram o seu grande amor e que o perderam.
Alguns relatos emocionam e outros revoltam, mas todos eles trazem a mesma mensagem pacifista: que a guerra só causou dor e sofrimento, mesmo que no final tenham obtido a vitória, muitas mulheres foram rejeitadas depois da guerra e só tiveram reconhecimento muitos anos depois.
“Mais de uma vez me avisaram (especialmente homens escritores): “As mulheres vão inventar para você. Vão criar” Mas eu cheguei à conclusão: é impossível inventar isso. Copiar de alguém? Se é possível copiar isso, é só da vida; só ela tem tamanha fantasia” – Pág. 21
Me recuso a colocar aqui algum dos relatos que me tocaram porque certamente estragaria a leitura de vocês. Só peço que leiam. Para conhecer uma excelente historiadora que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2015. Se não para ter uma visão diferente da Guerra, para então conhecer novos heróis, ou melhor, heroínas que lutaram de várias formas.
NOTA:

Ficou interessado(a)? Então compre o livro nos links abaixo:
Amazon (e-book)
Amazon
Submarino
Não esqueça de adicionar o livro no Skoob
 Nome: A Guerra não tem rosto de Mulher
Nome: A Guerra não tem rosto de Mulher
Autora: Svetlana Aleksiévitch
Edição: 1ª
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2016
Páginas: 392
Sinopse: A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente.
É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Alexiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
 

![[Resenha] Lebre da Madrugada – Arthur Malvavisco Capa do livro. Ilustração com um fundo roxo. Em primeiro plano, uma lebre branca, ao redor dele, ocupando o restante da capa, diversos objetos, uma garrafa, duas flores distintas, uma pena escura, uma pinça, uma tesoura e uma faca com cabo estilizado. No topo, o título do livro em branco com fonte estilizada.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/LebreDaMadrugada-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] A cidade de bronze – S. A. Chakraborty Capa do livro. No fundo, um céu escuro, com alguns pontos luminosos no topo. Na base, uma perspectiva de horizonte com a silhueta de algumas construções em arquitetura árabe em dourado, e uma pessoa caminhando vista bem de longe. Do local dessa pessoa emana uma luz com labaredas amarelas que vão até o topo da capa avermelhando-se. No centro da capa uma mandala, e em primeiro plano o título do livro.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/ACidadeDeBronze-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Olhos d’água – Conceição Evaristo Capa do livro. Ilustração do rosto de uma pessoa, mostrando apenas o olho, ocupando toda a capa, o olho é castanho, e a pele em tom marrom, tons azuis abaixo do olho mostram que a pessoa está chorando. O fundo é branco. No topo o nome da autora, e logo abaixo o título do livro em azul.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/OlhosDagua-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] Homens de armas – Terry Pratchett Capa do livro. Ilustração cartunesca em tom amarelado mostra um grupo de aventureiros medievais. No grupo faz parte uma guerreira que está a frente, seguida de um guerreiro, do outro lado um homem baixo carregando um machado, mais atras uma criatura semelhante a um ogro, do outro lado mais um guerreiro com machado e um pequeno dragão no ombro. Eles percorrem uma caverna. No topo, o nome do autor e título do livro. Na ponta superior direita, uma faixa com o texto "Discworld"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/HomensDeArmas-Site-696-390.jpg)
![[Resenha] De Lukov, com amor – Mariana Zapata Capa do livro. Fundo com manchas brancas e azuis claras formando uma textura parecida com gelo. Ocupando toda a capa, um buque de rosas. Em primeiro plano, o titulo do livro ocupando toda a capa, e no centro o texto "Autora bestseller do New York Times e USA Today, Mariana Zapata"](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/DeLukov-Site-696-390.jpg)


