No dia 6 de abril de 2016 encontrei na minha timeline a divulgação de um novo projeto disponível no Kickstarter, e o nome do autor Neil Gaiman capturou imediatamente minha atenção. Era a campanha de crowdfunding para o projeto de um curta animado intitulado: The Grave of Saint Oran. Animado em stop motion e baseado em um poema do autor já tinha levantado mais da metade dos 45 mil dólares necessários para a produção. Enquanto escrevo essa notícia, em um único dia da campanha, falta apenas pouco mais de 12 mil dólares. Lembremos que Gaiman já teve sua obra animada em Coraline, uma excelente animação e um dos meus primeiros contatos com o autor fora dos quadrinhos.
Qual a Importância do projeto?
Para começar, é importante notar o apoio do autor ao projeto. Ele não só participa do vídeo de apresentação acima como parece bastante comprometido com a realização do projeto e cedeu os direitos a Jim Batt – seu idealizador. Se um dos mais importantes autores da atualidade acredita assim no projeto, eu acredito também!
Como isso aconteceu?
Gaiman diz ter conhecido o artista por outro curta de animação criada pelo produtor como videoclipe da música I Have Your Heart de Kim Boekbinder. Ao assistir ao clipe sinto o quanto o projeto é muito promissor e eleva muito minha expectativa. Essa animação também foi financiada via Kickstarter.
Mas que Gaiman e Batt tenham se aproximado através de outro projeto. Em 2012 Amanda Palmer & the Grand Theft Orchestra lançaram o clip Want it Back em um clipe forte e bem interessante. A animação da letra da música ao longo do desenrolar do filme é um ponto alto nesse trabalho. Para aqueles que não sabem Amanda Palmer, além de artista conceituada, é autora do badalado livro A Arte de Pedir e casada com o autor. O livro foi recomendado no CabulosoCast 155.
E agora?
Agora que você já sabe de tudo isso, ajude se puder, mesmo que o projeto já esteja completamente financiado isso geralmente leva a metas estendidas, e espere pacientemente (pouco mais de um ano), que deve ser o tempo que o projeto deve levar para ser finalizado. Tenho certeza que nesse meio tempo o autor ainda encontrará inúmeras maneiras de nos maravilhar, sempre fazendo aquilo que deve ser a maior lição que ele nos deixou até agora: “Faça Boa Arte!”
