Hoje um dos meus maiores ídolos na música, uma mente muito a frente do seu tempo se encontra com seu destino e se vai pelo seu grande amor, sua arte.
Cause you, I would die for you, yeah Darlin’, if you want me too You, I would die for you
I Would Die 4 U
Ainda nessa música encontramos um reflexo do enigma que era esse artista em:
I’m not your lover I’m not your friend I am something that you’ll never comprehend No need to worry No need to cry I’m your messiah and you’re the reason why
Mas quem era Prince, também conhecido como o Artista (The Artistas), ou o Símbolo (The Symbol)?
Quando entrava na adolescência descobri algumas de suas músicas. O músico que tocava bem algo como 20 instrumentos diferentes. Gravava discos sozinhos e selecionava sua banda para turnê. Como não admirar esse nível de liberdade quando você ainda sonha em começar a aprender o primeiro instrumento?
Prince era o solitário mais bem acompanhado do mundo! Bandas como Appolonia 6 e The Time orbitavam seu trabalho, apareciam em seus filmes, contavam com sua ajuda na composição e gravação.
Teve como backing vocal e apoio nas interpretações no palco Carmen Electra. Cantou cada aspecto dos envolvimentos românticos, como o amor no tema romântico do primeiro Batman do Tim Burton “Arms of Orion” usado quando o casal está se apaixonando.
‘Orion’s arms are wide enough’ ‘2 hold us both together’ ‘Although we’re worlds apart’ ‘I’d cross the stars 4 U’
Mas ele não parou: o fim de um relacionamento cantado por Prince, e que se tornou conhecido na voz de Sinead o’Connor, Nothing Compares to You, também é um marco! Também é inesquecível.
It’s been seven hours and fifteen days Since u took your love away I go out every night and sleep all day Since u took your love away Since u been gone I can do whatever I want I can see whomever I choose I can eat my dinner in a fancy restaurant But nothing I said nothing can take away these blues, ‘Cause nothing compares Nothing compares 2 u
As brigas de casal, que ele testemunhou frequentemente em sua infância, é retratada em When Doves Cry. Uma música forte, uma música onde é fácil ter empatia.
How can you just leave me standing? Alone in a world that’s so cold Maybe I’m just too demanding Maybe I’m just like my father too bold Maybe you’re just like my mother She’s never satisfied Why do we scream at each other This is what it sounds like when doves cry.
Como músico, Prince foi insuperável, tendo tocado ao lado de literalmente todo mundo. Uma procura rápida no YouTube apresenta uma infinidade de vídeos ao vivo. Além de uma influência e ídolo, Prince conquistou o espaço de influência das influências. A sua morte foi confirmada duas horas atrás e já vi manifestações de membros do Living Colour, Marillion, Stones, Angra… E diversas outras das minhas bandas favoritas. Escritores como Scalzi, Paulo Coelho, Giulia Moon entre outros também mencionando a perda, mostra que sua influência se estendia muito além da música.
Cansado de gravadoras e do relacionamento entre distribuidoras e artistas, o artista rompeu com todas e fundiu sua própria gravadora tomando as rédeas da sua carreira. As principais características dessa roda sai a troca de nome por um símbolo impronunciável e o lançamento de discos triplos, quádruplos… Existe a lenda de que ele teria material gravado em qualidade final para dezenas a centenas de lançamentos de inéditas. Infelizmente chegou a hora de descobrir se a informação procede.
Outra lenda, essa confirmada, é de que finalmente chegou a hora de lançar o Black Album. Esse disco foi gravado no início de sua carreira e seu lançamento proibido pelo músico sob a alegação de que ele tornaria o resto de sua carreira irrelevante. Algumas coisas acabaram nas mais de bootleggers e algumas tiragens limitadas foram feitas (minha cópia é da tiragem alemã). Ainda que seja um disco excepcional, não concordo que ele eclipse sua carreira ou que seja seu melhor disco.
Com 57 anos se vai um dos maiores instrumentistas/compositores/
Certamente fará falta nos tempos de evolução rápida que se aproximam…