Fala Galera,
a idéia hoje é criar um novo formato para coluna e intercalar com a de histórias curtas. Pois é, um ano de colunas semanais, a princípio, e depois quinzenais estão exaurindo os aspectos a serem avaliados e está ficando cada vez mais difícil achar temas. Com isso a ideia é incluir esse novo formato com o perfil de alguns dos meus autores favoritos e os diferentes aspectos das suas carreiras. Vem comigo para ver como Tom Clancy, o criador do tema acima, se tornou trans-mídia, sinônimo de um gênero e “sobreviveu” a morte de uma maneira que vai muito além de sua obra produzida. Além disso, quero falar de seu mais recente lançamento com grande sucesso anos após sua morte.
Hoje em dia
“When we were activated, we knew the situation was bad.
Worse than anyone knew.
We’re an elite, highly-skilled group of embedded agents.
They only call us when everything else has failed.
We have no rules. We have no limits. Our job is to protect what remains.
We are your co-workers.
We are your neighbors.
We might even be your friends.
But when we get the call, we leave everything behind.
We are The Division.”
“Quando fomos ativados, nós sabíamos que a situação estava ruim.
Pior do que qualquer um soubesse.
Somo um grupo de elite altamente treinado de agentes infiltrados.
Somos chamados apenas quando tudo o mais falhou.
Não temos regras. Não temos limites. Nosso trabalho é proteger o que restou;
Somos seus colegas de trabalho.
Somos seus vizinhos.
Podemos até ser um de seus amigos.
Mas quando recebemos o chamado, deixamos tudo para trás;
Nós somos A Divisão.”
Mas voltamos a isso tudo depois…
O Passado e seus livros
Tom Clancy (1947-2013) iniciou sua carreira literária com a obra “Caçada ao Outubro Vermelho” em 1984, seguido por outros livros que seguiram com a jornada de Jack Ryan, sua mais bem sucedida franquia. O personagem principal foi vivido no cinema por Alec Baldwin, Harrison Ford, Ben Affleck e Chris Pine. Esse arco histórico apresenta 20 livros tendo se antecipado a eventos ocorridos na história recente como o 11 de Setembro e o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O arco contempla ainda livros de personagens como seu filho e o agente John Clark. Essa linha de histórias criou um subgênero conhecido como “Techno Thriller“. Li a maior parte dos livros desse arco e são excelentes, bem fundamentados e eletrizantes. O livro une com sucesso conhecimento e diversão fazendo com que seus leitores virem nervosamente uma página após a outra até o fim da obra e tenham grande empatia pelos personagens.
Franquias literárias como “Op-Center”, “Net Force”, “Net Force Explorers” e “Power Plays” totalizam dezenas de títulos. Várias franquias ainda, tiveram origem nos jogos como “Splinter Cell” e “Ghost Recon”. De maneira geral essas franquias foram escritas por outros autores e aprovadas publicadas sob a grife Tom Clancy.
Alguns livros também foram escritos com sua colaboração e publicadas com essa grife lidando com elementos comuns em sua obra como equipamentos bélicos, estratégia e forças especiais.
Abraçando a Transmídia
Clancy começa a ultrapassar, com sucesso, seus livros já no primeiro filme inspirado em uma de suas obras: “Caçada ao Outubro Vermelho” foi estrelado por Alec Baldwin no papel de Ryan e tem ainda a participação de Sean Connery, sendo lançado em 1990. Outros quatro filmes foram adaptados protagonizando Jack Ryan com diferentes graus de sucesso na avaliação de seus fãs.
Já com o lançamento do filme, surgem jogos baseados na obra para computadores em diversas plataforma (inclusive DOS) e para Nintendo.
Com relação aos jogos, a série “Rainbow Six” (baseado na equipe apresentada nos livros do Ryan) tem 18 títulos já lançados. O mais recente deles é “Tom Clancy’s Rainbow Six: Siege” de 2015.
Outra série muito popular é “Ghost Recon” com 13 títulos lançados e um novo título provisioramente conhecido como “Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands”, que já está programado, tendo sido anunciado na última E3.
A série “Splinter Cell” tem 7 títulos e levou a criação da série de livros mencionada acima, escrita por diferentes autores, mas publicada sempre sob o pseudônimo David Michaels.
Seu mais recente lançamento é o título “The Division”, cuja abertura e trailer apresentei no início desse texto e ainda volto a ele antes de terminar.
E qual a importância do autor para mim
Tom Clancy foi um autor de quem meu pai era um grande fã e acompanhamos o desenrolar de sua carreira literária juntos. Voltar a ao trabalho do autor de maneira tão interativa quanto a permitida pelo jogo tem sido uma experiência excepcional já que há alguns anos não compartilhamos esse Universo. Também assistimos a maior parte dos filmes juntos, mas apenas eu abracei os jogos inspirados pelo autor.
O primeiro conto que escrevi é a respeito de um autor que já não escrevia mais suas próprias obras. O protagonista é claramente inspirado no Tom Clancy.
E hoje em dia?
No Brasil, as notícias não são muito boas: fui alertado por um tweet do Rob Gordon recentemente que as obras do autor estão fora de catálogo no país. Para quem não lê em inglês isso é um problema. Seria um problema para o meu pai que no início lia primeiro os livros falando que ele que tinha comprado, mas que depois que eu fiquei mais velho tinha que aguentar minhas brincadeiras porque eu tinha lido antes de lançar aqui, em inglês. Torço para que o grande sucesso do jogo traga de volta o interesse de alguma editora e que os livros voltem a ser disponibilizados, os mais recentes pela primeira vez.
Nos Estados Unidos, o jogo levou ao lançamento de um livro tipo vault, que apresenta os itens que vão sendo encontrados no jogo como fichas, mapas e maiores detalhes da história. Mesmo lá fora a disponibilidade desse livro é muito baixa. Consegui o meu pela Amazon, lá fora, por um preço razoável. Dando tudo certo, tenho minha cópia do livro até o fim da semana. Não encontrei o livro disponível em nenhuma livraria online no país. Então, se você quiser, eu aconselho a comprar o seu pela loja online.
E aí, o que acharam do formato da nova coluna? Quais autores gostariam de ver por aqui? Deixem as suas sugestões nos comentários que eu vou brincar de pesquisar para alcançá-los.
Abraços!