Sherrilyn Kenyon, autora da série Dark-Hunter está processando Cassandra Clare alegando plágio na saga Instrumentos Mortais.
A série Dark-Hunter foi publicada em 1998, 9 anos antes de Cidade dos Ossos, primeiro livro da série de Cassandra Clare e, de acordo com Kenyon, há muitas similaridades entre as histórias, o que ela alega ter sido feito conscientemente.
O processo, iniciado no dia 5 de fevereiro, alega violação de copyright e trademark e está pedindo por danos, perda de lucros e um fim dessa violação (ou seja, todos os livros, produtos e a série Shadowhunters não poderiam mais existir). Nele, está escrito que ambos os livros:
são sobre um grupo de guerreiros de elite que devem proteger o mundo humano da ameaça paranormal que não podem ser vista e que busca destruir os humanos enquanto vivem normalmente suas vidas. Em ambos, há um manual sobre como conduzir a sua missão e como agir quando lidam com outras entidades e espécies em seu mundo ficcional. Em ambas as séries, há uma linhagem de guerreiros que protegem o mundo normal contra os demônios… nas duas, uma jovem se torna parte do mundo dos Dark-Hunters (ou Shadowhunters?) depois de terem sido salvas por um loiro maravilhoso que é Dark-Hunter (ou Shadowhunter)… Cada um deles deve lutar contra seu pai demoníaco… Tanto os Dark-Hunters quanto os Shadowhunters possuem espadas encantadas que são divinamente forjadas, imbuídas de espíritos de outro mundo, que possuem nomes exclusivos e brilham como fogo.
Ainda de acordo com o processo, há muitas semelhanças entre os personagens das séries, podendo ser considerados idênticos em alguns aspectos.
A autora Cassandra Clare disse estar “supresa e desapontada” com essa acusação, ainda mais por ela estar ocorrendo todo esse tempo depois da publicação dos livros. Seu advogado afirmou:
Significativamente, o processo falhou em identificar uma única passagem que realmente mostre cópia ou plágio… Há pouca chance de qualquer um confundir os temas e orientações young adults de Cassie com a narração algumas vezes muito adulta dos livros de Kenyon. De fato, esperamos que todas essas alegações sejam desconsideradas.
O processo se baseia numa má compreensão da lei de copyright e do trabalho totalmente original de Cassie. A lei não protege ideias e mitos, protege apenas a expressão dessas ideias. Por exemplo, Kenyon reclama que Cassie roubou sua ideia de usar ‘objetos normais… imbuídos com propriedades mágicas como uma taça, uma espada e um espelho,’ mas essas ideias e muitas outras das quais Kenyon está reclamando fazem parte há muito tempo de nossa tradição de contar histórias, desde o passado até os dias de hoje.
Além disso, muitos personagens e eventos citados como iguais no processo de Kenyon apareceram no trabalho de Cassie antes de aparecem no de Kenyon.
Esse tipo de problema não é muito fácil de resolver. Se por um lado as histórias parecem ter muitas semelhanças, por outro é muito estranho a autora só ter se incomodado agora. Além disso, seres mágicos lutando contra demônios e defendendo humanos não é algo que surgiu em nenhum desses dois livros.
Via The Guardian