“Ter um filho há de ser, sempre, um ato de resistência”
O narrador de A Resistência começa nos contando do seu irmão: Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado. Ele narra a história de seus pais que adotaram uma criança na ditadura argentina e a narração tenta se manter somente nas passagens em que o irmão se distinguia da família, a resistência em fazer parte dela. Mas também vemos a resistência dos pais à ditadura, a força para lutar e também para fugir. O livro fala sobre seu título e de formas diferentes que se entrelaçam em meio à leitura.
Porém o narrador não consegue se prender somente ao irmão ou até mesmo aos seus pais, ele narra muito dele mesmo, seus sentimentos em relação ao irmão, aos pais e ao seu país. Filho de argentinos, mas nascido no Brasil, ele também discorre muito sobre sua nacionalidade e parte do livro se passa em sua visita a Argentina.
Gostei muito da narrativa do livro que usa um linguajar diferente do que costumo ver. Não é rebuscado, porém não é simples, é algo delicioso de ler. Além disso os capítulos são curtíssimos e isso somado as 140 páginas do livro é uma leitura muito rápida.
A Resistência me surpreendeu positivamente já que esperava algo completamente diferente do livro. Seu formato me agradou bastante e o livro é do tipo que nos faz refletir, ou seja, algo ótimo para se ter em casa.
NOTA:
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Autor: Julián Fuks
Origem: Brasileira
Edição: 1ª
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Páginas: 144
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