Claro que todo mundo já ouviu falar que o amor é cego, que enxerga as coisas do jeito dele.
Amor é solução para a realidade que vivemos, pois ele nos traz o que a vida real nos tira… Amor é droga que entorpece… . Vamos todos ser convertidos, morrer de amores ou viver deles.
Não existe outro motivo para viver ou morrer senão esse.
O amor deve ser e compor a essência de cada ser, já que nele não trabalhamos o provisório, mas o eterno, o sonho, os símbolos… Tudo se torna possível…
Quem nunca…
- Sonhou com aquela rosa vermelha amarrada com uma fitinha de lacinho com aquele bilhetinho escrito “fica triste não, eu amo você” ou “pra mim você é a mais linda.”.? (trazida pelo Richard Gere subindo a escada rolante do shopping – óbvio)
- Ou com aquela carta de amor no envelopinho com coração a gente só escreve quando está realmente se jogando do abismo?
- Vivenciar aquela situação toda que poderia acabar com um beijo de cinema e todo mundo aplaudir, porque, convenhamos, foi liiiiiindo! E óbvio que vocês viveram felizes para sempre…?
Admito que eu pensava coisas bem parecidas quando eu tinha 14 ou 15 anos, hoje meus pensamentos sobre amor são bem outros… Mas o que eu quero dizer sobre isso é que toda essa vivência sensível em mitos e sonhos perpassa pelos textos literários e leva a uma compreensão de um contexto, a entender uma intenção ou um comportamento (visto que ambos podem ser interpretados) e tudo isso tem o seu significado, sua SIMBOLOGIA. Mas pode, em oposição a tudo que eu falei no texto anterior, não ter sua forma fixa. Aqui trata-se do simbólico, do fenômeno, do apaixonar-se… E se existir forma fixa pra isso, por favor, avisem!
Na filosofia para Husserl, trabalhamos com verdades provisórias que podem ser mudadas ao longo do tempo e de acordo com a necessidade. Porém essa mudança faz com que se criem novas realidades a partir das pré-existentes, o que até então era desconsiderado pela crítica formal ou estruturalista.
Ele sugere que a fenomenologia deveria apenas ter por referência as coisas que foram vivenciadas de maneira consciente, que devem ser estudadas pela sua essência eliminando as premissas do mundo real e empírico.
Ou seja, o amor deve ser analisado pelo que se sente e não pelo que se é, visto que em sua essência, é um sentimento do qual se tem consciência ou nem sempre – na maior parte das vezes e se for como eu, lerda e louca quase nunca se tem consciência -.
Eis a sua cegueira.
Não teríamos, portanto, como analisar o Amor em textos, ou mitos, ou aceitar a definição dos dicionários. Isso tudo se torna patético perto do que se sente e do que cada um pode descrever.
Exemplificando a fenomenologia de Husserl:
Imagine o amor…
Independente de cores, formas e tamanhos… Sempre será ele na sua mais pura essência.
Agradecendo mais uma vez ao Capitulo 3 do Manoel. O textinho Recheado!!!! Obrigado!
Referências –
Estudo da fenomenologia de Husserl.
Filme – Dança comigo?