J. K. Rowling é uma autora muito querida, não só por ter escrito Harry Potter e conquistado milhares de fãs, mas por continuar dando atenção a eles, mesmo 8 anos depois de ter publicado o último livro da saga.
Esses novos textos são sempre publicados no Pottermore, site oficial sobre Harry Potter e tudo o que compõe seu universo, criado pela própria autora.
O último texto que ela publicou, no dia 22 de setembro, foi sobre os ancestrais de Harry. Nele, ela conta a origem da família, como eles conquistaram sua fortuna e como a capa da invisibilidade chegou até eles.
O texto foi traduzido pelo Potterish, que promete traduzir o conteúdo diário que será postado no Pottermore.
Confira o novo texto da J. K. Rowling:
A Família Potter
A família Potter é muito antiga, porém nunca esteve (até o nascimento de Harry Tiago Potter) nas linhas principais da história bruxa, contentando-se com uma sólida e confortável existência nos bastidores.
Potter não é um sobrenome Trouxa incomum e, por esta razão, a família não fazia parte da lista dos “Sagrados Vinte e Oito”; o autor anônimo desta lista supostamente definitiva de sangues-puros suspeitou que eles teriam surgido do que ele considerava ser sangue contaminado. Porém, a mágica família Potter teve nobres inícios, e alguns deles ficaram implícitos em “Relíquias da Morte”.
No mundo trouxa, “Potter” é um sobrenome ocupacional, significa um homem que cria cerâmicas. A família bruxa dos Potters descende de um bruxo do século XII, Linfred de Stinchcombe, um homem local, excêntrico e bem-amado, cujo apelido, “o Potterer”, foi simplificado com o tempo para “Potter”. Linfred era um camarada vago e distraído, cujos vizinhos Trouxas frequentemente o procuravam em busca de seus serviços medicinais. Nenhum deles percebeu que os poderes maravilhosos de Linfred para a cura de catapora e malária eram mágicos; todos o viam como um velho colega inofensivo e amável, cuidando de seu jardim com todas suas plantas engraçadas. A reputação de um excêntrico bem-intencionado coube bem a Linfred, porque atrás das portas ele podia continuar a série de experimentos que começou a base da fortuna da família Potter. Historiadores dão crédito à Linfred pela criação de vários remédios que evoluíram em poções ainda utilizadas hoje em dia, incluindo a Esquelesce e a Poção Apimentada. As vendas de suas curas para bruxos e bruxas possibilitou-lhe deixar uma significante pilha de ouro para cada um de seus sete filhos após sua morte.
O filho mais velho de Linfred, Hardwin, casou-se com uma linda jovem bruxa chamada Iolanthe Peverell, que veio da vila de Godric’s Hollow. Ela era a neta de Ignoto Peverell. Na falta de herdeiros homens, ela, a mais velha de sua geração, herdou a capa da invisibilidade de seu avô. Iolanthe explicou para Hardwin que era uma tradição em sua família manter a posse da capa em segredo, e seu novo marido respeitou seus desejos. A partir de então, a capa foi passada para o mais velho de cada nova geração.
Os Potters continuaram casando com os seus vizinhos, de vez em quando Trouxas, e vivendo no oeste da Inglaterra por várias gerações, cada um acrescentando aos cofres da família com o seu duro trabalho e, isso deve ser dito, pela marca tranquila de ingenuidade que caracterizou seu antecessor, Linfred.
Ocasionalmente, os Potters chegaram até Londres, e dois membros da família se sentaram na Suprema Corte dos Bruxos: Ralston Potter, que foi membro de 1612 até 1652, e que era um grande apoiador do Estatuto do Sigilo (oposição em declarar guerra aos Trouxas, como muitos membros militantes desejavam) e Henry Potter (Harry para os íntimos), que era um descendente direto de Hardwin e Iolanthe, e serviu na Suprema Corte de 1913 até 1921. Henry causou uma pequena desordem quando publicamente condenou o então Ministro da Magia, Archer Evermode, que havia proibido a comunidade mágica de ajudar os Trouxas na Primeira Guerra Mundial. Seu posicionamento a favor da comunidade Trouxa foi outro forte fator contribuinte na exclusão da família dos “Sagrados Vinte e Oito”.
O filho de Henry chamava-se Fleamont Potter. Ele era chamado assim por causa do desejo incessável da mãe de Henry para que perpetuasse seu sobrenome de solteira, que de outra forma sumiria. Ele carregou este peso extraordinariamente bem; de fato, ele sempre atribuiu sua destreza em duelos ao número de vezes que ele teve de lutar com as pessoas em Hogwarts depois de fazerem brincadeiras com seu nome. Foi Fleamont quem quadriplicou o ouro da família, criando a Poção Capilar Alisante (“duas gotas domam o mais rebelde dos cabelos”). Ele vendeu a companhia e lucrou muito quando se aposentou, mas nenhuma riqueza compensaria ele ou sua esposa Euphemia pela falta de filhos. Eles tinham acabado de perder a esperança de ter um filho ou filha quando, para seu choque e surpresa, Euphemia descobriu que estava grávida e seu amado menino, Tiago, nasceu.
Fleamont e Euphemia viveram o suficiente para ver Tiago se casar com uma nascida-trouxa chamada Lílian Evans, mas não para conhecer seu neto, Harry. A Varíola de Dragão levou-os em poucos dias devido à idade avançada, e então Tiago Potter herdou a capa da invisibilidade de Ignoto Peverell.
Traduzido por: Bibiana Branco em 22/09/2015.
Revisado por: Bruna Lopes e Pedro Martins em 22/09/2015.
Postado por: Pedro Martins em 22/09/2015.
Via Potterish