Olá, galera cabulosa!
Estava aqui pensando num tema para esse post. Poderia ser algo que estive fizesse parte do meu cotidiano. Então conclui: vou falar de música. Tem gente que quando está escrevendo toma café ou chocolate, traga um cigarro ou beberica uma vodka. Eu não sei escrever sem escutar música, é o que estou fazendo ao escrever esse post. A música me ajuda a entrar no clima, ela cria toda uma aura que me envolve e faz uma barreira para que o mundo lá de fora não me distraia. Acredito que acontece com outros autores que sempre falam da sua playlist nas redes sociais. Resolvi fazer a minha aqui também, mas não selecionei músicas específicas. Vou apresentar algumas bandas e cantores que me acompanham nos anos de madrugadas em claro enquanto eu me perco no mundo das palavras. Acredito que a primeira delas muitos já conhecem:
Sigur Rós. A maioria das bandas que curto eu conheci primeiro ao ouvir na trilha sonora de algum filme. Foi assim que eu conheci a banda islandesa Sigur Rós, enquanto assistia Penélope, um filme gracinha estrelado por Christina Ricci (a eterna Wednesday Addams) que fez par com James McAvoy (lembra do Sr. Tmnus de Nárnia? ou melhor, o jovem professor Xavier de X-Men?). Nesse filme aparece uma faixa do álbum Takk, a mágica Hoppípolla, fiquei encantada ao escutar pela primeira vez, não conhecia melodia semelhante, etérea. Não vou falar de aspectos técnicos porque não é da minha ossada, mas é evidente que o falsete do vocalista Jónsi combina muito bem com os sintetizadores (a guitarra, a guitarraaa com arco de cello!) e recursos clássicos como violino, cello e piano, além de outros instrumentos de sopro. Jónsi também tem um modo peculiar de criar suas músicas, ele inventou uma espécie de idioma, uma língua imaginária que aparece em várias composições suas. Pode ser que alguém que esteja lendo esse post desconheça totalmente o trabalho da banda (descobri na Wikipédia que Sigurrós é o nome da irmã do vocalista, que nasceu no mesmo dia da fundação do grupo e significa Rosa da Vitória), mas se é fã de GOT com toda certeza ouviu The Rains of Castamere. No mais, acredito que vale dar uma chance e conhecer o som flutuante de Sigúr Rós, existem álbuns completos disponíveis no You Tube. Faça bom uso.
Minha segunda indicação é uma pessoa que realmente saca dos paranauês da engenharia musical, e já ganhou um Grammy por suas loucuras musicais. Ela é Imogen Heap, nascida em Londres, é compositora e cantora. (Um abraço para os ingleses que fazem bom som desde sempre!) Conheci a Imogen através de sua composição Can’t take it in que faz parte da trilha sonora de As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa. A voz de Imogen desliza pelos meus ouvidos como se fosse o sopro do vento, também gosto muito da composição harmoniosa dos elementos eletrônicos e clássicos que a cantora casa muito bem nas suas músicas. Antes de seguir carreira solo, Imogen Heap fez parte de uma banda chamada Frou Frou, minha música favorita dessa fase é Let Go. Eu simplesmente sou viciada no som dela, nunca enjoo, escrevi meu primeiro livro escutando suas músicas e elas ainda muito me inspiram. O último álbum lançado pela Imogen Heap chama-se Sparks, vale a pena cada faixa.
Ouvi Koda pela primeira vez ao assistir um vídeo da Nasa que fazia a imagem de alguma galáxia distante, Andrômeda, algo assim. The last stand soou arrebatadora nos meus fones de ouvidos, fixou-se no meu cérebro com seus tentáculos e me deixou perdida durante os 8 minutos e 36 segundos de música. O que eu sei sobre a banda é muito pouco, Jordan Sudak é o mentor, inclusive a banda leva seu apelido, Koda. É inegável que Sudak sabe orquestrar uma música suave e ao mesmo tempo sombria, com um pé no futuro. Você pode encontrar várias músicas gratuitas da banda no SoundCloud. Para mim foi um achado nas minhas pérolas musicais.
Não sei bem como descobri Oh Land. Acho que foi uma indicação do You Tube. Curti muito o som dela, Oh Land é dinamarquesa, seu nome é Nanna Oland Frabricius, parece nome de personagem de livro, né? Ela foi bailarina profissional, mas uma lesão na coluna a impediu que continuasse a carreira, então se dedicou a música, isso não exclui que seus clipes sejam repletos de coreografias, nada mirabolante. A música de Oh Land tem uma pegada pop, mas ela pode ser suave ao mesmo tempo. Em Lean ela acompanha um quarteto de cellos e alcança notas altas sem desafinar, é de arrepiar. Ela também gravou um show acústico com a Orquestra Sinfônica Nacional Dinamarquesa, acompanhada de um coral de meninas, a versão de Perfection é simplesmente mágica, lembra um belo cenário de livro de fantasia. Wolf and I é igualmente incrível, acompanhada por uma orquestra ritmada ao som da música eletrônica, consegue imaginar?
Por último, conheci Susanne Sundfor através da trilha sonora de Oblivion, a música tem uma batida eletrônica e dramática em parceria com banda francesa M83. Fiquei viciada na voz dela e logo procurei outras músicas para conhecer, as minhas preferidas são a melancólica The Brothel e a avassaladora Running to the sea. Susanne é norueguesa e sua paixão pela música começou na pré-adolescência ao tomar aulas de canto, é notável sua capacidade vocal. Em 2015 ela lançou um novo álbum, chama-se Ten Love Songs, e para nossa alegria a cantora disponibilizou todas, ou quase todas, músicas no seu canal no You Tube. As que mais gostei foram Memorial, uma música de 10 minutos e 6 segundos com um piano frenético no final, e Trust me com um toque leve e meio fantasmagórica. Vale muito a pena conhecer.
Eu espero que tenham gostado das indicações. Vocês também podem compartilhar algumas nos comentários. Vou gostar de conhecer.
Até a próxima.