[Coluna] A ver navios enquanto existem pessoas

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Eu vivo a ver navios, por isso o nome da coluna. É sério.

Essa expressão vem dos portugueses que ficavam esperando da parte mais alta da cidade os navios chegarem. Também significa que você perdeu algum ponto importante. E hoje, eu estou a ver navios no quesito relações humanas.

Já se perguntaram por que lidar com outras pessoas é tão difícil? Das relações virtuais até a vida real, como isso é complicado.

Eu não sou tímida ou introspectiva. Mas adoro ficar em casa lendo, jogando vídeo game ou assistindo seriados e filmes. Quanto menos pessoas por perto, melhor. Eu percebi que quanto mais eu entendo de livros menos eu entendo pessoas.

Vamos combinar, seres humanos são complicados. De Sheldon Cooper à Valesca, cada um com sua personalidade e diferenças. Se tratando de Internet, eu posso dizer que sou uma negação. Meus amigos virtuais são tão amigos quanto aqueles que eu vejo (quase) todo fim de semana. Mas, em era de discordar do outro é a nova onda, precisamos analisar bem antes que tudo “vire cinzas”. Por que é tão complicado se relacionar com pessoas?

A resposta poderia ser 42 e a pergunta feita de forma diferente, mas ainda assim, não entenderia. A qualquer momento as magoamos ou pior, elas nos magoam. Inevitável. Se você parar pra pensar até os queridinhos dos seriados se desentendem. De Flash e Arqueiro à Friends, Joey e Ross, ou Lorelai Gilmore e Rori Gilmore, entre muitos outros, já tiveram algum tipo de briga. Não há como escapar, desde sempre estamos “condicionados” a nos desentendermos com quem discorda em algum ponto da gente.

Seja família, amigos e por que não, pessoas do trabalho?? Se parar para pensar é até pior, pois ,pelo menos no meu caso, passo mais tempo com eles do que com minha família e amigos.

Como lidar com isso? Isso depende de você, mas… Cada um lida do melhor jeito possível. Eu enfio minha mente num livro, porém, alguns jogam, outros saem pra beber, trabalham demais, trabalham de menos, trabalham e estudam, cantam no chuveiro e dançam até o dia começar de novo.

Há várias formas de encarar a situação, mas o melhor mesmo é: não surtar. Primeiro, cabeça quente não resolve nada. Segundo, possivelmente, uma boa conversa resolve. Nada de indiretas. Nunca. Indiretas atingem pessoas que não tem nada a ver ou que acham que estão em algum tipo de dívida com você, (hey, existem pessoas neuróticas por nada, helloooouuuu).

Se você é do tipo, “eu não ligo” , isso também pode magoar outros. Por isso, o importante é manter a calma. E entender que cada reação será diferente da outra. Entender o ponto de vista do outro também se faz necessário nesses casos. E no fim, resolver. Sim, resolver caros amiguinhos, coisas que não são bem resolvidas geram uma bola de neve dentro DE VOCÊ.

Ninguém mais.

Se nesse meio tempo você se refugiar em livros, jogos ou até mesmo nessa coluna, não há problema algum. É o que escrevi, lide da melhor forma possível. Quanto mais fácil você lidar com isso, melhor. Mas lide. Saia pro mundo real, converse. Não sabemos o tom certo da pessoa no Facebook, e se na hora faltou uma vírgula?! Nada que um “real chat” não resolva. Se for um amigo virtual, com certeza, áudios podem ajudar. A internet é sua amiga, mas ela também é ótima para causar discórdia.

O que vocês fazem nesses casos? Em que vocês se refugiam, já pararam para prestar atenção?

Até a próxima, prometo que não será sobre auto analise/auto ajuda. (Vamos ver o que vem na minha mente pro nosso próximo encontro. Já estou com os dedos coçando!)

O que ficou no repeat enquanto escrevia: Just Decide ‐ I Fight Dragons / Adam Levine ‐ A Higher

Place / Coming Up Roses ‐ Keira Knightley