De citações em livros de vampiro até bandas de rock nacional
Esse romance gótico, um dos clássicos da literatura inglesa, desempenhou um papel polêmico na época de seu lançamento, em 1847, e permanece no imaginário popular até nos dias de hoje. Sempre muito referenciado em mídias atuais, a obra ainda inspira e influencia muito os materiais encontrados hoje. A história gira em torno do amor entre Catherine e seu irmão adotivo, Heathcliff, numa fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes. Por eles ficamos conhecendo a estranha e complexa árvore genealógica das famílias envolvidas, além de acompanharmos todo o drama, paixão e vingança que essa história oferece.
Referências alheias
A saga Crepúsculo cita o livro diversas vezes. No decorrer dos livros o casal protagonista tem várias discussões sobre O morro dos ventos uivantes. As referências são tantas que foi até mesmo lançada uma versão da obra de Emily Brontë fazendo uma menção a saga de vampiros adolescentes na capa, que copia o estilo dos livros de Stephanie Meyer, para que o público que da saga se sinta atraído pela obra em questão.
Cantando os morros uivantes
No ano de 1978, uma jovem cantora chamada Kate Bush assistiu um filme inspirado na obra, e logo depois resolveu escrever uma música inspirada nela. Assim nasceu o hit “Wuthering Heights”. Porém, uma versão dessa canção que ficou bem popular aqui nas nossas terras foi a uma banda brasileira de power metal progressivo, Angra, que deixa faz muita gente cantar para um tal de Heathcliff abrir a janela.
Cover metal do Angra
Adaptações para o cinema e TV:
O romance rendeu, e ainda rende diversas adaptações para as telas. Pelo menos cinco filmes baseados no livro foram feitos, além de minisséries e nada menos que duas telenovelas brasileiras! O interessante de assistir a tantos pontos de vista diferentes sobre a obra, é que questões do livro que são deixadas soltas pela autora, que são livre interpretação do leitor, acabam sendo tomadas como verdade absoluta em alguns filmes, o que pode confundir o espectador.
Uma das adaptações mais relevantes é a de 1939, com o galã da época, Lawrence Olivier. A obra cinematográfica, que chegou a concorrer ao Oscar de melhor filme, não representou bem a história, e sim a moldou para que ela se encaixasse nos padrões cinematográficos do momento.
Outra das mais famosas foi feita no ano de 1992. O interessante dessa versão, que é estrelada por Ralph Fiennes e Juliette Binoche, é que a segunda geração dos personagens, que costuma ser deixada de lado, também foi retratada.
Uma das adaptações mais queridinhas dos fãs é a minissérie produzida pela ITV. Com toques de modernidade, conta bem a história e por ter uma duração maior aprofunda-se mais nos personagens. Mas não esqueçamos de um dos maiores trunfos dessa produção, que atende pelo nome de Tom Hardy.
O filme mais recente baseado no romance é de 2011, estrelando Kaya Scodelario. Os pontos fortes são a fotografia maravilhosa, o destaque que é dado para a infância do casal protagonista e a abordagem da controversa etnia de Heathcliff, pela primeira vez representado por um ator negro.
Finalmente, temos uma versão para o público adolescente. O filme da MTV que adaptou a história para os dias atuais é capaz de afastar não só jovens, mas qualquer pessoa da obra original, que foi completamente distorcida. Além disso, a recepção da obra final pela crítica pode resume-se basicamente em críticas negativas.
Pudemos ver alguns dos ecos que foram deixados por esse livro na nossa realidade.
Você se lembra de mais algum?