Fala Galera,
Coluna curtinha por motivo de saúde, mas eu queria dividir algo com vocês que vai além de histórias curtas e publicações digitais, mesmo que eles ainda estejam relacionados. O prêmio Hugo tem andado muito em voga recentemente e não é minha intenção explicar tudo isso de novo. Dois podcasts já foram gravados sobre o assunto (Drone Saltitante e Anticast) contando tudo que vocês precisam saber sobre sad puppies, rabid puppies, que sequestraram o prêmio esse ano e minorias ou grupos engajados que tem ganho cada vez mais espaço na premiação. As publicações que estão concorrendo são distribuídas, integral ou parcialmente, aos apoiadores do prêmio, que ganham direito ao voto e indicações no ano seguinte.
Resumindo muito o que temos são: grupos engajados ganhando espaço, grupos retrógrados querendo impedir o gênero de evoluir e defendendo a manutenção de ficção científica / fantasia por diversão sem nenhuma profundidade ou contestação social. Temos autores, possivelmente merecedores do prêmio, pedindo sua retirada da competição por não concordarem em como ou por que entraram no ballot, pessoas envolvidas na organização com o dilema ético de continuar ou não envolvido por não concordarem com a realidade que se impôs esse ano, melhor divulgação do evento, das obras, das regras e da ficção científica / fantasia que em qualquer ano anterior por conta de toda a polêmica.
O que Hugo estaria achando de tudo isso?
Depois dos Puppies sequestrando as nominações, minorias / engajados tentando sequestrar o evento para o outro lado em quaisquer categoria que tenha um deles concorrendo, autores divulgando que não existem limitações de língua / origem e sugerindo fazermos campanha para colocar brasileiros no prêmio no próximo ano e por fim, formadores de opinião sugerindo que autores poderiam comprar assinaturas e distribuir com a condição de que as pessoas votassem nele garantindo a visibilidade da indicação por um valor baixo, se comparado à publicidade conseguida pela indicação. Sem contar a pesada campanha pelo No Award, ou seja, ninguém leva o prêmio. Sabe o que eu e, imagino, Hugo sentimos falta.
Ninguém está realmente sugerindo ler as obras, realmente analisá-las. Será que alguém lembra de quando os prêmios literários eram sobre o que estava ali no papel… ou em qualquer outra mídia que você use? Assim, bem rapidinho…
Abraços corridos que essa semana ainda deve ter resenha,
Rodrigo Fernandes
* Para ficar por dentro do que o colunista Rodrigo Fernandes está falando, dê uma caçada rapidinho no site oficial do evento. (*Nota de revisora)