[Resenha] O Nome do Vento do Patrick Rothfuss

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O Nome do Vento sempre foi um livro que me chamou a atenção pelos elogios que ele recebia e por isso sempre tive curiosidade de lê-lo. Muitos livros me chamam a atenção dessa forma, com o grande número de críticas positivas e você lê esperando algo bom, no mínimo e torcendo para não se decepcionar. Esse livro foi além do bom de uma forma que eu não poderia imaginar e por isso é meio difícil fazer uma resenha sobre ele. Conforme já comentei em outra ocasião, enquanto andava pela rua eu sentia necessidade de lê-lo. Tinha muito tempo que um livro não me puxava dessa forma. Enquanto o lia em sala de aula uma colega me perguntou sobre o que era o livro e eu estaquei sem saber como explicar. Bom, vou tentar fazê-lo aqui.

O-Nome-do-Vento-Capa

Kote é um taberneiro em uma cidade remota. Serve cerveja, comida e ouve as histórias que seus clientes amam contar. Só que ultimamente as histórias são sombrias porque as estradas não são mais as mesmas. Depois de acontecimentos que as pessoas daquele lugar nunca pensaram que iriam presenciar, o caminho de Kote se cruza com o do Cronista, um homem que busca heróis, lendas para ouvir e transcrever suas histórias, suas verdadeiras histórias. Porque Kote não é um taberneiro. Ele é Kvothe e sua história é conhecida em todos os Quatro Cantos.

“Meu nome é Kvothe (…). Os nomes são importantes, porque dizem muito sobre pessoas. Já tive mais nomes do que alguém tem o direito de possuir. (…) Fui chamado de Kvothe, o Sem-Sangue, Kvothe, o Arcano; e Kvothe, o Matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles. (…) Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorarem. Vocês devem ter ouvido falar de mim” – Pág. 58

Então a narração de Kvothe começa. Sua família, os Edema Ruh, uma trupe de cantores e atores muito conhecida e cultuada, seu mestre, a grande tragédia de sua vida, sua ida para a Universidade. Grande parte do livro se passa na Universidade e eu me acostumei tanto com ela que me pareceu estranho pensar que Kvothe é expulso (como ele adianta logo no começo do livro).  Ele faz interlúdios com o presente na taberna que mostram mais detalhes do Kvothe “de hoje” e nos deixa imaginando o motivo de sua transformação. Kvothe, um curioso ávido por conhecimento quer se tornar um Arcanista e saber o nome de todas as coisas, principalmente, O Nome do Vento. O ponto onde Kvothe vai para a Universidade aprender “magia” é um diferencial. Coloquei magia entre aspas porque no livro ela é mais tratada como ciência, não é algo restrito aqueles que tem o dom, qualquer um pode aprendê-la e ficar poderoso, desde que se dedique a isso.

Fica difícil falar sobre essas passagens, já que cada detalhe pode atrapalhar sua experiência com a leitura, mas posso dizer que você se sente parte da Universadade junto com Kvothe, que torce e tem praticamente as mesmas dúvidas que ele (exceto com relação as mulheres) e em certos casos eu tinha vontade de lhe dizer para não ser tão afobado, que isso pode acabar mal… bom, o que eu quero dizer é que o livro te prende de muitas maneiras.

O Nome do Vento faz parte da série da Crônica do Matador do Rei (outra coisa que nos deixa pensando como Kvothe irá chegar a matar um rei) e já tem dois volumes publicados no Brasil, sendo o segundo O Temor do Sábio que estou doida para ter em mãos.

Não sei se consegui passar tudo, mas é extremamente difícil para mim falar desse livro. Até agora, o melhor livro lido em 2015.

NOTA:

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Submarino

Autor: Patrick Rothfuss
Origem:
Estrangeira
Título original:
The Name of the Wind
Edição:

Editora:
Arqueiro
Ano: 2009
Páginas: 656
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