O Pintassilgo foi um livro que me interessou desde o primeiro momento por causa de críticas positivas e claro por ser o vencedor do Pulitzer. É um livro enorme com 720 páginas e normalmente isso não costuma ser um problema. Leio frequentemente livros com mais de 500 páginas sem grande esforço, mas com O Pintassilgo foi diferente. Não que seja um livro chato, cansativo, muito pelo contrário, mas é um livro denso, daqueles que você não consegue ler muitas páginas de uma só vez, um livro não para devorar, mas para ser degustado.
A história é narrada por Theodore Decker, ou Theo, que começa a narrativa com uma tragédia. A mãe de Theo é apaixonada por arte e em um dia eles são levados para o museu ao se abrigar da chuva, lá acontecem três coisas que vão mudar a vida de Theo: Ele vê uma linda menina ruiva, ele conhece O Pintassilgo e acontece um ataque terrorista. Ainda no museu, em meio a corpos e escombros ele encontra o senhor que acompanhava a garota ruiva. Ele está muito confuso e parece confundir Theo com outra pessoa e para sua surpresa entrega a ele um anel e O Pintassilgo que Theo carrega para fora do museu sem ser percebido. A mãe de Theo acaba morrendo.
O ato de levar O Pintassilgo para fora do museu foi completamente impensado e feito em um momento de muita confusão. Theo sabe disso, mas acaba se apaixonando, idolatrando a pintura e fica adiando o dia de devolvê-la. Aliás, ele tem coisas mais preocupantes na cabeça como o fato de agora com a mãe morta, o pai que os abandonou desaparecido, ele está completamente sozinho, desolado.
“Mas às vezes, inesperadamente, a dor me atingia em ondas que me deixavam sem ar; e quando as ondas recuavam, eu me via olhando para os destroços repulsivos de um naufrágio, iluminados por uma luz tão lúcida, tão deprimente e tão vazia que eu mal conseguia lembrar que o mundo algum dia chegara a ser algo que não morte.”
Ele acaba indo morar com os Barbour, uma família rica que tem como filho Andy um garoto nerd amigo de Theo. E esse é só um dos lugares que Theo acaba morando depois da tragédia. Seguindo a dica do senhor que lhe passou o anel e a pintura no museu, ele vai até um estabelecimento e encontra Hobie que reforma móveis antigos e também acaba reencontrando a garota ruiva, Pippa, na qual se apaixona.
O Pintassilgo vai muito mais além. Theo encontra diversas outras pessoas, como Boris, o amigo polonês/ucraniano/russo com quem aprende e conversa sobre diversas coisas. Tudo isso com a pintura ao lado, sempre escondida em algum lugar, onde ele a vê de vez em quando e sente nela uma espécie de proteção. Ele nunca teve coragem de contar sobre ela a ninguém e a cada dia que passava, sentia que já era tarde demais para devolvê-la sem causar problemas.
É um livro que acaba ficando com a gente por muito tempo depois da leitura. Quando terminei, me pareceu estranho que não ia mais ler sobre Theo ou Boris. Fica difícil falar muito sobre o livro, até porque eu quero que vocês tenham as mesmas surpresas que tive. Ele fala sobre morte, tristeza e desespero, mas também sobre amor e vida.
NOTA:
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Submarino
Autor: Donna Tart
Origem: Estrangeira
Título original: The Goldfinch
Edição: 1ª
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2014
Páginas: 721
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