[Resenha rapidinha] Quarta de carnaval chegou… Vamos a “Para tudo se acabar na quarta Feira”

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Para esse fim de Carnaval trago que:

Há muito tempo atrás, em uma galáxia não tão distante…

Um universo literário, brasileiro, complexo e interessante foi criado na internet de maneira compartilhada, mas capitaneada e inspirada pelo autor Octavio Aragão.  Originada do clássico da ficção nacional “Quem matou Paolo Rossi”, pretendo voltar a essa história no futuro, publicada em uma antologia chamada “Outras Copas, Outros Mundos” (1998) em 2000, o universo de Intempol ganha sua própria antologia de contos repleta destas aventuras no tempo.

Para quem acredita que De Volta Para o Futuro 2 é o supra-sumo das pirações com paradoxos temporais Intempol é uma agência que patrulha o espaço tempo, mas com a malemolência brasileira.  O jeitinho, a corrupção, truculência, uma ética meio cinzenta, tudo isso pode ser encontrado em meio a esse universo criado a diversas mãos.

Nessa resenha de carnaval, para quem acha que ficção científica não tem samba no pé, vemos essa brasilidade policialesca chegar na avenida, no formato de quadrinhos, com todo tipo de virada na história, surpreendente a cada virar de página, tensão na medida certa encaminhando tudo para o gingado final.  Esse quadrinho é baseado no conto inédito homônimo.  O conto original foi apresentado na antologia portuguesa “Por Universos nunca Dantes Navegados” e em sua versão quadrinizada para o Brasil foi ilustrado por Manoel Ricardo.

Segue a sinopse como apresentada na Amazon Brasil:

“Dizem que uma das origens da Intempol, a Polícia Internacional do Tempo, ocorreu no ano de 1998, como cenário para o conto Eu Matei Paolo Rossi, de Octavio Aragão. Outros relatos optam pelo ano 2000 como ponto de partida, com o lançamento do livro Intempol – uma antologia de contos sobre viagens no tempo. Uma terceira versão aponta o álbum em quadrinhos The Long Yesterday, de Osmarco Valladão e Manoel Magalhães, como a primeira encarnação da série de aventuras, mas a webtira A Mortífera Maldição da Múmia, de 2002, baseada em um conto de Carlos Orsi e ilustrada pela Calango Produktado, também está no páreo.Porém, talvez nenhuma dessas histórias seja verdadeira e a Intempol, como todo bom paradoxo, esteja dando seus primeiros passos este ano, com a publicação de Para tudo se acabar na quarta-feira, álbum de Octavio Aragão e Manoel Ricardo, publicado pela Editora Draco.
E que este seja um recomeço para os agentes intemporais, em nova casa. Com o entusiasmo de sempre.Em meio a uma guerra pelo controle do crime organizado nos morros do Rio de Janeiro, um grupo de traficantes descobre que cada um de seus atos são parte de um plano maior e que seu futuro é um conceito questionável.
Eles têm quatro dias para descobrir quem dá a corda no relógio de suas vidas e tentar virar a ampulheta a seu favor, antes de se afogarem em samba, suor e sangue.”

Ficou interessado(a)? Então compre no link abaixo:

Amazon (e-book)

para-tudo-se-acabar-na-quarta-feira-capaLi a edição digital da Graphic Novel (já foram duas vezes) e minha primeira impressão foi excelente.  As viradas da história faziam com que você estivesse sempre atento e ansioso pela próxima página.  Leitura muito rápida por esse fator, também exige que seja uma leitura muito atenta pelo mesmo motivo.

Se a história tem essa qualidade toda, a arte não poderia ter sido mais bem escolhida.  Com cortes rápidos e boa distribuição a edição ainda inclui uma série de estudos para a criação das personagens e cenários.

Considerando que “Todo Carnaval tem seu Fim” (valeu Los Hermanos) o fim desse não poderia ter sido mais explosivo: Para tudo se acabar na Quarta Feira.

Se você ficou curioso com o universwo da Intempol pode também procurar a webtira “A Mortífera Maldição da Múmia” aqui.

Abraços e todos e volto ainda essa semana com mais uma coluna “Era uma vez… rapidinho” dessa vez um tanto inusitada, se tudo der certo.

Rodrigo Fernandes.