Cadence Sinclair é uma garota rica. A família Sinclair é antiga e tradicional e de muitas posses. Todo verão eles passam as férias em sua ilha própria. Cadence e sua mãe se reúnem aos avós Sinclair e suas tias e primos. Todo verão é incrível e Cady sempre os aguarda com ansiedade.
Em um desses verões seu primo Johnny trás um amigo, Gat, um garoto diferente totalmente diferente dos Sinclair, tanto na aparência (enquanto todos os Sinclair são loiros, Gat é descendente de indianos), tanto no modo de agir. Cady é acostumada a ter que engolir o choro e fingir que está tudo bem. Não ser derrubada, um Sinclair não cai, mas Gat dá valor ás suas feridas e não age como se elas não existissem. Eles se apaixonam e os verões tem um novo significado.
“E eu vi Gat,
e vi aquela rosa na mão dele,
e, naquele momento, com a luz do sol entrando pela janela e brilhando sobre ele,
as maçãs sobre a bancada da cozinha,
o cheiro de madeira e maresia no ar,
eu rotulei de amor.”
Os quatro, Cadence, Gat, Jhonny e a prima Mirren são conhecidos como Mentirosos. Eles são muito unidos ali naquela ilha. Até o verão dos quinze. Algo acontece, algum acidente. Cady não se lembra do que aconteceu, mas o acidente a mudou completamente. Ela passa a sentir dores de cabeça muito fortes além de mudanças em sua personalidade.
Quando ela finalmente retorna a ilha no verão dos dezessete, percebe que as pessoas foram instruídas a não contá-la o que aconteceu. Ela então começa a descobrir sozinha o que a marcou para sempre.
Mentirosos é simples e escrito de forma rápida, com frases curtas e impactantes. O trecho que coloquei acima é dessa forma no livro, com as frases separadas, entrecortadas. Além disso ele é recheado de metáforas. Algumas vezes essas metáforas me pegavam de surpresa e eu ficava confusa alguns segundos antes de entender o que estava acontecendo, como por exemplo, essa passagem que Cady fala sobre sua enxaqueca:
“Uma bruxa está parada atrás de mim há algum tempo, esperando um momento de fraqueza. Ela segura a estátua de um ganso em marfim. É minuciosamente esculpida. Eu me viro e admiro por um instante até que ela balança o objeto com uma força chocante. Ela me acerta, abrindo um buraco na minha testa.” – Pág. 97
O livro é impactante. Não só no final, quando Cady descobre o que aconteceu no verão dos quinze, mas como um todo. Ele funciona como uma crítica as nossas prioridades, ao que achamos importante. Ele pode ser um tapa na cara de algumas pessoas. Recomendo, tanto pela parte emocionante e tocante, tanto pelas partes metafóricas que podem não ser somente metáforas.
NOTA:
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Submarino
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Autor: E. Lockhart
Origem: Estrangeira
Título original: We were liars
Edição: 1ª
Editora: Seguinte
Ano: 2014
Páginas: 272
Skoob
 



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