Por Lucas Rafael Ferraz
Se o sábado (23/08) estava bom, o domingo (24/08) estava fenomenal. A credencial do Leitor Cabuloso me deu a oportunidade de conhecer muita gente bacana. Vou fazer o mesmo esquema do post anterior.
Ida e Chegada
Domingo fui um pouco mais tarde, sai da casa da sogra às 9:00 mais ou menos. Uma vez na linha vermelha, decidi seguir até a Barra Funda, pois lá também tinha ônibus gratuito da Bienal. A fila estava consideravelmente menor do que no Tietê, muito tranquilo mesmo. Nem precisei recorrer ao “Bienal, bienal, bienal sem fila”, que aliás nem se encontrava.
Na chegada, percebi maior organização, as filas bem separadas de visitantes, imprensa, retirada de credencial e tudo mais. Pra quem chegou no meu ônibus foi bem fácil, a fila interna estava curta e fluída. Entretanto ouvi reclamações de que quem vinha da rua enfrentava 4 km de fila. Dentro do pavilhão a situação era menos travada do lado direito pois a fila de senha para ver Cassandra Clare ocorreu do lado de fora, num dos portões do Pavilhão. Depois do desastre de sábado, a Bienal parece se adaptar ao público inesperado que recebeu. Inesperado só pra eles.
Maurício de Souza
Chegando vi no aplicativo da Bienal que o primeiro evento que me interessava era o do Maurício de Sousa, que deu autógrafos no estande da Editora Santuário, uma editora católica que tem uma linha de livros com personagens da Turma da Mônica. O livro lançado foi o Turma da Mônica Visita Trindade, que adquiri pois o autógrafo era vinculado à compra do livro. Peguei minha senha e fiquei em último da fila, onde acabei ajudando ao informar quem chegava que os ingressos estava esgotados. Foi horrível. Todas aquelas crianças chegavam e iam embora com carinhas tristes com minha informação.
Após aguardar na fila longos minutos, consegui meu autógrafo e foto com o Maurício. Contrabandeie uma cópia de Bidu da Panini que nem poderia ser autografada ali, mas não tinha a menor disposição de encarar outra fila e espera de mais de uma hora no estande da editora, no qual o Maurício também fez uma sessão de autógrafos na parta da tarde. Ele foi muito receptivo, fez desenhos para as crianças, assinava devagar, com calma e conversava um pouquinho, ainda que debilitado devido a ter acabado de sair de uma gripe.
Thalita Rebouças
Depois do Maurício, evento no qual gastei umas duas horas, decidi não enfrentar mais grandes filas de autógrafos nem nada e tentar curtir a Bienal de forma diferente. Depois de dar algumas voltas, cheguei na Editora Rocco e observei o grande público que aguardava a autora Thalita Rebouças chegar, e consegui permissão para trocar uma rápida palavras com ela antes do evento. Agradeço a moça da organização, de quem vergonhosamente esqueci o nome (seria Cecília?). A Thalita escreve livros voltados ao público adolescente, e as meninas faziam uma grande fila à sua espera.
Thalita inclusive lançou trabalhos em parceria com o Maurício de Sousa, o livro Ela disse, Ele disse, lançado ano passado na Bienal do Rio. Também consegui gravar um pequeno áudio com ela, que ficou interessada pelo site e podcast, e falou brevemente sobre a Bienal, os carinho das fãs na sessão de autógrafos do dia anterior e tudo mais.
Conversa com Thalita Rebouças:
Eric Novello e Jim Anutso
Segui então para o estande do Grupo Autêntica, para o evento oficial de lançamento do livro Exorcismos, Amores e uma Dose de Blues de Eric Novello e do livro Rani e o Sino da Divisão de Jim Anotsu. O livro do Eric eu já tinha comprado e autografado no sábado, mas queria o livro do Jim e também prestigiar o lançamento oficial.
Exorcismos, Amores e uma Dose de Blues é fruto de anos de trabalho do Eric, e sai pela Gutemberg. O livro é de fantasia urbana e segue a história de um mago exorcista que expulsa seres oníricos, fugitivos do mundos dos sonhos. Ainda não li, mas estou ansioso por me embrenhar na trama. O autor já afirmou que esse é o primeiro livro de uma série que se passará toda no mesmo universo da cidade de Libertá.
A capa ficou muito bonita, pena não ter como ser animada como a que está no site do autor, onde há mais informações sobre o livro e as demais obras dele, muitas das quais podem ser encontradas no site da Editora Draco no formato digital.
Rani e o Sino da Divisão (Referência a Pink Floyd?), terceiro livro do Jim Anotsu, conta a história de Rani, uma adolescente de ensino médio, que vê sua vida alterada ao se encontrar os Animais de Festa, seres sobrenaturais aparentemente jovens. Ela descobre ser uma xamã nata e precisa de treinamento pois corre perigo de outro xamã que se alimenta dos seus semelhantes.
Premissa bastante interessante, começarei assim que possível pois fiquei curioso. O livro tem uma diagramação diferente, com anotações e outros elementos que o deixam muito atrativo. Na conversa que tivemos Jim falou sobre sua participação na Revista Trasgo, uma revista nacional de ficção científica e fantasia, e o Rodrigo que ele cita é o editor, Rodrigo van Kampen.
Eric e Jim foram muito simpáticos e receptivos, tirei uma foto com eles e gravei uma pequena conversa com ambos a respeito da Bienal e o lançamentos dos livros, confira abaixo.
Conversa com Jim Anotsu:
Conversa com Eric Novello:
Bárbara Morais e Felipe Castilho
Antes de deixar o estande da Gutemberg, encontrei com outros dois autores. Bárbara Morais escreve a Trilogia Anômalos, uma saga distópica que está em seu segundo volume, chamado A Ameaça Invisível, lançado na própria Bienal. Já Felipe Castilho escreve a série O Legado Folclórico, que mistura a cultura de jogos de vídeo-game com as lendas do folclore brasileiro, uma proposta que achei fenomenal, e está também em seu segundo volume, Prata, Terra e Lua Cheia. Abaixo as capas dos livros e as minhas fotos com os autores.
Ziraldo
Após deixar o estande do Grupo Autêntica, onde fui muito bem recebido por todo, vi que se aproximava a hora da sessão de autógrafos do Ziraldo. Resolvi tentar trocar uma palavra com o icônico autor, e agradeço o apoio do Edgar da editora Melhoramentos, onde ocorreu a sessão, e do Sr. Breno, da assessoria do Ziraldo, que me apoiaram e me autorizaram a falar com ele. Infelizmente, isso não se concretizou, pois não consegui entrar na sala dos autores onde ele ficou, mas com a ajuda da Ana Carolina e Leila, que o acompanhavam, consegui tirar uma rápida foto enquanto ele se dirigia para o estande, após um breve e simpático protesto em sua voz rouca: “Mas meu filho, já estou atrasado!”
Raphael Draccon e Carolina Munhóz
Novamente contei com o apoio do pessoal da organização da Rocco, e agradeço a Ana Esleide, para falar com o Raphael Draccon e com Carolina Munhóz minutos antes da sessão de autógrafos que fizeram as 17:00 no estande da editora.
Draccon vai lançar, no dia 30/08 na Bienal, o livro Cemitério de Dragões, primeiro voluma da série Legado Ranger. O livro é lançado pelo selo Fantástica, nova aposta da Rocco no crescente mercado de literatura fantástica nacional.
O livro conta a história de cinco pessoas que se vêem repentinamente num mundo estranho, com dragões (óbvio), demônios e muitos seres fantásticos em guerra, e têm que tentar combater um terrível mal. Achei a sinopse b
em diferente e interessante, e fiquei bastante curioso com esse lançamento do Draccon.
Já Carolina Munhóz teve o lançamento de um livro com Sophia Abrão no dia 23/08 o livro O Reino das Vozes que Não se Calam, que é descrito como a história de Sophie, uma garota cansada de sofrer com a indiferença das pessoas até descobrir um mundo mágico onde seus talentos são reconhecidos.
Ao falar desse lançamento, Draccon disse que foi um sucesso estrondoso, em suas palavras “quase caiu o estande” com a animação dos fãs. O lançamento marcou também a primeira publicação do selo Fantástica.
Ambos me recepcionaram muito
bem, bastante animados de falar para o Leitor Cabuloso, e conversamos brevemente antes de partirem para o estande da editora, ao redor do qual a circulação era impossível dado o número de fãs que aguardavam. Abaixo estão o pequeno depoimento que gravei com o casal.
Conversa com Draccon:
Conversa com Carolina:
Sidney Gusman e Léo Lins
Uma vez na sala dos autores resolvi interpelar aqueles que por lá passavam para um conversa. O Maurício de Sousa, tendo cumprido dois terços de sua maratona de autógrafos, estava cansado e se retirou antes do próximo evento e eu conversei com os membros de sua equipe. Entre eles estava Sidney Gusman, criador do selo Graphic MSP, que tem feito muito barulho no cenário de quadrinhos desde o lançamento de Astronauta Magnetar. Sidney é bastante expansivo e conversamos por alguns minutos. Fiz um registro fotográfico e ele concordou em gravar uma saudação aos leitores do site e ouvintes do podcast, que segue mais abaixo.
O último lançamento do selo MSP foi a graphic Bidu – Caminhos, que conta a história da vida de Bidu e Franjinha antes de se encontrarem e se tornarem melhores amigo. Eduardo Damasceno e Luis Felipe Garrocho são os responsáveis por mais esse lançamento, que tem na fila as graphics de Papa-Capim, Turma da Mata, e a continuação de Astronauta – Magnetar.
Ainda na sala apareceu Léo Lins, humorista e membro da equipe de Danilo Gentili no Talk Show The Noite do SBT. Ele estava na Bienal para sessão de autógrafos de seu novo livro Segredos da Comédia Stand Up, que trata da escrita de textos para fazer comédia Stand Up. Leo mandou uma bem-humorada mensagem para o Leitor Cabuloso.
Recado de Léo Lins:
Recado de Sidney Gusman:
Para finalizar, não vi a Cassandra Clare de novo. Álias, vi no telão mas estava correndo e nem deu pra tirar foto. Eu ia ficar pro início da palestra do Hugh Howey, onde tinha marcado de conversar com o pessoal do The White Robot, mas tava tão exausto que saí cedo e fui pra casa esticar as pernas. Fica pra próxima.
Dicas e Conselhos
- Você não vai conseguir ver todos os eventos do dia na Bienal. Isso é óbvio já que muito são ao mesmo tempo em diferentes espaços, mas se o autor X vai fazer autógrafos as 13:00 e o autor Y vai fazer autógrafos às 14:30, você também não vai ver os dois, pois precisaria estar na fila do Y na hora do evento do X. Não sei se fui claro, mas o ponto é, escolha bem quem quer ver, e chegue com uma boa antecedência. As senhas acabam rápido.
- Você vai se cansar, e vai ficar dolorido, dependendo do tempo que andar pelo local. Tem muitos lugares para sentar e descansar, mas eu aconselho subir no Espaço Imaginário, que tem no topo uma bela área com puffs e almofadas. Nos momentos em que não tiver evento, lá é o local ideal para descansar. Outra dica: Massagem. Tem um estande de massagem em cadeiras, que massageiam costas, pernas e pés e outro que oferece massagem com massagistas. O das máquinas custa R$ 2,00 cada 2 minutos por máquina. Olha minha alegria massageando as pernas:
E foi isso, dia fantástico na Bienal! Aproveitem que ainda temos mais vários dias, depois só em 2016!