Quem nunca temeu os ciganos? Ou melhor, quem nunca aprendeu a temê-los?
Stephen King – usando o pseudônimo de Richard Bachman – usa desse medo para criar o clima em A Maldição do Cigano. Nela, um advogado bem sucedido acaba imprudentemente atropelando uma senhora cigana. Com amigos no ramo e bastante conhecido na cidade Billy Halleck sai ileso, até mesmo sem alterações na pontuação de sua carteira. Só que ao sair do tribunal, é barrado por um cigano que lhe toca e diz somente: “mais magro”.
E é isso que passa a acontecer.
Billy é um homem acima do peso, na marca acima dos 100kg. De repente, sem fazer dieta ou exercícios, passa a perder mais de um quilo diariamente. No começo o emagrecimento é visto como uma coisa boa – emagrecer é bom, não é? – mas depois a ideia de uma doença grave lhe passa pela cabeça, porém tudo parece estar bem com o corpo de Billy. Até que ele tem de encarar o fato de que foi amaldiçoado e que irá emagrecer continuamente até morrer.
E como convencer seu médico e até mesmo a sua família de que não está doente, que na verdade é tudo culpa de um cigano que o amaldiçoou?
“Certos caras, muitos caras, não acreditam no que estão vendo, principalmente se isso for contra a maneira que querem comer, beber, pensar ou acreditar. Eu não acredito em Deus, mas se o visse acreditaria. Não andaria por aí dizendo: “Bem, isso foi um grande efeito especial”. A definição de um imbecil é um cara que não acredita no que vê.” – Pg. 290
A Maldição do Cigano conta a jornada de Billy Halleck que não via um cigano desde a infância e é amaldiçoado por um e ainda por cima têm de convencer esse cigano a perdoá-lo por assassinar um membro de sua família.
O livro tem toques de terror, mas eu consideraria mais um suspense em si muito bem trabalhado. Como prova, devorei o livro em 3 dias. O final é algo a la Stephen King, mas eu gostei. Foi de certa forma bem planejado. Esse livro é tão kingniano que eu fiquei pensando como ele conseguiu enganar com isso pseudônimo (outra coisa que não entendi foi a reclamação de alguns fãs pelo título, que pelo que vocês viram na resenha, tem tudo a ver com a história).
NOTA:
Autor: Stephen King (Richard Bachman)
Origem: Estrangeira
Título original: Thinner
Ano: 2010
Número de páginas: 421 (versão pocket)