Edição: 1
Editora: Novas Páginas
ISBN: 9788581633732
Ano: 2014
Páginas: 334
Sinopse:
ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez… A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa… E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.
Book trailer
Análise
Olá querido leitor! Em “Azul da Cor do Mar” da escritora mineira Marina Carvalho temos a história de Rafaela, ou Rafa para os íntimos, que nas suas férias escolares quando tinha onze anos, viu na praia de Iriri no Espirito Santo um garoto com uma mochila xadrez. Eles apenas trocaram um olhar, mas Rafaela nunca esqueceu daquele lindo par de olhos azuis.
Os anos se passaram e Rafaela nunca mais viu o menino da mochila xadrez e seus pensamente de um dia poder reencontrá-lo continuaram fortes, tão fortes que ela ainda mantém um diário que escreve constantemente para ele.
“Garoto da mochila xadrez,
o que esconde sob o mar?
Daria um dente para saber,
ou um braço, meus cabelos.
Tudo!
O que há naquele papel?
Atrás do seu límpido olhar?
Eu morreria para descobrir
E acabar com meus anseios.
Juro!
Reviraria o mundo para alcançar você.”
Agora com 21 anos Rafaela está quase se formando na faculdade de jornalismo e conseguiu um estágio em um dos maiores jornais de Minas Gerais, a única coisa que ela não contava era com seu colega de trabalho, o belo e mau humorado Bernado, ao qual terá que aturar durante todo o estágio.
Uma relação um tanto conturbada começa a surgir entre Rafa e Bernado que apesar de formarem uma bela dupla na área de jornalismo investigativa, vivem brigando por qualquer coisa. Motivado principalmente pela Cria de Satanás, como ela se refere a Bernado, que por se mais experiente e famoso no jornal, não quer ficar de babá para Rafaela, a nova e talentosa estagiária da área.
Mas e o garoto da mochila xadrez, será que um dia a Rafa vai encontrar ou esquecê-lo de vez? Você só saberá lendo, caro leitor.
Rafaela sem sobra de dúvida entrou na minha lista de personagen mais TAPADA do mundo literário. A garota que é tão inteligente, a melhor da classe de jornalista, vive mais caindo de cara no chão do que andando por cima dele. Além de possuir as atitudes mais impulsivas e burras que já vi em um chick-lit. Bernado não sai por menos, apesar de querer criar um carinho pelo personagem, não consegui, já que adora arranjar briguinhas bobas com a Rafa, apesar de ser 5 anos mais velha que ela, além de ter tido algumas atitudes ao decorrer da leitura que não me agradaram. Ou seja, os protagonistas do livro não conseguiram me cativar.
Outro pronto negativo, para mim em “Azul da Cor do Mar”, é a visão romantizada ou até inocente que a autora trata a carreira jornalistica. Em vários momentos do livro a autora, usando a personagem Rafaela, eleva o jornalismo a categoria de profissão que só relata a verdade absoluta sobre os fatos. E sabemos que não é bem assim, já que nesta profissão a manipulação e ocultação de notícias ou fatos é algo bem comum. Então colocar a personagem numa bolha onde todo mundo do jornal são pessoas bem intencionadas e que acham as atrapalhadas da Rafaela uma gracinha, que na maioria das vezes não são, me desagradou um pouco. Esperava que a Rafaela realmente enfrentasse as dificuldades que um jornalista iniciante enfrenta e não apenas achar que o mundo conspira contra ela por ter um parceiro cabeça dura.
Tirando esses pequenos perrengues que tive com a história, e achar a narrativa um tanto infantil para a faixa etária proposta no livro, a escrita da Marina Carvalho, é bem fluída e leve, tornando a leitora bem agradável. Um ponto bem bacana é que em cada começo de capítulo a autora colocou uma dica, de como escrever um texto jornalistico. Achei isso genial e até anotei alguns.
“Um bom texto jornalístico depende, antes de mais nada, de clareza de raciocínio e domínio do idioma.
Não há criatividade que possa substituir esses dois requisitos.”
A diagramação da Novo Conceito está impecável em “Azul da Cor do Mar”, além do excelente trabalho de revisão, a editora caprichou bastante nas páginas que são recheadas de figurinhas relacionadas ao enredo, deixando realmente o livro com cara de chick lit. Além de uma capa bem trabalhada com várias aplicações em rezina que ficou lindíssima. Apesar de achar que a capa não combina muito com o enredo do livro, mas…deixa para lá.
Sendo assim, “Azul da Cor do Mar” leva dois selinho e meio. Isso não quer dizer que o livro seja ruim, apenas não conseguiu me agradar e superar minhas expectativas. No entanto, recomendo para os leitores que gostaram de “Simplesmente Ana”, livro anterior da autora, que possui uma narrativa bem parecida. Então se você gostou dele é quase impossível não gostar de “Azul da Cor do Mar”. Fica a dica e boa leitura.
Nota: