Imagine nascer com características físicas e psicológicas de um idoso de 70 anos. Você olha ao seu redor e não consegue entender o porque de você não ser igual aos demais. Com o passar dos anos, conforme você vai envelhecendo, seu corpo começa a rejuvenescer. Agora você já tem dez anos, consegue se levantar e andar com o auxílio de uma bengala.
O tempo passa novamente….
Agora você já conhece caminhar tranquilamente…
Tudo bem que você aparenta ter 40 anos, você sabe que tem 20.
Imagine… imagine….
Imagine como as pessoas te observarão, te julgarão, não te entenderão….
E então, o que você vai fazer da sua vida?
Apresento a vocês:
O Curioso Caso de Benjamin Button
O Curioso Caso de Benjamin Button foi lançado no cinema em 2008, concorrendo, entre outros prêmios, a 13 Oscar. Desse total, foi premiado em três categorias: Melhores Efeitos Visuais, Melhor Direção de Arte e Melhor Maquiagem.
Protagonizado por Brad Pitt, como Benjamin Button e Cate Blanchett, como Daisy, o filme apresenta os dramas enfrentados por Benjamin, homem que nasceu em um corpo de bebê com características físicas de um idoso de 70 anos, e devido a isso foi abandonado por seu pai, sendo criado por Queenie (Taraji P. Henson), que cuida de um lar de assistência aos idosos. Enquanto criança, todos ao seu redor acreditavam em sua morte, mas com o passar dos anos, Benjamin surpreende a todos, se mostrando a cada dia mais forte e saudável: enquanto todos ao seu redor seguem o ritmo natural de envelhecimento, Benjamin rejuvenesce. A partir daí, Benjamin começa a viver a vida intensamente, permitindo-se e sendo permitido a buscar novas experiências e ter uma vida normal, inclusive apaixonando-se por Daisy, mulher de sua vida.
O filme além de curioso é no mínimo bastante reflexivo…. afinal de contas, quantas vezes em sua vida você ouviu alguém te julgar dizendo que você não era igual os demais e não podia fazer o que queria? Até quando você vai deixar de acreditar em si mesmo e deixar de se permitir ser feliz só porque os demais esperam isso de você? Por quanto tempo você deixará de viver toda a plenitude? E também….
VOCÊ SABIA QUE TEM LIVRO?
O filme “O Curioso Caso de Benjamin Button” é um baseado em um conto homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald, publicado pela primeira vez no começo da década de 20, na revista Collier’s.
Aqui no Brasil, você pode encontrá-lo em versões físicas e em versões digitais. A editora L&PM Pocket, disponibiliza as duas versões, a preços bastante acessíveis. A versão física conta com 41 páginas. Já a editora Presença lançou uma edição com a capa de um dos pôsteres do filme. Essa versão conta com 80 páginas. A editora Dracaena também possui sua edição com uma capa belíssima, com um total de 72 páginas. Se você é fã de quadrinhos, você pode aproveitar e ler também a versão em quadrinhos publicada pela editora Ediouro, que conta com belíssimas ilustrações, em um total de 128 páginas. Dá só uma olhadinha em algumas das capas disponíveis:
Lindas, não é mesmo?
O livro é extremamente prazeroso de ler. A leitura flui rapidamente, e por ser um livro de contos é de rápida leitura.
Mas não vá lê-lo com prejulgamentos. Apesar de contar a história de Benjamin, a versão de Fitzgerald é diferente da versão eternizada nas telonas. Alguns personagens que existem no filme não existem no conto, assim como algumas situações apresentadas no conto não existe no filme. Mas isso não tira o crédito de nenhuma das duas obras. Benjamin Button é uma história que merece ser conhecida, em todas as suas versões possíveis.
Ficou curioso?
Dá só uma olhadinha nos trechos que separei para você:
“Contarei o que aconteceu e deixarei que julguem por si mesmos.”
“Uma imagem grotesca surgiu, com terrível clareza, diante dos olhos do homem torturado, uma imagem de si mesmo a caminhar pelas ruas cheias de gente da cidade com aquela pavorosa aparição a andar silenciosamente ao seu lado. ‘Não posso. Não posso’, gemeu. O que eu diria às pessoas que parassem para lhe falar? Teria de apresentar este… aquele septuagenário: ‘Este é meu filho, nasceu esta manhã, cedo’.”
“Ele sentia-se tão intrigado como qualquer outra pessoa com a idade aparentemente avançada do seu corpo e do seu cérebro ao nascer. Leu a esse respeito no jornal médico, mas descobriu que nunca antes fora noticiado caso algum como o seu.”
“-Saia! – ordenou. – Saia da universidade e saia da cidade. É um louco perigoso.
– Tenho dezoito anos.
Mr. Hart abriu a porta. – O atrevimento! – gritou. – Um homem da sua idade tentando entrar aqui como calouro. Com que então, dezoito anos? Pois bem, dou-lhe dezoito minutos para sair da cidade.”
“Benjamin estremeceu. Uma mudança quase química pareceu dissolver e recompor os próprios elementos do seu corpo. Percorreu-o um calafrio, subiu-lhe o sangue às faces e à testa e sentiu um latejar constante nos ouvidos. Era o primeiro amor.”
“-Santo Deus! – exclamou, em voz alta. O processo continuava. Não restava dúvida alguma: parecia agora um homem de trinta anos. Em vez de encantado, sentiu-se inquieto: ele estava se tornando mais novo.”
“O seu destino parecia-lhe assustador, incrível.”
“-Na verdade – acrescentou -, seria melhor não continuar com essa ideia muito mais tempo. Seria melhor travar.”
E aí? Gostou? Vai ler o livro? Já leu? Nos dê sua opinião!
Logo logo tem mais aqui no “Sabia que tem livro?”.
Até a próxima! 😉
