As últimas palavras de 22 escritores

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Em comemoração ao Halloween, hoje o site está com uma série de posts especiais. Conheça as últimas palavras de alguns grandes nomes da literatura como Aldous Huxley, J. M. Barrie, Jane Austen e Edgar Allan Poe. Veja que mesmo na morte, alguns conseguem expressar brilhantismo e elegância.

1. Aldous Huxley

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Los Angeles, 22 de novembro de 1963. Aldous Huxley jazia em sua cama. Impossibilitado de falar escreve em uma folha de papel para a sua esposa: “LSD. 100 miligramas. Aplicação intramuscular”. O autor de Admirável Mundo Novo queria morrer em um estado de sua própria escolha. Ela injetou uma dose às 11:45 da manhã e outra algumas horas depois. Huxley morreu às 17:21, aos 69 anos.

2. Voltaire

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Em 30 de maio de 1778, em Paris, morria Voltaire. Sua frase célebre antes da morte foi direcionada a um sacerdote que lhe pedia para renegar o diabo.

3. Hunter S. Thompson

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Hunter S. Thompson se suicidou em 20 de fevereiro de 2005. Ele atirou na própria cabeça com uma espingarda. Em um bilhete ele se mostrava deprimido e sofrendo com muitas dores provocadas por uma cirurgia na bacia. Em suas últimas palavras, ele disse: “Relaxe, isto não vai doer”.

4. J. M. Barrie

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O autor de Peter Pan morreu de pneumonia. Antes de sua morte, ele concedeu ao hospital pediátrico Great Ormond Street os direitos sobre sua obra-prima. O mesmo hospital que anos depois organizou um concurso para produzir uma continuação do livro – nascendo assim Peter Pan Escarlate – ainda vive hoje dos royalties do livro. Em suas últimas palavras, ele declarou: “Eu não consigo dormir”.

Que saber mais sobre o J. M. Barrie e Peter Pan? Que tal ouvir o CabulosoCast #07 – Peter Pan que gravamos.

5. Johann Wolfgang von Goethe

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O autor de Os sofrimentos do jovem Werther, discutia com sua filha sobre a Teoria das Cores um dia antes de falecer, dizem que daí sua última frase ter sido: “Mais luz”.

6. Jane Austen

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Em 18 de julho de 1847, aos 41 anos morria Jane Austen. Dois anos antes ela começava a escrever Persuasão, no ano de sua morte começara os rascunhos de Sanditon, contudo devido a problemas de saúde precisou abandonar a obra. Foi levada a Winchester para tratamento médico, contudo vem a falecer naquele mesmo ano. Sua irmã a quem legou toda sua herança pergunta a Austen o que ela desejava, a resposta: “Nada mais que a morte.”

7. Edgar Allan Poe

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A morte de Edgar Allan Poe é um completo mistério. O autor do poema O Corvo foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não lhe pertenciam em um profundo estado de delírio. Foi levado ao Washington College Hospital, mas nunca conseguiu produzir um discurso inteligível que explicasse o que o levara a ficar naquele estado. Suas últimas palavras forma: “Senhor, por favor, ajude minha pobre alma”.

8. Anton Chekhov

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A morte de Chehov é um dos maiores temas da literatura. Ela foi reescrita e fantasia por muitos autores, contudo sua esposa, Olga, fez um relato dos últimos momentos do marido:

Anton sentou-se extraordinariamente ereto e disse em voz alta e clara (embora ele não soubesse quase nada de alemão): Ich sterbe (“Estou morrendo”). O médico acalmou-o, pegou uma seringa, deu-lhe uma injeção de cânfora, e pediu champanhe. Anton tomou um copo cheio, examinou-o, sorriu para mim e disse: ‘Fazia um bom tempo que não bebia um copo de champanhe.’ Ele bebeu, e inclinou-se suavemente para esquerda, e eu só tive tempo de correr em sua direção e de colocá-lo na cama e chamá-lo, mas ele tinha parado de respirar e estava dormindo tranquilamente como uma criança… (fonte: Wilkipédia)

9. Leo Tolstói

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Tolstói morreu de pneumonia e seu caixão foi acompanhado por milhões de pessoas. Ele deixou de lado uma vida de luxo para viver ao lado de pessoas simples e suas últimas palavras demonstram isso claramente: “Eu amo muitas coisas, eu amo todas as pessoas…”.

10. Henry David Thoreau

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Admirado em vida por Tolstói, teve um de seus texto A Desobediência Civil, indicado por carta a um jovem indiano chamado Mahatma Ganghi. Suas últimas: “Alce… indiano”, são um mistério até hoje.

11. James Joyce

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James Joyce é sem sombra de dúvida um dos autores mais estudados de todos os tempos. Sua obra-prima, Ulisses, está imortalizada como umas das obras máximas do século XX. Ele morreu durante uma cirurgia, segundo relatos da época, diante da esposa e do filho. Suas últimas palavras: “Será que ninguém entende?”

12. Emily Dickinson

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“Devo ir; a neblina está aumentando”. Frase de Emily Dickinson após passar sete meses confinada numa cama devido a “apagões”.

13. Washington Irving

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Oito meses após completar o último volume da biografia de George Washington, em 28 de novembro de 1859, Irving morre de ataque cardíaco em seu quarto. Rés a lenda que naquela noite ele teria dito: “Bem, eu devo organizar meus travesseiros para uma outra noite. Quando isso vai ter fim?”

14. Lord Byron

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O ícone do movimento romântico, Lord Byron, morre em 19 de abril de 1824 no meio da Guerra pela Independência da Grécia devido a uma febre. Sua última frase: “Agora, eu vou dormir”.

15. Lady Mary Wortley Montagu

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Apesar de morar boa parte de sua vida na Inglaterra, vem a falecer em sua casa em Londres.

16. Franz Kafka

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Frans Kafka vem a falecer no sanatório de Kierling em 03 de junho de 1924. Sua frase: “Mate-me ou será um assassino”, foi dirigida a um médico que se negava a lhe dar uma dose letal de morfina. A morte de Kafka é outro enigma da literatura, pois apesar de sobre de tuberculose desde 1917, a causa oficial da morte foi insuficiência cardíaca.

Quer saber mais sobre Franz Kafka? Então ouça o CabulosoCast #29 – Uma barata chamada Kafka que nós gravamos.

17. Elizabeth Barret Browning

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Elizabeth B. Browning faleceu em 29 de junho de 1861, em Florença. Quando perguntada como se sentia, ela respondeu: “It’s most beautiful”.

18. Eugene O’Neill

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O’Neill foi diagnosticado com parkinson, doença que o impossibilitou de exercer seu ofício. Morreu em 1953, em um hotel em Boston, vítimas de tuberculose. Alegam que ele teria dito: “Eu sabia, eu sabia. Nasci em um quarto de hotel, maldito seja, morri num quarto de hotel.”

19. Charlotte Brontë

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Irmã mais velhas das irmãs Brontë, Charlotte havia casado recentemente e esperava o primeiro filho quando morreu. A causa de sua morte é muito contestada, afirmam que ela sofria desmaios constantes e náuseas permanentes. Na sua certidão de óbito, a causa da morte foi tuberculose, contudo muitos biógrafos afirma que ela morrera por desidratação e subnutrição devido aos constantes enjoos que sentia. Outros, dizem que pegaram febre tifoide com uma emprega. Em seu leito de morte, ela afirmou: “Oh, eu não vou morrer, não é?  Ele não vai nos separar. Nós temos sido tão felizes”.

20. Truman Capote

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Um amigo presente na hora, afirmou que Capote disse: “Sou eu. Sou eu Buddy… Estou com frio”.

21. Lewis Carroll

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O autor de Alice no país da maravilhas morreu em 14 de janeiro de 1898. Ele teria dito: “Tire os travesseiros. Não vou mais precisar deles”.

Quer saber mais sobre Lewis Carroll? Ouça o CabulosoCast #63 – Alice no país das maravilhas que nós gravamos.

22. O. Henry

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O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, foi acusado de desfalque em um banco e fugiu para Honduras. Retorna para o Texas, ao saber da doença terminal da esposa que continuava a morar no local. É preso, sentenciado e condenado a quatro anos na prisão de Ohio – período em que começa a escrever. Liberto, muda-se para Nova York, vive recluso com medo de ser reconhecido pelo seu passado na prisão. Morre alcoólico e na miséria. A ele é a atribuído a frase, possivelmente dita em seu leito de morte: “Acendam as luzes. Eu não quero ir para a casa no escuro”.

Via Buzzfeed