Conto: Seis

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ilusao-grande

Por Danton Brasil

Ela entrou no salão. No seu salão, onde só ela poderia entrar, onde só ela estaria lá. Tão recluso porém aberto. A sujeira que estava em seus pés servia de testemunha sobre o que havia passado, tanto quanto a poeira em seu cabelo. Ela acha que isso é melhor rápido, mesmo podendo ser feito mais lento e agradável, em pequenas outras doses. Seus lábios beijam o metal, que frio, nada diz. Há um Anjo a sua espera, pronto para lhe mostrar o caminho que tanto ela procurou, por tantos tijolos, por tanto tempo. Ele nunca falou nada, e nasceu junto com a ideia, como um urubu espera sua presa. Os passos são contados, por quem ela não sabe dizer. Ela nunca soube nada. E ela rodou, várias vezes, o tambor. Uma única chave, mas no final de que contagem?

Um. (Click)

a chave da felicidade?

Dois. (Click)

ou a felicidade nunca precisou de chave?

Três. (Click)

o fim de toda enfermidade?

Quatro. (Click)

ou o começo da mais cruel?

Cinco. (Click)

o Inicio do Fim?

ou apenas outro início?