Por Danton Brasil
Ela entrou no salão. No seu salão, onde só ela poderia entrar, onde só ela estaria lá. Tão recluso porém aberto. A sujeira que estava em seus pés servia de testemunha sobre o que havia passado, tanto quanto a poeira em seu cabelo. Ela acha que isso é melhor rápido, mesmo podendo ser feito mais lento e agradável, em pequenas outras doses. Seus lábios beijam o metal, que frio, nada diz. Há um Anjo a sua espera, pronto para lhe mostrar o caminho que tanto ela procurou, por tantos tijolos, por tanto tempo. Ele nunca falou nada, e nasceu junto com a ideia, como um urubu espera sua presa. Os passos são contados, por quem ela não sabe dizer. Ela nunca soube nada. E ela rodou, várias vezes, o tambor. Uma única chave, mas no final de que contagem?
Um. (Click)
a chave da felicidade?
Dois. (Click)
ou a felicidade nunca precisou de chave?
Três. (Click)
o fim de toda enfermidade?
Quatro. (Click)
ou o começo da mais cruel?
Cinco. (Click)
o Inicio do Fim?
ou apenas outro início?