Hugo foi um livro que li em apenas uma tarde. Quando você o tem em mãos isso parece impossível. São 534 páginas! Mas ao abri-lo você entende o porquê: apenas 175 páginas são texto. O restante são lindas imagens que completam o livro. Muitas das vezes são os desenhos que nos contam a história.
Hugo é um menino órfão que vive na estação de trem. Nem sempre foi assim, ele já teve um pai que era um ótimo relojoeiro que amava filmes e sempre levava Hugo ao cinema, mas um acidente aconteceu e Hugo foi morar com o tio que era responsável pelos relógios da estação. Um dia, sem mais nem menos, o tio de Hugo desapareceu. Como ele não era bom para o menino, este não ligou muito e até preferiu assim. Agora Hugo vive sozinho e cuida dos relógios para que ninguém desconfie que seu tio não está mais por ali.
A única alegria da vida de Hugo é um presente deixado pelo pai. Um autômato. Só que o autômato está quebrado e Hugo tenta consertá-lo verificando os desenhos do caderno, também deixado pelo pai. Para isso, ele precisa de peças e então rouba a loja de brinquedos do Sr. Georges, mas isso não dura muito. Hugo é pego e Georges descobre o caderno. Horrorizado pelo seu conteúdo, o toma do menino dizendo que irá queimá-lo.
Hugo fica desesperado. O caderno é o único jeito de consertar o autômato! E o autômato é a única coisa que tem de lembrança do pai. Porém, Isabelle, a sobrinha de Georges diz que pode ajudá-lo. O que o autômato fará quando for consertado? E por que Georges ficou tão chocado ao ver os desenhos no caderno?
A Invenção de Hugo Cabret é um livro para os apaixonados pelo cinema. Nele temos muitas informações sobre filmes antigos que marcaram a vida de crianças da época, como acaba acontecendo com Hugo.
A Adaptação
A Invenção de Hugo Cabret ganhou uma adaptação em 2011 chamada “Hugo” dirigida por Martin Scorsese. Quem interpreta Hugo é Asa Butterfield, Isabelle é Chloë Moretz e Georges é Ben Kingsley.
Assisti o filme há algum tempo e pela lembrança que tenho ele é uma ótima adaptação. Tem algumas diferenças, claro. Por exemplo: no filme, o inspetor da estação, o qual Hugo tem um grande temor tem muito mais participação. No livro ele é citado e só aparece realmente no final em uma cena crítica, mas no filme ele é apresentado desde o início. Isso acabou trazendo mais cenas de perseguições para o filme o que, na minha opinião, não atrapalhou. Não só o inspetor, mas a vida de pessoas que vivem diariamente na estação nos são mostradas no longa.
O filme completa o livro e acho que isso é raro e ótimo quando acontece. As duas mídias valem muito a pena. São ambas emocionantes – nesse caso, principalmente o filme – e com uma bela história.
NOTA:
Ficha Técnica:
Editora: Edições SM
Autor: Brian Selznick
Origem: Estrangeira
Título original: The Invention of Hugo Cabret
Ano: 2007 (1ª edição)
Número de páginas: 534
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