O Deus da Guerra escolheu o mortal Kratos como seu arauto na terra. Usando de brutalidade e sanguinolência inimagináveis para um ser humano, o braço direito de Ares derrota exército após exército. Conduzido a uma aldeia dedicada a Deusa Atena, Kratos não mede esforços para destruir qualquer pessoa que não se ajoelhe perante o grande Deus da Guerra. Contudo ele iniciará sua queda nesta simplória aldeia, que vai levá-lo a se rebelar contra aquele que um dia fora seu amo e senhor.
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Análise da obra:
Comprei God of War no mesmo dia que comprei meu PS2. Cheguei em casa, instalei meu novo vídeo game com uma grande satisfação e comecei a jogar. O problema foi que não conseguia parar e quando parava, não importava o que fizesse só tinha um pensamento: preciso de mais! O jogo me deixou viciado durante um bom tempo, assim que zerei o 1º God of War fui atrás do 2º… imaginem minha felicidade quando soube que a editora Leya havia publicado um livro do jogo? Enquanto folheava as páginas escritas pelos Matthew Stover e Robert E. Vardeman comecei a rememorar os momentos em que fui Kratos. Foi saboroso! Recordei fases que demorei para solucionar os quebra-cabeças, fases que morri vergonhosamente, mas também lembrei deles momentos em que consegui transpor um adversário ou “quando consegui entender o que o jogo queria que eu fizesse”.
Antes de me deleitar sobre aqueles páginas, uma pergunta martelava em minha cabeça: será que quem não jogou o game vai se sentir desnorteado? A resposta veio através da própria forma que a narrativa é construída. Em muito momentos do jogo, somos levados a lugares ou postos em situações que em muitos casos não nos são deveras explicadas (ou não paramos para ler todos os textos escondidos nos recantos mais obscuros do game) e este é o grande trunfo do livro: conseguir contextualizar situações que no jogo são um pouco gratuitas. Acho que quem lê primeiro o livro e em seguida jogar God of War terá uma experiência fantástica. Fora que os próprio autores conseguiram soluções prática para certos artifícios do jogo.
Por exemplo, quem conduz Kratos pelo game não consegue compreender o real esforço que aquele espartano está fazendo para atingir seus objetivos. No jogo, simplesmente vamos matando inimigos e ganhando vitalidade, no livro, não; Kratos é ferido, queimado, multilado… e é brilhante a forma que os escritores encontraram para justificar sua cura. Houve outro questionamento durante a leitura: será que eles irão descrever o jogo arrisca? Ainda bem que não. Existem cenas onde vemos as articulações dos deuses para favorecer ou criar obstáculos para Kratos e isto não é visto no game o que enriquece a obra e faz com que quem já jogou God of War possa ter uma nova experiência mesmo sabendo do enredo principal.
E o livro tem defeitos? Se tem não percebi. Estava embriagado na nostalgia de poder vivenciar em novo formato um dos melhores games que já joguei.
Achei que o trabalho da Leya foi impecável. Desde a escolha da tradutora – ninguém mais, ninguém menos que Flávia Gasi, figurinha conhecida e bastante respeitada no mundo dos gamers passando pelas folhas em papel cuchê que proporcionam uma leitura rápida e fácil do livro, outro ponto a se destacar é a fonte; o volume (383 páginas) são a soma das dimensões do livro mais o tamanho da letra, logo a grossura de God of War é apenas uma questão de formatação.
Para não dizer que é a obra é perfeita, critico a capa. Usar a mesma ilustração que estampa o Dvd do jogo para a capa do livro pode até ter sido uma belíssima jogada de marketing, mas, para mim, poderia ser melhor explorada. O jogo traz belíssimas ilustrações, basta você procurar pelo google images e verá o que digo. Mas minha crítica acaba aqui. E é um ponto de vista tão pessoal que considero injusto retirar um ponto do livro devido a isto.
Avaliação:
Dou 5 selos cabulosos, claro! Se você não jogou, leia o livro e depois jogue o game; se você já jogou God of War então prepare-se para aprofundar-se no universo do furioso espartano Kratos e compreendendo detalhes importantíssimos que escapam a dinâmica do jogo. Com um texto saboroso, uma leitura rápida (pode-se lê-lo no fim de semana tranquilamente), God of War é uma ótima pedida para você que é fissurado em games ou que gosta de um bom livro onde ação, combates épicos e mitologia desfilando perante seus olhos.
As chamas das Lâminas do Caos estão queimando assim como o desejo de vingança no coração de Kratos.
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