Saudações, caros leitores! Recentemente, publiquei a resenha de “Insólito – Microalucinações” (para ler, clique aqui) e agora trago o autor para um bate-papo descontraído!
Olá, Paulo, como você está? Retornando de uma viagem ao Insólito, estou aqui para lhe entrevistar. Podemos ir às perguntas ou você quer dizer algo antes?
P.F: Gostaria de agradecer a oportunidade e o grande trabalho de divulgação da literatura nacional que o Leitor Cabuloso vem fazendo, dando voz a autores e editoras dos mais diversos portes e estilos.
1 – Como surgiu o seu interesse pelo minimalismo textual e como foi o processo de criação de “Insólito – Microalucinações”?
P.F: Meu interesse pelas micronarrativas nasceu em um exercício textual proposto pelo autor Luiz Roberto Guedes em uma oficina. Criar histórias completas em poucas linhas pode até parecer fácil à primeira vista, porém, para que elas efetivamente funcionem enquanto histórias, é necessário um bom nível de síntese e lapidação do texto. Logo percebi que as micronarrativas se adequavam bem ao formato de microblog do Twitter, e resolvi postar os resultados em meu perfil. A partir daí, não demorou muito para que a prática adquirisse o nível de obsessão. Ao longo de quase dois anos, fui produzindo e postando. Até que o Wilson Gorj me convidou a transformar o melhor dessa produção em um livro. Foi assim que o Insólito nasceu.
2 – O que você achou do resultado final da obra? O feedback dos leitores lhe surpreendeu?
P.F: É interessante ver o material editado e fora do contexto do Twitter, onde as pessoas parecem captar melhor o conceito. Já recebi todo tipo de feedback sobre o livro, desde “não entendo quase nada do que você escreve, mas parabéns pelo livro”, até aqueles que descobrem nos textos novas camadas, algumas das quais eu sequer me dei conta. Gosto muito de ver as diversas interpretações acerca da natureza das histórias ou de seus significados simbólicos ocultos.
3 – Você já tem planos de publicar uma nova “visita” ao terreno dos microcontos em breve?
P.F: Nem tudo o que se escreve merece ser publicado. Tenho muitos microcontos guardados na gaveta, porém ainda não o suficiente para uma nova coletânea. Minha próxima incursão no universo das micronarrativas será na exposição/instalação #Tuiteratura, um projeto ousado da Giselle Zamboni que estará em cartaz no SESC Santo Amaro a partir de 25 maio, e no qual serei um dos autores expostos.
4 – Para terminar esta breve entrevista com chave de ouro, poderia presentar o blog e os seus leitores com um microconto inédito? Depois, deixo espaço para você falar o que quiser.
P.F: O padre sentiu que não sobreviveria àquela mordida. “Pai-nosso… que estais… no cé…REBROOO!”. Já não era mais ele que caminhava.
Obrigado, mais uma vez, pela oportunidade e um grande abraço a todos os leitores do Leitor Cabuloso!
Abraços, sucesso em sua carreira como escritor e demais empreendimentos pessoais! Conte com o Leitor Cabuloso!
Onde encontrar o Paulo Fodra no ciberespaço?