Saudações, caros leitores! Depois de resenhar o livro “Cinco Luas”, aqui está uma entrevista que o autor Ronaldo Cavalcante, parceiro do blog, nos concedeu. Mas essa não é a unica coisa que trago, leiam o post e terão uma surpresa no final!
Olá, Ronaldo, tudo okay contigo? Vamos começar a nossa conversa?
Tudo ótimo, Ednelson.
Vamos sim.
1 – Você é formado em Educação Física e por amor às letras dedicou-se a lançar um livro, o que a realização desse sonho significa para você?
Significa superação, Ednelson. Nunca pensei que pudesse escrever um livro até tentar, e nunca imaginei escrever algo publicável. Sempre me dei muito bem com a língua portuguesa e AMO ler, o que tornou as coisas mais fáceis e, creio eu, são dois fatores imprescindíveis para qualquer um que queira escrever, não é?
Dentro da Educação Física, principalmente na área que atuo, ginástica e musculação, foi uma realização um tanto quanto impactante. Até hoje tenho alunos que se assustam ou mesmo duvidam quando falo que sou escritor, e os que apenas se admiram pensam que escrevi algo dentro da área de saúde e não um romance/ficção. Não culpo ninguém, a Educação física é mesmo uma área muito estereotipada, por vezes resumida a músculos, suor e perda de peso. Fico extremamente feliz de quebrar essa percepção e mostrar que em qualquer área existem profissionais multitalentosos.
2 – Como a ideia para “Cinco Luas” nasceu?
Nasceu de um modo até bastante comum hoje em dia. De uma campanha de RPG.
Na verdade já tinha bastante vontade de sentar e escrever algo, qualquer coisa, apenas escrever, mas nunca tive motivação para isso.
Nosso mestre um dia colocou no papel um trecho da nossa aventura, achei aquilo muito legal e tudo mais, mas vi que faltavam algumas falas, algumas descrições. Pedi permissão a ele para mudar. O resultado foi que ficou melhor segundo a opinião do grupo.
Resolvi sentar e escrever um conto.
E foi assim que Cinco Luas nasceu, escrevi esse conto (primeiro capítulo) e já na metade tinha decidido o título. Dez páginas, mas dez páginas que renderam mil ideias diferentes. Fui dando continuidade a história à medida que ia escrevendo. Tive que parar porque estava ficando muito grande, tirei algumas coisas e terminei com 500 páginas.
3 – Uma das características que mais me cativou nos protagonistas foi o modo natural (xingam, erram, ficam inseguros, matam etc), quase como anti-heróis, e gostaria de saber como foi dar vida aos Guardiões.
Não precisei dar vida aos Guardiões porque não foram criados do nada, Ednelson. Todos eles (os cinco principais) existem e fazem parte do meu grupo social. Ok, não são de longe fiéis à realidade, mas algumas características são verdadeiras, ou mesmo exageradas, ou encaixadas ali para torná-los mais interessantes. É como eu brinco com eles quando um conhecido meu ou deles pergunta o porquê de não ter deixado os personagens mais fiéis e eu respondo: “porque todos eles são muito chatos e se eu não incrementá-los o livro não vende”. (amo vocês, guys ^^)
Quanto à construção dos demais Guardiões e Soberanos foi tudo da minha cabeça mesmo, apesar de alguns leitores insistirem que boa parte deles também faz parte da minha lista de conhecidos, principalmente os vilões. Eu seria uma pessoa terrivelmente infeliz se tivesse pessoas desse tipo perto de mim hehehe.
O lance do anti-herói, Ednelson, sempre me chamou a atenção. Heróis perfeitos não existem, e se existem morrem muito rápido. Os Guardiões são escolhidos para receber um poder colossal, mas antes disso acontecer são pessoas normais, com problemas normais e pensamentos únicos. Além de tudo são racionais, não adianta jogar pela regra do herói ou pela ética se o inimigo não faz o mesmo. Porque dar-se essa desvantagem e por tudo a perder?
Sei que no exemplo que vou dar agora o esquema todo gira em torno do marketing e venda, mas se os X-Men já tivessem dado um fim na metade dos seus vilões, os homo-sapiens e os homo-superiores estariam em um mundo melhor.
Cinco Luas é assim, Os Guardiões tem poucas escolhas. Tentar poupar um inimigo pode custar sua vida, a do seu planeta e todos os habitantes. Assim como a piedade pode fazer o mesmo em algumas situações, mas hoje em dia quem vê isso?
4 – Como está sendo o feedback dos leitores?
Graças a Deus muito boa. Tenho vários e vários comentários positivos sobre o ritmo da história, principalmente sobre as lutas. Muitos dizem que já tem cara de filme, hehehe, (tomara que estejam profetizando sobre mim) com muitas cenas boas e trechos que fazem o leitor ter a sensação de estar ali dentro com os Guardiões. Os melhores feedbacks são de leitores que nunca tinha lido ficção ou já tinham desistido desse tema e com a leitura de Cinco Luas isso foi reavivado. É extremamente incentivador isso. Não deixo de lado os que adoram esse tema, público que por vezes é mais difícil de agradar, pois já tem uma bagagem fantástica grande, né? Receber um “li em dois dias” “aquela parte me arrepiou” “umas das cenas de ação mais iradas que já li” de leitores de fantasia e ficção é de tirar as palavras.
Felizmente e infelizmente tenho só reclamações sobre alguns erros que se repetem durante o texto, mas já conversei com a editora e isso será resolvido.
5 – No desfecho, cria-se espaço para uma continuação, ela existirá?
Existe e está quase pronta. Creio que ficará maior que Cinco Luas.
Quem finaliza o livro sabe que tem muita coisa para se resolver ainda. Fora aquela sensação melancólica de deixar os Guardiões prematuramente, não é? hehehe
6 – Quais as suas influências criativas?
Basicamente tudo o que leio e assisto. As músicas das minhas aulas me influenciam bastante, de uma forma que não consigo explicar direito, só quem curte muito música sabe. No meio da aula, às vezes, saio correndo para o celular para anotar uma ideia que surgiu. Minhas alunas já estão acostumadas.
Impossível não se inspirar com a criação de outras pessoas, não é? Livros, filmes, mangas, etc.
7 – Qual o último livro que você leu e o que achou?
Estou lendo Festim dos Corvos, quarto livro das Crônicas do Fogo e Gelo. E depois de passar pela avalanche de emoções do terceiro livro, magnífico ou fantástico são palavras muito aquém do que merece a obra.
Antes dele li 50 Tons de Cinza, mas foi uma leitura arrastada, quase desisti. Mas achei no mínimo diferente.
8 – Se acontecesse uma invasão alienígena agora, qual superpoder você gostaria de ter? Por quê?
Com certeza telecinese. Simplesmente porque é um dos poderes mais sinistros que alguém pode ter, como a Fênix: telecinese a nível celular. Fodástico, não? Todos os poderes elementais me atraem também hehehe
9 – Antes de finalizar o bate-papo, deixo espaço para você falar o que quiser…
Quero agradecer a todos os meus leitores. O entusiasmo de vocês é tão inspirador quanto os fatores que citei acima.
Agradeço muito aos blogs de literatura, especialmente ao Leitor Cabuloso que gosto tanto e acompanho. O trabalho de vocês é muito nobre e ajuda muito os novos autores além de ótimas dicas de leitura pra todo mundo.
Não deixe que o que quer que você faça o impeça de escrever, pintar, cantar, tocar. Não é porque não “combina” que você não deve fazer o que gosta.
Agradeço em nome da equipe do blog por conceder esta entrevista, abraços e sucesso para você!
Eu que tenho a agradecer.
Sucesso para todos nós.
Um abraço constritor de Balor a todos. ^^
Promoção:
Agora a hora mais feliz! Não, não é a hora do lanche…bem, na verdade pode até ser interpretada dessa forma, considerando que os livros são alimentos para o espírito. Enfim, como o título do post diz, também acontecerá uma promoção! O Ronaldo Cavalcante cederá DOIS exemplares do livro Cinco Luas + Marcadores para dois sortudos! Demais, não?! As regras são simples, basta ATENÇÃO!
Regras:
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Observações:
- Há outras opções para acumular “entradas”, mas são opcionais!
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- Tentativa de trapaça implicará em desclassificação automática!
- O ganhador precisa ter um endereço de entrega no Brasil!
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