Sinopse: Primeiro livro escrito por George R. R. Martin, autor da renomada série As Crônicas de Gelo e Fogo, foi premiado com os principais prêmios do mundo de fantasia e ficção científica. Desde essa primeira história o autor já mostra o que o tornaria mundialmente famoso, seus personagens que não são nem vilões, nem heróis, mas sim seres complexos como todos nós. Um planeta está prestes a morrer, seu caminho se afasta das estrelas que trazem vida àquele lugar. Suas 14 cidades, construídas rapidamente quando o planeta passou por perto de uma grande estrela, também estão moribundas. Worlorn não é o planeta que Dirk t’Larien imaginava, e Gwen Delvano não é mais a mulher que conhecera. Ela está ligada a outro homem e a esse planeta moribundo preso no crepúsculo, seguindo em direção à noite sem fim. Em meio à paisagem desoladora, há um violento choque de culturas, no qual não há códigos ou honra e uma batalha se espalhará rapidamente.
Uma história de amor, mas não se limita a isso.
Existe um planeta que foi poucas vezes observado ou notado. Era um planeta congelado e morto, até que um cientista descobre que ele irá passar próximo a Roda de Fogo, seis sóis, estrelas de fogo que circulam em volta de uma bem maior, conhecida como o Satã Gordo.
Assim sendo o planeta irá descongelar, nascer. Ele foi batizado de Worlorn e então o Festival da Orla começou. Mundos humanos foram chamados e cada um criou uma cidade em Worlorn que estariam sempre em festa. O Festival durou 10 anos. Após isso o planeta começa a se afastar do Satã Gordo e ser frio novamente, logo vai estar completamente morto e as 14 cidades foram quase que totalmente abandonadas. Worlorn ainda não morreu, mas está moribundo.
É para lá que Dirk t’Larien viaja para cumprir uma promessa. Carrega junto dele uma jóia, lembrança de um amor antigo. A jóia lhe foi enviada como um pedido “venha” e ele foi atrás de Gwen, sua Jenny.

Ela é ecologista e está acompanhando a mudança do planeta, vendo como os animais e plantas reagem quando percebem que sua casa está morrendo.
Chegando Dirk descobre que Gwen está casada, mas não é um casamento comum e ela não se sente à vontade. Está casada com um Alto Kavalariano e esse povo tem seus costumes. Por exemplo: a ela é dado o nome de betheyn que significa literalmente esposa-escrava. Seu marido possui um teyn, uma espécie de guarda-costas, protegido, mas são como irmãos e ligados a vida toda e o teyn pode “compartilhar” da betheyn.
Jaan, marido de Gwen, está em Worlorn com o seu teyn, Garse, para protegê-la. Acontece que há outro grupo de kavalarianos, conhecidos como Braith, que são muito tradicionais e ainda praticam costumes antigos. Um desses é caçar qualquer um que não seja kavalariano. Os chamam de Quase-Homens como se fossem outra espécie não-humana. Os matam e tomam a cabeça como prêmio.

Jaan do grupo Jadeferro é de mente mais aberta e tenta convencer os demais que esses costumes são horríveis e ultrapassados. Ele tenta proteger todos que ainda teimam em morar em Worlorn e isso irá incluir Dirk que assim que o encontra, recebe o aviso: “Mas eu existo. Lembre-se disso, e poderemos ser amigos”.
Agora Dirk encontra-se com uma Gwen muito diferente do que se lembra e ela não parece que está a fim de correr para seus braços. É tudo muito mais complicado do que imaginou. E ele também pode ser caçado e se quiser ser protegido deve ser korariel, uma das várias palavras kavalarianas que significam “propriedade”.
Disse que a história não se resume na relação de Gwen e Dirk. Pra quem leu As Crônicas de Gelo e Fogo sabe que Martin tem um talento para criar povos e costumes e este talento está muito presente em A Morte da Luz.

Os Kavalarianos que parecem não conhecer as palavras amor ou amizade. É tudo uma questão de posse. Os duelos e suas regras que acontecem entre eles. Tudo é tão bem criado que logo nós estamos vivendo na leitura aquele código.
E o cenário também não deixa a desejar. Cada cidade criada por um povo mantém suas características. A minha favorita é uma onde existem torres estrategicamente posicionadas para quando o vento as sopre uma música triste ser tocada.
Martin com sua criatividade para criar mundos e raças nos transporta diretamente para aquela cultura e nos pegamos pensando se aquilo é mesmo errado, se quebrar o código é certo, se Dirk tirar Gwen de Jaan é a melhor opção.
Quando comecei a leitura, fiquei com o pé atrás por causa da nota do livro no Skoob que é 3.6. Agora que li penso que talvez o final não tenha agradado a todos. É um final triste, mas não é o final triste comum em histórias de amor, então isso não é um spoiler, mas para mim foi convincente depois de tudo o que aconteceu. Por isso o livro leva 5 selos cabulosos. Uma leitura bem gostosa que ao final concordei com a indicação na contra-capa: “Algo especial manterá Worlorn e seu povo na mente dos leitores muito tempo depois que a página final for lida”.
NOTA:
Ficha Técnica:
Editora: Leya
Autor: George R.R. Martin
Origem: Estrangeira
Título original: Dying of the light
Ano: 2012
Número de páginas: 336
Skoob



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![[Resenha] Olhos d’água – Conceição Evaristo Capa do livro. Ilustração do rosto de uma pessoa, mostrando apenas o olho, ocupando toda a capa, o olho é castanho, e a pele em tom marrom, tons azuis abaixo do olho mostram que a pessoa está chorando. O fundo é branco. No topo o nome da autora, e logo abaixo o título do livro em azul.](https://leitorcabuloso.com.br/wp-content/uploads/2022/08/OlhosDagua-Site-696-390.jpg)
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