E chegamos ao final da 1ª temporada de Once Upon a Time. A série parece que movimentou não apenas os fãs, mas também a mídia já que a protagonista Emma, Jennifer Morrison, veio ao Brasil em maio deste no. A série possui uma premissa muito interessante, porém (como disse em outro post) não é tão inovadora assim, pois lembra uma série de HQ chamada Fábulas.
Em Once Upon a Time, Emma é a filha da Branca de Neve e do Príncipe Encantado. Enviada ao nosso mundo para salvar os seres dos contos de fadas de uma terrível maldição lançada pela Bruxa Má. Os seres são trazidos para o nosso mundo e suas lembraças do que foram são completamente apagadas. Henry, o filho da Prefeita que é a Bruxa Má, parece ser o único a saber da maldição e procura sua mãe biológica, Emma que o abandonou ainda bebê, para fazê-la cumprir o seu destino. E assim Emma é levada a Storybroke, lá é onde tudo acontece…
Sem rodeios, digo que achei a série insossa. Em muitos momentos, os dramas mundanos dos personagens são o foco dos episódios me dando a sensação de estar assistindo a uma novela do que a uma série com personagem de contos de fadas. O romance chiclete (estilo vai e vem) entre Mary Magaret (Branca de Neve) e James (Príncipe Encantado) é de dar sono. As briguinhas entre Emma e a Prefeita são copiadas das nossas novelas das oito de tão clichê e previsível os resultados (a prefeita sempre leva a melhor e sempre parece estar um passo a frente da protagonista, menos no final onde o “amor vence o mal”).
Eu ia dizer que essa série foi uma grande perda de tempo e achava que as pessoas estavam fazendo tempestade num copo d’água…, mas eu disse que “ia dizer”…
O “porém” acontece a partir do episódio 16 (sim você precisa assistir a 15 capítulos de dormir até chegarmos ao que interessa). Depois desse episódio, a trama ganha um ritmo tão frenético e tantas reviravoltas começam a acontecer que até me fizeram esquecer os insalubres episódios anteriores. E o desfecho, para mim, foi satisfatório, pois o roterista me surpreendeu.
Em vários momentos, fiquei a pensar em Once Upon a Time seria uma daquelas séries que começam a inserir tantos
mistérios para alongar as temporadas que teríamos um final ao estilo Arquivos X ou Lost, contudo quem a escreve tomou um caminho mais cauteloso, criou um arco para a 1ª temporada e ao longo deste arco foi colocando elementos para uma possível 2ª temporada que me deixo… é!, tenho que admitir, curioso.
Portanto, a série demora para engrenar e como possui uma 1ª temporada fechada acaba dependendo do gosto do freguês.
Um destaque dela é o ator Robert Carlyle, que interpreta Rumpelstiltskin na série. Seu talento e trejeitos derão ao personagem um ar encantadoramente diabólico. Ele é aquele personagem dúbio que parece jogar em todos os lados para alcançar objetivos próprios, apesar de ser um vilão, o ator dá uma profundidade que nos faz querer acompanhar seus passos de perto. Os capítulos em que conhecemos mais sobre Rumpelstiltskin dos contos de fadas são imperdíveis e envoltos numa aura de mistério.
A série tem um atrativo em particular. O que ela faz com Rumpelstiltskin, também é feito com os demais contos de fadas, ou seja, ficamos sabendo mais da vida deles no universo do faz-de-conta. Por exemplo, você sabia que o Zangado, o anão, na verdade se chamava Sonhador? Pois é, estas e outras revelações são feitas intercalando conto de fadas/mundo real, foi por essa motivo que não abandonei quando os dramalhões começaram, porque é realmente interessante saber “o outro lado” dos contos de fadas.
Se você deseja saber mais sobre Once Upon a Time acesse o site http://onceuponatimebrasil.com/ que traz excelentes informações de bastidores e novidades sobre a 2ª temporada.