Se você não leu Cidade das Trevas – Em Busca do Espírito do Bem, o primeiro livro, ou leu, mas não leu a resenha que fiz o faça, pois o que antes eram apenas brumas, tornaram-se trevas. O pânico deu lugar ao desespero e se antes não havia esperança agora a morte é a única escapatória…
SINOPSE:
A busca continua… Após os terríveis acontecimentos do volume anterior de Cidade das Trevas, os campistas agora em caminhos distintos, continuam em sua procura pela única esperança que tem de saírem da cidade maligna. Paralelamente, as forças policiais encarregadas dos desaparecimentos no Acampamento Raiz Forte entram em cena, seguindo em território sombrio. Em Ataque dos Vampiros os campistas remanescentes estarão diante de reviravoltas que mudarão para sempre sua jornada, ficando cada vez mais difícil distinguir aliados e inimigos. Muita ação, suspense e emoção na segunda parte da trilogia Cidade das Trevas!
Nessa fantástica continuação, Pedro Ekman explora mais o universo por ele criado. Sem necessidade de mais explicações quanto a cidade ou ao mal que existe nela; no segundo volume temos mais aventuras e trevas. Se você ama algum personagem do 1º livro saiba que os riscos são eminentes para todos e por mais que os garotos tornem-se poderosos ao conseguirem as Armas Sagradas ainda parecem fracos diante do poder que se oculta entre as ruas da Cidade das Trevas.
Mas antes devo me retificar! Na outra resenha afirmei que a capa não condizia com a cidade que o autor descreve, mas neste volume vemos que a capa e o título (por que não!) são justificados. E a cidade é um dos pontos altos da trama, pois a neblina constante e sua imprevisibilidade fazem com que o leitor tema constantemente pela vida dos personagens. Neste livro também temos a inserção de novas criaturas, dentre elas vampiros, zumbis e passamos a conhecer todos os Mestres (só quem lê vai saber a relevância dessa informação – e não! isto não é um spoiler).
E por falar em personagens, como o primeiro volume coisas ruins podem acontecer e nenhum dos garotos do acampamento Raiz Forte está seguro. Havia momentos quando eles estavam em perigo que eu pensava: “Não Pedro, você não vai matar esse também, né? Pelo amor de Deus!”, e acho que esse é outro ponto que merece relevância. Não existe “o personagem principal”, qualquer um está sujeito as armadilhas que a cidade possui. É estranho essa sensação que o livro causa em você. Assim que você se afeiçoa a um deles parece que o autor adivinha e o tira de você.
E passamos a saber o que está acontecendo fora da cidade. O que me trouxe duas sensações uma boa e outra ruim. Foi legal saber como as coisas estava se passando com os outros jovens do Raiz Forte (e era até inevitável dado o que acontece com um dos garotos no 1º livro), mas fora isso todas as partes em que os policiais aparecem foram cansativas e maçantes. Quando havia algum capítulo com policiais o espírito da Cidade das Trevas tomava conta de mim eu dizia: “Vai! Mata logo esse povo! Manda um monstro fazer picadinho deles de uma vez por todas”.
E mais uma crítica fica por conta da edição. Existem mais erros neste volume do que no primeiro. Eles não prejudicam a leitura, contudo o leitor fica com aquela impressão de que os revisores poderiam ser mais carinhosos com o livro e revisá-lo com mais atenção. Afinal de contas é um autor nacional E ELE MERECE RESPEITO! Mesmo assim a leitura flui sem nenhuma dificuldade e os capítulos voam.
Vale a pena comentar algo que ouvi minha irmã, Serena, que não gostou do livro, falou-me. Quanto aos palavrões. Palavrão nunca me incomodou em literatura nenhuma, já que sempre fui acostumado a ler os quadrinhos da Vertigo e “porras”, caralhos” “putas que pariu”, eram recorrentes. Portanto, é bom que o leitor, interessado em ler Cidade das Trevas saiba que os palavrões estão lá e que eles fazem parte do linguajar dos personagens de um modo geral. E acho até correto o usos deles, pois ouço coisas muito piores dos meus alunos e devemos lembrar que os jovens falam sim palavrões e que eles estão numa situação limite! Porém, quando as armas começam a falar na linguagem dos adolescentes ai sim fico incomodado. São armas milenares que estão presas na cidade a décadas, séculos, milênios… gírias não deveriam fazer parte do seu vocabulário e mesmo que elas possam ler a mente dos garotos não me soa bem. Logo isto me incomodou durante toda a trama e não me recordo se no 1º livro o mesmo acontece. Mas vale ressaltar que essa crítica é minha, do Lucien, e os leitores precisam tirar suas próprias conclusões.
Ademais recomendo a leitura. Para quem gosta de livros de terror, monstros e perigo constante Cidade das Trevas – Ataque dos Vampiros é uma continuação que faz jus ao primeiro volume e promete o que cumpre. Deixar o leitor angustiado e dizendo: “Vai corre!” ou “Sai daí, não está vendo que um monstro pode aparecer?” e outros diálogos semelhantes.
Observação quanto ao capítulo “A queda do líder” que me deixou desolado.
AVALIAÇÃO:
TRECHOS QUE LUCIEN GOSTOU:
“Gotas de sangue caíam do teto e estouravam no chão produzindo um eco nefasto ao seus ouvidos. Mirik iluminava incrivelmente bem o caminho deles, enquanto a Luz do Bastão de Magnum mostrava-lhes a direção. O cheiro forte de sangue trazia más lembranças…”
Pág. 32
“- Se colocarem algo em seus rostos e caminharem desengonçados como eles, poderão se infiltrar – falou Rapislash – A próxima Arma Sagrada está por perto e precisamos chegar a ela sem maiores problemas. O problema é que eles estão indo na direção dela, embora não saibam.
– Caminhar com os monstros?! – sussurrou Jéferson.”
Pág. 127-128
VEJA TAMBÉM:
- Cidade das Trevas – Em Busca do Espírito do Bem de Pedro S. Ekman (resenha)
- Entrevista com Pedro “Skywalker” Ekman (podcast)
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