RESENHA: “DRAGÕES DE ÉTER – CAÇADORES DE BRUXAS” DE RAPHAEL DRACCON

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Capa do livro Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas
Capa do livro Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas

Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.

Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas.
Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer…
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.

Olá caros leitores! Aqui quem fala é o (a muito) sumido Menino Estranho! E estou voltando trazendo belas leituras para vocês. Dentre elas, começarei com a obra “DRAGÕES DE ÉTER – CAÇADORES DE BRUXAS”, do autor Raphael Draccon, publicado pela LeYa Brasil! Leia a sinopse, e se prepare para a resenha!!!

Por um acaso, eu sou muito agradecido a Raphael Draccon.

Mesmo que eu já tivesse tido contato com literatura fantástica escrita por brasileiros com André Vianco, eu ainda era um leitor muito meia-boca e preconceituoso com fantasia fantástica daqui. Certo, também pudera, minha referência de leitura era “o vampiro de boa viagem” que, desculpem a franqueza, não me deixou muito animado, mas enfim, eu não acreditava nos escritores brasileiros no ramo da aventura, mesmo morrendo de vontade de ler A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr, e conhecendo um tico do trabalho do Leonel Caldela na Tormenta. Ainda assim, batia o pé, não lia, não lia e não lia!

Mas algo estranho me aconteceu ao ver Os Caçadores de Bruxas.

Talvez tenha sido a palavra “dragões”. Talvez magia branca. Talvez algum outro talvez.

Não importa. Pois o que aconteceu a seguir, foi que eu abri aquele livro. E eu vi. E eu compreendi.

Quão incrível era o mundo de Éter!

A obra de Draccon é fantástica a pontos que não podem ser determinados numa escala humana. Cada livro possui sua característica única (e isso será identificado em cada resenha), mas o Caçadores de Bruxas tem uma coisa tão especial, que deve ser ressaltada num parágrafo único:

Este livro é uma fábula.

Draccon conseguiu, no seu ímpeto de remodelar alguns contos infantis para seu mundo fantástico, e criando sua própria mitologia deliciosa e acolhedora, criar um perfeito exemplo de um conto de fadas do mundo moderno. Uma história linda, cheia de alegria, tristeza, luta e bravura, calor e amor, onde uma história se aprende ao custo de lágrimas derramadas por seus personagens preferidos. E isto, hoje, parecia uma arte perdida. Dar um sabor todo especial às nossas crenças e vidas apenas com palavras. Entender e ensinar quão importante e grande é a alma humana, e o poder de nossas criações imaginárias, que desenvolvem infinitos mundos etéreos!

Enfim. Saber fazer sonhar.

E isso, Draccon sabe, e ensina em seu livro Caçadores de Bruxas. Com Ariana Narin, João e Maria Hanson, a família branford, Snail Galford (o personagem MAIS FODA de todos os livros!), podemos mais uma vez sonhar com um livro na mão. E mais feliz ainda é saber que este livro vêm de um autor brasileiro.

Portanto, nada mais há a dizer que não:

“Um… dois… e três… e imagine!”

NOTA:

Avaliação: LEITURA CABULOSA!!!

TRECHOS QUE O MENINO ESTRANHO MAIS GOSTOU:

” Tú és um dos mestre anões, não é verdade? – perguntou o primeiro príncipe Anísio Branford, na macabra pele ressecada, cheia de escamas, buracos, verrugas e carne morta.

O anão fincou o martelo de guerra no chão e se apoiou no cabo. Antes de responder, observou o troll cinzento que estava bem afastado de si, e ainda assim muito forte era a sua resistência para não voltar ao combate e desrespeitar o futuro Rei.

– Sim, eu sou, se queres saber – respondeu o anão de barba longa, voz rouca e jeitão truculento – Reza a lenda, e a lenda quem conta é o povo, que existe uma montanha para cada anão. Para que um nasça, outro deve morrer, pois este número é sempre perfeito. Se a lenda é verdadeira ou não, não se sabe. Mas, nesta região, existem sete montanhas. Esão sete seus Mestres Anões! (…)”

Book trailer animado de os “DRAGÕES DE ÉTER”