“UMA NOTA ERRADA” do Gordan Korman Editora Ática
Depois de quase morrerem em Paris, Amy e Dan finalmente conseguem a primeira das 39 pistas e uma preciosa dica para chegar à segunda. Mas a disputa está cada vez mais acirrada e os perigos só aumentam.
Na busca pelo tesouro, os irmãos têm de decifrar uma mensagem secreta escondida em uma partitura de Mozart. Eles rumam para Viena, cidade onde viveu o compositor. As charadas os fazem passar também pela romântica Veneza, mas não espere por cenas de amor nos canais da cidade: só a adrenalina faz os corações baterem mais forte nesta aventura, em que grandes segredos serão revelados.
A aventura está só começando e você não pode ficar de fora!
Olá Ouvintes Leitores! Neste segundo volume, os irmãos Amy e Dan, nos levam as cidades de Viena na Áustria e Veneza na Itália em busca das 39 pistas que estão ligadas ao clássico prolífico e influente compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. Claro que as coisas não vão ser tão fáceis assim, já que nossos heróis vão precisar também escapar das armadilhas preparadas pelos os outros clãs Cahill.
Caros leitores, confesso que vai ser impossível não fazer uma comparação com o primeiro volume da série, “O LABIRINTO DOS OSSOS” idealizado pelo criador do Percy Jackson, pois a primeira coisa que percebi quando estava lendo “UMA NOTA ERRADA” foi à drástica mudança da narrativa. Sair de um Rick Riordan para um desconhecido Gordan Korman foi chocante. Enquanto o criador do Percy tenta manter uma escrita que engloba várias fachas etárias, a autor do segundo volume da série “the 39 clues” traz seu livro para um público bem infanto-juvenil.
Um bom exemplo é quando Korman enfatiza mais na aventura e menos na vida do grande Mozart e da sua irmã, Maria Anna Mozart, ou simplesmente Nannerl como gostava de ser chamada. Os irmãos Mozart, diferente de Amy e Dan, eram bastante unidos, algo que não foi mencionada em nenhum momento no livro e que poderia ter sido um gancho para acabar com as irritantes brigas dos nossos irmãos Cahill que neste volume arranjavam qualquer motivo para discordarem um do outro. Declaro que foram as partes mais chatas e maçantes da leitura e algo que não acontecia com tanta frequência em o “O LABIRINTO DOS OSSOS”, por isso, espero sinceramente que no desfecho da série, além de um grande tesouro, os irmãos também descubram como se respeitarem.
Já as pistas que no primeiro livro vinham recheadas de mais informações históricas sobre a seguinte, em “UMA NOTA ERRADA”, elas simplesmente iam sendo encontradas e nada era explicado, ficando tudo para o final, deixando muita coisa passar sobre a vida de Mozart, dando realmente a entender, que o escritor quis focar mais na aventura e pouco nos fatos. Os irmãos Cahill também passam neste livro mais tempo tentando roubar as pistas dos outros membros da família que realmente tentando desvendar o que tinham em mãos.
Outro ponto negativo na narrativa foi o foco principal na personagem Amy e até em outros personagens secundários, onde podíamos saber o ponto de vista de cada um na história menos de um dos protagonistas mais importantes, o Dan que neste livro ficou relegada apenas ao menino irônico e engraçado. Realmente uma pena, pois ele é um dos melhores personagens e seu potencial foi pouco explorado. Diferente do Rick Riordan que conseguiu cultivar no primeiro livro uma boa mescla dos dois personagens. Numa hora estávamos vendo o ponto de vista do irmão casula e na outra a da irmã mais velha.
Infelizmente, Gordan Korman não fez isto no segundo livro da série e ainda por cima não conseguiu conciliar bem os eventos históricos junto com sua aventura, já que este é o principal propósito do projeto “THE 39 CLUES”, por isso, numa escala de 1 a 5 dou apenas 3 selinhos e meios cabulosos para “UMA NOTA ERRADA”. Mas claro que isso não vai me fazer desistir da série, pois, o escritor deixou um bom gancho para o terceiro livro, “O LADRÃO DE ESPADAS” do autor nova-iorquino Peter Lerangis.
Nota:
Recomendações de leituras da Serena!
Para quem gosta deste tipo de aventura, recomendo ler também a série:
“ARTEMIS FOWL” do escritor Eoin Colfer. O Senhor-Sem-Nome fez uma excelente resenha sobre o primeiro livro. Clique aqui para ver.
