Olá Ouvintes-Leitores! Mais uma vez me vejo diante de uma resenha não muito fácil de fazer. O Primeiro livro da série “OS IMORTAIS” da Alyson Noël, não foi lá uma das leituras mais interessantes que tive. Mas isso não quer dizer que ela não tenha seus atrativos.
Como vocês já devem ter percebido, não sou muito fã de fazer uma resenha parecendo uma sinopse estendida do livro, eu gosto realmente de dar meu ponto de vista do que achei da leitura, por isso, vou deixar a sinopse ai em baixo, ou se vocês preferirem, deem uma olhadinha na “DICA DE LEITURA” que fiz na semana passada para saberem um pouco mais sobre a história.
Ever Bloom tinha uma vida perfeita – era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup.
Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite. Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável – após o acidente, ela adquiriu dons especiais.
Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente.
Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida e apaixonada.
Não vou negar que fui com muita sede ao pote ou esperei de mais da leitura e me decepcionei, ou melhor ainda, bebi água gelada rápido de mais. A primeira coisa que percebi ao começar a ler “PARA SEMPRE” foi a narrativa em primeira pessoa, nada contra, mas isso implicação que vamos ficar na cabeça da personagem principal o tempo todo. Agora, quando você está num cérebro de uma adolescente traumatizada e não simpatiza, e nem se comove com as justificativas dela ser infeliz a coisa fica realmente complicada.
Sim, Ever sofreu um acidente de carro e foi a única sobrevivente. Eu acharia uma tremenda sorte, porém não para nossa heroína, que não gostou nada de não ter morrido junto com sua família e ainda se acha culpada pelo que ocorreu. E para piorar, ou melhorar, depende do seu ponto de vista, ela ganhou poderes sobrenaturais. Ever consegue ler pensamentos e quando toca em qualquer pessoa fica sabendo tudo da vida deste indivíduo. O problema e que ela não consegue controlar suas novas faculdades e é atormentada por isso. Apesar de tudo, eu não senti pena ou simpatizei com a protagonista e nem com sua dor. Em certas partes do livro ela se torna realmente irritante e teimosa.
E o que falar do Damen o par romântico dela, e que faz todas as vozes se calarem? Pensei que quando ele aparecesse na história as coisas melhorariam. Alguém tinha que me cativar neste enredo. Nunca vi um cara imortal, sim, ele vive muito, ser tão omisso. É um mocinho que não diz para o que veio neste primeiro volume da série. Ever resolve tudo e sai dos perigos sem a ajuda dele. Podem acreditar. Espero que ele seja mais desenvolvido no próximo volume. Os amigos da Ever também não me encheram os olhos e nem me conquistaram. Nem a Riley, a irmã fantasma que sempre aparece para dar pitaco na sua vida, deu alguma alegria a trama.
Mas o que realmente me desagradou foi as gírias que são usadas tanto pela Ever quanto pelos seus amigos, o Mlies e a Heaven. Eu sei, adolescentes falam assim. No entanto, estou acostumada a ler história com adolescentes que não usam tanto “e ai?”, “beleza?” e o irritante “alô-ou”. E quando pego uma leitura assim, fico realmente com aquela impressão de que este livro não é mais para mim. Desculpa leitores, gosto de ler livros com adolescentes cultos.
Foi a partir dai, que percebi e cheguei a mísera conclusão que sim, caros leitores, estou velha para os imortais da Alyson Noël. O público alvo da autora realmente é o público teen. Há certos livros para adolescentes que consegue envolver um público maior, mas este não é o caso de “PARA SEMPRE”. Tenho certeza que as adolescentes vão se identificar com os dramas e problemas da Ever e se apaixonar com o ausente Damen e achar uma delícia ter uma irmã fantasma pentelha aparecendo no seu quarto a todo o momento. Diferente de um adulto, que na maioria das vezes não se identificará com os dramas da uma pseudo adulta teimosa, nem de um namorado imortal instável e indeciso, muito menos achar alguma graça em ter uma alma penada no seu encalço, já que ela deveria ter passado para o ala além a muito tempo.
Então Serena, quais são os atrativos? Primeiro de tudo, o excelente trabalho da Editora Intrínseca. O cuidado com a capa, a diagramação e a tradução faz jus a uma das melhoras editoras do Brasil. Segundo é a narrativa da Alyson Noël. Apesar da história em si não ter me agradado e nem os personagens, ela realmente flui muito bem, consegue prender o leitor até a última página e te deixa com vontade de saber o que vai acontecer no segundo volume, “LUA AZUL”. Terceiro e finalmente último, é uma boa pedida para uma leitura despretensiosa e sem muitos sobressaltos.
Espero que tenham gostado da resenha e fico aguardando os seus comentários.